![]() | http://www.novomilenio.inf.br/baixada/vias/1v017.htm Vias públicas de Santos/SP | QR Code. Saiba + | ||||||
Avenida Vicente de Carvalho |
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Começa em Avenida Presidente Wilson/Avenida Anna Costa, no bairro Gonzaga CEP: 11045-500 - até 49/50 11045-501 - de 51/52 ao fim Termina em Avenida Conselheiro Nébias/Praça Paulo Viriato Corrêa da Costa/Avenida Bartholomeu de Gusmão, no bairro Boqueirão Nomes antigos: Avenida 318, Avenida Bartolomeu de Gusmão (trecho) Logradouro criado em 1921 | ||||||||
![]() Toda a extensão da avenida à beira-mar tinha a denominação de Bartolomeu de Gusmão. A Avenida Vicente de Carvalho foi oficializada pela lei 647, de 16 de fevereiro de 1921, que entrou em vigor a 1º de janeiro de 1922, sancionada pelo prefeito municipal, coronel Joaquim Montenegro. A Fonte Luminosa do Boqueirão também recebeu o nome do ilustre santense, por meio da lei 2.129, de 17 de dezembro de 1958, do prefeito Sílvio Fernandes Lopes. No jardim da praia do Boqueirão se localiza a estátua que eterniza sua memória, inaugurada a 21 de julho de 1946, em cerimônia presidida pelo embaixador José Carlos de Macedo Soares, interventor federal no Estado de São Paulo. A Praça do Boqueirão, onde começa a Avenida Vicente de Carvalho, foi inaugurada a 26 de janeiro de 1957, pelo dr. Antônio Feliciano, seu criador. Pela lei 1.488, de 25 de maio de 1953, o prefeito municipal, dr. Antônio Feliciano, declarou de utilidade pública o local denominado Indaiá, em Bertioga (então distrito do município de Santos), antiga residência praiana de Vicente de Carvalho, nos termos do projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal, na sessão extraordinária de 12 de maio de 1953. Também o túmulo do poeta e jurisconsulto santista foi considerado monumento nacional, por força do decreto-lei 382, de 25 de março de 1944, assinado pelo prefeito municipal, dr. Antônio Gomide Ribeiro dos Santos. No dia 8 de março de 1949, por iniciativa da Câmara Municipal, houve cerimônia na Biblioteca Pública Municipal em homenagem à memória de Vicente de Carvalho, Martins Fontes, Paulo Gonçalves e Monteiro Lobato, com a inauguração das placas com seus nomes. Foi orador oficial Cherubim Correia, agradecendo Paulo Mesquita de Carvalho, Velsírio Martins Fontes e Manuel Gonçalves. Lei 3.177, de 5 de outubro de 1965, promulgada pelo prefeito municipal dr. Sílvio Fernandes Lopes, oficializou os atos comemorativos do centenário do nascimento de Vicente de Carvalho, ocorrido a 5 de abril de 1966, segundo projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal, na sessão de 21 de setembro de 1965. Na sessão da Câmara Municipal realizada a 26 de maio de 1924, seu presidente, dr. B. de Moura Ribeiro, comunicou que Higino de Carvalho fora agradecer, em nome da família, as homenagens que a Municipalidade tributara à memória de Vicente de Carvalho. Nessa mesma sessão, Arnaldo Ferreira de Aguiar indicou que a Escola Municipal de Bertioga passasse a se chamar Escola Vicente de Carvalho, com aprovação geral. Vicente Augusto de Carvalho nasceu em Santos a 5 de abril de 1866, filho do major Higino José Botelho de Carvalho e de Augusta Carolina Bueno de Carvalho, descendendo em linha reta de Amador Bueno. Depois de cursar o Seminário Episcopal, em São Paulo, bacharelou-se pela Faculdade de Direito, também de São Paulo, quando contava 21 anos de idade incompletos. Abolicionista convicto e republicano veemente, defendia suas ideias em jornais de Santos e São Paulo. Fez parte da chamada Boêmia Abolicionista, cujas reuniões, por vezes, se realizavam em bancos de praças públicas, impedidos pela Polícia os seus integrantes de irem à sede do movimento cívico. Em 1855, Vicente de Carvalho publicou seu primeiro livro de versos - Ardentias -, dedicando-o a seus pais, e cujo nome foi inspirado na fosforecência das ondas. Casou em 1887 com Ermelinda Ferreira de Mesquita e um ano depois lançou Relicário. Eleito deputado ao Congresso Constituinte do Estado, fez parte da comissão que elaborou a Constituição. Em 1892, ao se organizar o primeiro governo constitucional do Estado, foi nomeado para a Secretaria do Interior, deixando-a por ocasião do golpe de Estado desfechado por Deodoro. Depois de se tornar fazendeiro de café na cidade de Franca, tornou a Santos em 1901 e se dedicou à Advocacia, além de fundar comJoão da Silva Martins, em 1902, a firma Silva Martins & Cia., que explorava a navegação no Ribeira de Iguape. Nos anos de 1905, 1909 e 1912 esteve na Europa. Em Santos escrevia para o Diário de Santos e fundou o Diário da Manhã e O JOrnal, além de colaborar em A Tribuna, O Estado de São Paulo e em outros órgãos da Imprensa. Durante uma pescaria, seu esporte predileto, feriu-se seriamente num dos dedos, tendo de amputar o braço por volta de 1907. Sua grande obra - Poemas e Canções - foi publicada em 1909, obtendo grande sucesso. Seguindo a carreira jurídica, tornou-se ministro do Tribunal de Estado e jurisconsulto de renome. Pertenceu à Academia Brasileira de Letras e à Academia Paulista de Letras. 'Poeta do Mar', fez dele o tema predileto de suas obras, entre as quais, além de Relicário, Ardentias e Poemas e Canções, devem ser assinalados: Rosa, Rosa de Amor, Verso e Prosa, Páginas Soltas, Uma candidatura à Associação Paulista de Letras e A Voz do Sino. Quando secretário do Interior, durante o governo do vice-presidente em exercício, dr. Cerqueira César, Vicente de Carvalho teve destacada atuação, assinalando-se estes trabalhos, entre muitos outros: reforma na instrução primária e profissional; organização da Estatística do Estado; organização do serviço sanitário e montagem dos primeiros hospitais de isolamento. O grande jurisconsulto e poeta faleceu em Santos a 22 de abril de 1924, deixando ilustre descendência. Foi patrono da agremiação recreativo-esportiva dos alunos e ex-alunos do Instituto Canadá, de Santos. As exéquias oficiais foram celebradas a 22 de maio de 1924, com solene missa de 30º dia na Igreja do Carmo, a que se seguiu visita ao túmulo do pranteado homem de Letras, quando a Municipalidade depositou sobre sua sepultura coroa de rosas naturais, que eram a flor de preferência do grande santense. Vale assinalar o ato da Câmara Municipal de Santos no dia 6 de junho de 1917, presidido pelo dr. B. de Moura Ribeiro, quando o coronel Joaquim Montenegro, justificando que Vicente de Carvalho seria homenageado a 11 daquele mês e ano por motivo do lançamento do seu livro Rosa, Rosa de Amor, indicou que o Legislativo compartilhasse da festividade, dando ciência antecipada ao homenageado. Fonte: RODRIGUES, Olao. Veja Santos!, 2ª edição, 1978. Ed. do autor - pág. 627 a 629 | ||||||||
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