Manchete do jornal A Tribuna de Santos, em 9 de janeiro de 1974
Principais fatos após a chegada do navio a Santos
27/12/1973 - O Ais Giorgis chega a Santos e fundeia na barra à espera de uma
vaga no porto.
30/12/1973 - O navio atraca no cais dos armazéns 30 e 31 e começa a descarga de
caixas, sacos e tambores, com leite em pó, óleo de pinho, resina, champanha e produtos químicos diversos, entre os quais nitrato de sódio.
8/1/1974 - Às 21h34, segundo registro dos bombeiros, começa o incêndio violento e
incontrolável, que seria o maior da história do porto.
9/1/1974 - Já de madrugada, o navio, que oferece riscos a outros navios e às
instalações do porto, é puxado para o meio do estuário e encalhado perto da margem esquerda, na altura do Armazém 25.
22/11/1974 - A armadora Shipmeyr recebe indenização da seguradora e autoriza a venda
do que restou da embarcação.
22/1/1975 - O navio e sua carga são adquiridos pela empresa Lavre-Guarulhos. Nos anos
seguintes, os destroços passam para as mãos de José dos Ramos Afonso e Aquiles Sauli Maosolete, depois substituído por Edivenes Festa.
8/11/1978 - A empresa Jommag adquire o Ais Giorgis por Cr$ 3.165.832,49.
6/5/1979 - A Jommag informa que dentro de 30 dias o cargueiro seria rebocado para as
instalações em Guarujá, onde terminava o desmonte do cruzador Almirante Barroso, da Marinha.
8/7/1979 - Violento vendaval, durante a madrugada, quebra as amarras e arrasta a
embarcação para o meio do estuário, onde se encontra até hoje.
27/10/1988 - Depois de muita discussão, a Marinha decide que o navio, abandonado pelo
dono, deve ser retirado pela Secretaria Nacional dos Transportes, que delega essa competência à Codesp, por intermédio da Portobrás.
2/5/1988 - A Diretoria de Portos e Costas (da Marinha) baixa portaria, autorizando a
Portobrás a levantar novos dados sobre a situação do navio.
13/4/1989 - O navio-tanque Ipanema, com 14 mil toneladas de álcool, raspa nos
destroços do Ais Giorgis. Conforme registro de A Tribuna na ocasião, se houvesse colisão, poderia ter causado incêndio.
16/4/1989 - O clamor público obriga a Portobrás a tomar uma atitude. Seu presidente,
Carlos Theophilo, assina termo de responsabilidade sobre o navio.
15/1/1990 - Em visita a Santos, o então ministro da Marinha, Henrique Sabóia, recebe
pedido da comunidade, para que pressione a Portobrás a tomar atitude.
1/11/1991 - A Codesp realiza reunião pública para anunciar a abertura de concorrência
para a remoção do navio.
9/3/1992 - A Codesp modifica os termos da concorrência, para facilitar a formação de
consórcios.
17/4/1992 - O prazo para a compra do edital da concorrência é prorrogado,
extra-oficialmente, porque não houve interessados.
28/5/1992 - Termina o novo prazo da licitação, que prevê a retirada do navio e da
carga, sem prejuízos para a navegação e o ambiente.
2/10/1992 - A firma Jabour Exportadora, eliminada na fase inicial do julgamento,
obtém liminar judicial e continua na concorrência. Outras empresas também apelam à Justiça.
5/3/1994 - Por determinação do Ministério dos Transportes, a Codesp anula a
concorrência.
13/11/1996 - A Codesp inclui a remoção do navio em seu plano de projetos
prioritários, contando com verbas do Banco Mundial.
20/8/1997 - Os recursos são incluídos na previsão orçamentária de 1998 e o capitão
dos portos chega a anunciar que o navio seria resgatado no prazo de três meses.
8/1/1998 - A Codesp publica novo edital, alterando as datas da concorrência
internacional.
16/3/1998 - São abertos os envelopes da licitação e a Superpesa é considerada
vencedora.
17/4/1998 - O Conselho de Administração (Consad) da Codesp ratifica a decisão da
comissão julgadora e autoriza a elaboração do contrato.
9/8/1998 - A balsa Superpesa VIII chega a Santos para iniciar o serviço de
demolição do Ais Giorgis.
Setembro de 1998 - Mergulhadores chegam à Cidade para avaliar o estado do navio.
Também começam a colocar bóias sinalizadoras na região.
[Cronologia publicada no caderno Porto & Mar do jornal santista A Tribuna, em
7 de janeiro de 1999, ao ser registrado o 25º aniversário do afundamento do navio. Os trabalhos de remoção dos destroços ainda iam começar]
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