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As homenagens prestadas aos dois intrépidos pilotos – As nossas informações
A partida da capital
– Cerca das nove horas, os gloriosos filhos de Portugal partiram de S. Paulo, pela estrada Vergueiro com destino a Santos.
Acompanharam-nos na sua viagem os srs. João Mourão e Aristides Correa da Cunha,
membros da comissão de festejos.
Os excursionistas admiraram profundamente a bela paisagem, que o Caminho do Mar
oferece aos viajantes, e a nossa natureza fértil.
Daí a momentos, os heróicos aviadores aproximavam-se do
Cubatão - Desde as primeiras horas da manhã o povo deste
bairro movimentava-se aceleradamente, preparando-se festivamente para receber e saudar os intrépidos aviadores
portugueses na sua passagem.
Na Avenida dos Bandeirantes, na sede da Sociedade Socorros Mútuos Cubatense,
gentilmente cedida aos promotores da festa dessa recepção, por sua digna diretoria, a enorme massa de povo esperava com ansiedade a passagem dos
destemidos azes. A banda de música da Companhia Construtora, habilmente regida pelo sr. Bernardo Joaquim da Silva, auxiliado pelo contramestre
Garcia Feijó, executava belíssimas peças de seu repertório.
Precisamente às 11,20 horas, ouvia-se na base da serra o sinal convencionado que
anunciava a chegada dos ilustres hóspedes, que davam entrada no bairro de Cubatão, dez minutos depois.
Os aviadores, parando seu automóvel diante da massa compacta de povo, tinham à frente
duas senhoritas empunhando os pendões tricolor e bicolor.
Foram, então, recebidos pela comissão de festejos, composta dos srs. Francisco Raphael
Damião, Bernardo Pinto de Carvalho, Affonso Teixeira, José Maria Ruivo, Manuel Raymundo e Manuel Jorge; Manuel Couto Sobrinho, subdelegado da
polícia, e João Paulino de Souza Damaso, presidente da Sociedade Socorros Mútuos Cubatense.
Usou da palavra o sr. dr. Ignácio Lacerda, comissionado pela população do bairro,
proferindo um discurso, que terminou nos seguintes termos:
"Portugal, faixa de terra que a Espanha comprime, mas que
o oceano alarga, na frase de Brasílio Machado, quis ter dois filhos – que deixassem terra e mar, onde as glórias eram bastantes, e para engrandecer
mais a pátria, foram buscar pedaços de azul no céu. Lembram Gama, falando do Rei Sabido, pela boca de Camões: é tão fraco que por isso nos causa
pena ser a nossa vida cousa tão pequena. Na estrada dos Bandeirantes Paulistas, um povo – saúda os bandeirantes do céu".
Aos itinerantes foram oferecidas duas lindas corbeilles, sob entusiásticos
aplausos.
Finda a cerimônia, os destemidos azes foram apresentados aos srs. dr. B.de Moura
Ribeiro, presidente da Câmara; Arnaldo Ferreira de Aguiar, vice-prefeito, em exercício, e deputado A. S. Azevedo Júnior, que haviam seguido para o
Cubatão, a fim de aguardar a sua chegada.
O sr. Gago Coutinho passou, então, para a limousine da presidência, em
companhia do sr. presidente, e o sr. Sacadura Cabral tomou lugar no automóvel do sr. vice-prefeito.
A viagem foi continuada, não sem grande dificuldade, em virtude do grande número de
automóveis que trafegavam na estrada de rodagem, conduzindo exmas. famílias e manifestantes.
A chegada – A Rua Visconde de São Leopoldo, desde o
Saboó até a Rua São Bento, achava-se quase que intrafegável, tal era o número de pessoas que desde cedo se enfileiravam pela calçada, aguardando
ansiosamente a passagem dos denodados pilotos.
Naquelas vias públicas foram armados arcos triunfais, entrelaçados por festões e
bandeiras.
Cerca das 11,30 horas, a limousine apontava na Rua S. Leopoldo. Um frêmito de
entusiasmo fez movimentar incessantemente a compacta massa.
Os automóveis conduzindo os aviadores passavam por entre alas de povo com enorme
dificuldade. Dir-se-ia que a população, delirante, queria arrebatar Gago Coutinho e Sacadura Cabral para levá-los carregados pelas ruas do
itinerário estabelecido.
Durante o seu trajeto até a esquina da Rua São Bento, aplausos frenéticos e vivas
entusiásticos formavam um ruído ensurdecedor.
Não havia quem pudesse conter a ansiedade e o entusiasmo da população.
Os poucos policiais, destacados para regularizar o trânsito, eram impotentes para
reprimir o verdadeiro ataque dos manifestantes aos automóveis que conduziam os heróicos azes.
Da Rua S. Bento, a comitiva dirigiu-se em
Visita ao Paço Municipal – No Largo Marquês de Monte
Alegre e sob o toldo da Inglesa, avultava consideravelmente o número de pessoas.
O Paço Municipal achava-se repleto de autoridades, pessoas
gradas, exmas. famílias, representantes da imprensa e outras.
Ao despontar os automóveis, naquela rua, aquele formigueiro humano começou a
locomover-se com dificuldade.
A sacada do edifício da Municipalidade, que se achava todo ornamentado, interior e
exteriormente, apresentava aspecto festivo, tendo a realçá-lo as nossas encantadoras patrícias, que o ocupavam totalmente, munidas de cestinhas com
pétalas de flores, para atirá-las à chegada dos ilustres visitantes.
Estes, efetivamente, chegaram à porta principal do edifício às 12,10 horas, sendo
recebidos pelos srs. comendador João Manuel Alfaya Rodrigues, vice-presidente; Benedicto Pinheiro, Belmiro Ribeiro de Moraes e Silva, João Gonçalves
Moreira, coronel Manuel Ribeiro de Azevedo Sodré, Alberto Fernandes Leal, dr. José de Souza Dantas e dr. Heitor de Moraes, vereadores; capitão João
Salermo, diretor, e Francisco Paíno, 1º oficial da secretaria da Câmara.
Gago Coutinho e Sacadura, penetrando, a muito custo, no edifício, foram recebidos sob
prolongadas salvas de palmas de todas as pessoas presentes, que enchiam literalmente as principais dependências.
Do lado de fora, sob o toldo da Inglesa, achavam-se postadas três bandas de
música – a do Corpo de Bombeiros, Colonial e União Portuguesa – que executaram ao mesmo tempo A Portuguesa e o Hino Nacional.
Acompanhados até o gabinete do sr. presidente da Câmara, os valentes navegadores do
ar, após breve palestra com as autoridades presentes, percorreram o gabinete do prefeito, sala da Biblioteca e sala das sessões, admirando as várias
obras de arte existentes, inclusive a tela do padre voador Bartholomeu de Gusmão, e fotografias do
monumento que vai ser erigido ao imortal santista.
Ingressando na sala das sessões, os distintos visitantes foram aclamados pelas
senhoras e senhoritas da nossa elite e cobertos de pétalas de flores.
Naquela sala se achavam formados cerca de cem alunos, de ambos os sexos, dos cursos
diurno e noturno da Escola Portuguesa, os quais cantaram os hinos nacional e português.
Finda essa significativa homenagem dos pequenos educandos, Gago e Sacadura
dirigiram-se para a sacada, cumprimentando a população que, de fora, delirava de entusiasmo.
Um viva geral e uníssono reboou, precedido de vibrantes palmas.
Dentre o elevado número de pessoas presentes, conseguimos anotar as seguintes:
famílias– Azevedo Júnior, Moura Ribeiro, - Joaquim Montenegro, Azevedo Sodré, Porchat de Assis, Macedo Soares, Benedicto Pinheiro, Francisco
Ribeiro, dr. Carvalhal Filho, João Mourão, Armando Stockler, Affonso Costa; mmes.: Carlos Affonseca, dr. Schmidt Sarmento, dr. Alberto Moura
Ribeiro, Hormínio Ferreira Martins, Arlindo Aguiar Júnior, Victor Affonseca, dr. Arthur Costa, Álvaro Montenegro, Azevedo Sodré, João Salermo,
Manuel Augusto Espínola, Manuel Domingues, viúva José Maria de Barros Faria, e os srs: dr. Ibrahim Nobre, delegado regional; Carlos Luiz de
Affonseca, Odilon Bezerra de Figueiredo, representando a Inspetoria da Alfândega; Armando Stockler, diretor geral da Prefeitura; Valentim Ribeiro de
Mello, vice-cônsul de Portugal; dr. J. Carvalhal Filho, B. De Castro Prado, M. Nascimento Júnior, diretor d'A Tribuna; Francisco Marques
Bento de Souza, Bento de Carvalho, Joaquim Figueiredo da Silva Pinto, Damaso Wandigton, membros da colônia portuguesa; capitão José Pedrozo de
Oliveira, comandante do destacamento de polícia; Wallace Simonsen, dr. Arthur Costa, dr. Antonio Arantes, dr. Almiro Costa, Álvaro Montenegro, dr.
Adolpho Porchat de Assis, Manuel Augusto Espínola, Octacílio D. Martins, capitão João Maurício, comandante e oficiais do Corpo de Bombeiros, Arlindo
Aguiar Júnior, Victor Affonseca, dr. Schmidt Sarmento, J. G. Cramer, cônsul do México, Antonio Pereira Franco, dr. Dinamérico do Rego Rangel Júnior,
dr. Fábio de Aguiar Goulart, Wilfrido Moraes, Orlando Esteves, Aristóbulo Monteiro, Manuel Augusto Espínola, Ramiro Piccioni, S. Galeão Coutinho,
Furtado de Oliveira, Adolpho Baptista da Silva Aguiar, Gonçalo Coimbra, João Osório da Fonseca, Francisco Ribeiro, Heitor de Azevedo Moniz, Arthur
Alves Firmino, Augusto César de Abreu, J. B. Gaspar de Sá, Marcílio Dias Fontes, Heraldo Duarte, Ataualpa Ferraz Moreira, Astolpho Corrêa, Mário
Miranda e outros.
Cerca das 13 horas, os eminentes aviadores deixavam o edifício da Municipalidade,
entre os aplausos, cada vez mais vibrantes, de todos.
Durante o trajeto até o Hotel do Parque Balneário, foram os
visitantes ovacionados insistentemente.
Toda a população de Santos deslocou-se para o centro da cidade, tomando lugares nas
vias públicas por onde devia passar a comitiva.
As fachadas dos prédios, todos embandeirados, davam um aspecto festivo. As sacadas
eram ocupadas por senhoras e senhoritas.
O cortejo era enorme; o número de automóveis que o compunham, incontável.
Na Rua Senador Feijó e na Avenida
Ana Costa, principalmente, estabeleceram-se duas extensas fileiras de autos, cujos passageiros conduziam bandeirolas com o retrato dos denodados
pilotos.
No Parque Balneário Hotel – Seria impossível dizer o que foi o imponente
aspecto da manifestação feita aos aviadores no Parque Balneário Hotel. Em toda a extensão da Avenida Ana Costa, desde Vila
Mathias até o Gonzaga, os automóveis deslizaram entre duas muralhas humanas, que aclamavam com delírio a passagem dos
heróis. Gente de todas as classes sociais, desde o trabalhador humilde que povoa o Campo Grande e adjacências, até as
pessoas ricas e abastadas que ocupam os vilinos daquela via aristocrática, tudo confluiu para a avenida a assistir ao desfile do cortejo de autos.
Jamais a cidade de Santos presenciou, com efeito, um espetáculo tão impressionante.
Impressionante pela avultada massa de povo, que se tornou compacta em todas as ruas por onde passaram os aviadores e pela espontaneidade e
sinceridade que bem se patenteavam em suas ruidosas demonstrações.
Ao entrar no Parque, onde mais se adensava a multidão, girândolas em quantidade
infinita espoucaram no espaço, misturando-se ao rumor dos manifestantes, que não cessavam de ovacionar os heróis.
E a onda humana se foi tornando cada vez mais forte, avançando para as imediações do
grande Hotel, espalhando-se pelo pequeno parque ali existente, derramando-se pelas alpendradas, aglomerando-se na avenida.
As famílias da elite paulistana e do nosso set, que ora fazem temporada no
Parque Balneário, prorromperam numa delirante manifestação aos aviadores, cobrindo-os de flores à entrada.
O contra-almirante Gago Coutinho e capitão Sacadura Cabral recolheram-se aos aposentos
que lhes foram reservados, a fim de repousar da viagem e aguardar a sua bagagem, a fim de se prepararem para o lauto almoço que a colônia portuguesa
lhes oferecia no Club XV.
A multidão curiosa não abandonou as imediações do Parque Balneário até a saída dos
aviadores. Cerca das 15 horas, eles desceram de seus aposentos, a fim de ir ao XV.
Novas e frenéticas demonstrações lhes foram feitas pela multidão.
Formou-se um suntuoso cortejo de automóveis. Em toda a extensão da Avenida Vicente de
Carvalho, por onde passou o cortejo, famílias e demais pessoas, em número elevado, aclamavam os heróis do ar.
O cortejo demandou a Avenida Conselheiro Nébias acima,
chegando daí a pouco
No Club XV, onde foram os itinerantes recebidos à porta principal pelos srs.
João Carlos de Mello, presidente e demais diretores daquela fidalga agremiação social.
Já era crescido o número de pessoas que, no cruzamento das ruas
Conselheiro Nébias e 7 de Setembro, aguardavam a chegada da comitiva.
Os mesmos vivas e as mesmas palmas vibrantes se fizeram ouvir, tanto de fora, como de
todas as exmas. famílias que se encontravam no interior do Club XV.
Ao almirante Gago Coutinho e ao comandante Sacadura foram apresentadas as autoridades
e pessoas presentes.
Cerca das 16 horas, teve lugar o almoço.
O salão nobre do XV esplandecia. Ornamentado com apurado gosto pela conceituada casa
Flora Santista, dos srs. Koopschtz e Pabst, apresentava um aspecto deslumbrante. Espalhadas pelo salão viam-se 22 mesas, bem dispostas e
artisticamente ornamentadas com tufos de crisântemos, crisandálias, cravos, rosas e violetas.
Ao centro foi armada uma grande mesa, em forma de O, destinada aos aviadores e
principais autoridades, tendo no meio um aquário.
Ao derredor do salão, oito cantoneiras ostentavam lindos buquês de rosas e margaridas,
com liames de asparago.
Outros motivos ornamentais, em estilo americano, sobressaíam.
À cabeceira sentaram-se os srs. contra-almirante Gago Coutinho e comandante Sacadura
Cabral, tendo, ao centro, o sr. vice-prefeito, em exercício.
Os lugares da direita foram ocupados pelos srs. comendador João Manoel Alfaya
Rodrigues, vice-presidente da Câmara; dr. Flávio Augusto de Oliveira Queiroz, juiz de direito da 2ª vara; dr. Mário de Almeida Pires, juiz da vara
criminal; capitão-de-mar-e-guerra Tancredo de Gomensoro, capitão do Porto; Valentim Ribeiro de Mello, vice-cônsul de Portugal; João Carlos de Mello,
presidente do Club XV; Joaquim Figueiredo da Silva Pinto e Francisco Marques Bento de Souza, da comissão de festejos.
Os lugares da esquerda foram ocupados pelos srs. dr. Laudo Ferreira de Carmargo, juiz
de direito da 1ª vara; deputado A. S. Azevedo Júnior, Odillon Bezerra de Figueiredo, pela Inspetoria da Alfândega; Aristides Correa da Cunha, Bento
de Carvalho e Mariano da Câmara Leite, membros da comissão de festejos; dr. Thomaz d'Alvim, ajudantes de ordens do almirante Gago Coutinho; dr.
Carvalhal Filho e Alberto Baccarat, pela Associação Comercial e provedoria da Santa Casa.
Nas demais mesas viam-se os srs. coronel Antonio Cândido Gomes, superintendente da
Companhia Docas; José Lobo Vianna, guarda-mor da Alfândega; dr. Victor de Lamare, engenheiro da Companhia Docas; Carlos Luiz de Affonseca, tabelião
do 5º ofício e membro do diretório político local; Benedicto Pinheiro, Alberto Fernandes Leal, João Gonçalves Moreira, coronel Manoel Ribeiro de
Azevedo Sodré, dr. José de Souza Dantas e dr. Heitor de Moraes, vereadores; Horácio de Faria, M. Nascimento Júnior, diretor d'A Tribuna; cap.
João Salermo, diretor da Secretaria da Câmara; Antonio Xande, administrador da Recebedoria de Rendas; dr. Augusto Barbosa, suplente substituto do
juiz federal; dr. Bruno Barbosa, Francisco Pereira da Cunha, Júlio Conceição, Arthur Alves Firmino, dr, João B. De Castro Prado, dr. Francisco de
Malta Cardoso, Eduardo B. Vériot, síndico da Câmara dos Corretores de Fundos Públicos; Albano de Oliveira Camargo, secretário da Bolsa Oficial de
Café; Walace Simonsen, da Câmara Sindical dos Corretores de Café; major Luiz Alves de Carvalho, presidente da Federação Paulista das Sociedades do
Remo e do Tiro Naval; capitão tenente Alcino Cochrane de Affonseca, comandante da Escola de Aprendizes Marinheiros. dr. Bernardo Browne, gerente da
Companhia City; Antonio Severo, comendador Rocha Soares, comendador João da Silva Monteiro, 1º tenente Arthur Durão, diretor do serviço de pesca; 1º
tenente João Carlos Cordeiro da Graça, imediato da Escola de Aprendizes Marinheiros; José da Silva Novita, Augusto Cesar de Abreu, José da Silva
Gomes de Sá, João Mourão, Antonio Marques Bento de Souza, Antonio Marcos Ferreira, Alberto Arantes de Seabra e Sá, Damaso Wandignton, Diamantino
Ferreira Ramos, José Alberto de Souza Santos, João José Clemente, Antonio Pacheco, Fernandes Vaz Pacheco de Castro, Antonio Ribeiro Moreira, Pedro
Lapetina, Joaquim Pedro dos Santos Filho, José Lourenço Martins, Alfredo Garcia da Silva, Antonio Augusto dos Santos, Francisco Viriato da Costa
Corrêa, Manoel Gaspar Guerra, Narciso Ferreira Lage, Antonio Mendes Guimarães e Silva, Amadeu Rodrigues Amado, Joaquim Moreira, Antonio Ramos e
Silva, Arnaldo J. Silva, M. Fins Freixo, Annibal da Cunha Cabrera, Eduardo Corrêa, Sebastião Affonso Ferreira, Domingos Ribeiro Moreira, Domingos de
Oliveira Lisboa, Duarte Vaz Pacheco de Castro, Coelho Germano, Firmino Augusto, Sérgio C. da Costa Fontes, Max Valdes, Francisco José de Castro,
cônsul do Uruguai; Júlio Doneux, cônsul da Bélgica; J. G. Cramer, cônsul do México; Armando Lichti, cônsul da Noruega; Reginald Seccombé,
vice-cônsul da Inglaterra; W. Gooforth, vice-cônsul dos Estados Unidos da América do Norte; Luiz de Trápaga, vice-cônsul da Argentina; cav.
Guglielmo Fontana, vice-cônsul da Itália; P. Barida, vice-cônsul da França; dr. Amazonas Duarte, Alberto de Carvalho, Perillo Prado, S. Galeão
Coutinho, Oswaldo Silva, representantes da imprensa, e Francisco Paino, d'A Tribuna.
O ágape obedeceu ao seguinte cardápio:
Cocktail's: Vins. Grandjó, Collares-Ayres, Serradayres, Beaujolais, Champagne H.
Abelé Cave Particuliere, Liqueurs, Cigares; Froidz, Assiette anglais, Salade Macedoine; Poisson. Filet de sole Marigny; Relavé, cets á la parisienne;
Légumes, Asperges sauce mousseline; Rôti. Dinde aux marrons; Entremets, Gateau Polka, Fromage, Fruits, Café.
Durante o almoço, uma esplêndida orquestra, composta de dez professores e sob a
direção do sr. Djalma de Pádua, executou o programa seguinte:
1) Ouverture – Poete e paysan
2) Serenata Anniversaire
3) Cavalleria Rusticana – Fantasia
4) Kissing – Valsa
5) Geisha
6) Maria Pereira – Fado
7) Traviata – Intermezzo
8) Barbeiro de Sevilha
9) Melodia – Fycher
10) Fulvia – Gavotta
11) Aída – Pout-pourri
12) Au pays bleu – Fantasie.
O salão achava-se repleto de exmas. senhoras e gentis senhoritas da nossa elite,
emprestando àquele ambiente um encanto perturbador.
Ao champanha, orou o sr. dr. Thomaz d'Alvim.
S.s. em ligeiras e inspiradas palavras, saudou, em nome da colônia portuguesa de
Santos, os intrépidos pilotos, assegurando-lhes que não só os portugueses, mas também os brasileiros, se sentiam jubilosos por vê-los ali presentes.
O sr. Arnaldo Aguiar, vice-prefeito, em exercício, levantou a sua taça em nome da
cidade de Santos, em honra dos bravos pilotos, legítima glória do povo português.
Ergueu-se, depois, a figura simpática do almirante Gago Coutinho, que, em palavras
repassadas de emoção, agradeceu aquela homenagem dos seus compatriotas e a manifestação que a cidade de Santos lhe fizera e ao seu companheiro
Sacadura Cabral.
O sr. comendador Alfaya Rodrigues saudou, por sua vez, em nome da Câmara Municipal, os
queridos hóspedes.
Encerrando a série de brindes, o contra-almirante Gago Coutinho levantou um brinde de
honra ao sr. dr. Epitácio Pessoa, presidente da República.
Os oradores foram muito aplaudidos, notadamente o contra-almirante Gago Coutinho,
cujas últimas palavras foram sufocadas por estrepitosas palmas e vivas.
Findo o almoço e após breve palestra, os pilotos do Fairey 17 retomaram os
automóveis, seguindo para o Parque Balneário Hotel, onde se acham hospedados.
No Real Centro Português - A sede do Real Centro Português,
brilhantemente ornamentada e iluminada, abriu-se ontem para a recepção dos dois aviadores.
A essa festa não compareceu o capitão Sacadura Cabral, que se achava ligeiramente
enfermo.
Muito antes da hora marcada para a festa, já o edifício se achava circundado pela
massa popular, que ansiosamente esperava a chegada dos aviadores e recebeu com aplausos e hurras o contra-almirante Gago Coutinho.
No salão nobre do Real Centro foi então instalada a sessão solene, presidida pelo
contra-almirante aviador, ladeado pelos srs. dr. B. de Moura Ribeiro, presidente da Câmara Municipal, e Arnaldo Aguiar,
vice-prefeito, em exercício.
Aberta a sessão e explicada a ausência do capitão Sacadura Cabral, que por motivo de
moléstia deixou de comparecer à festa, foi dada a palavra ao comendador Luiz de Mattos.
O orador discorreu longamente sobre os episódios da história portuguesa que mais
destacam o tradicional heroísmo da raça, de que os bravos aviadores, que vêm de concluir o arrojado raid Lisboa-Rio, são gloriosos
representantes.
Na sua oração, o comendador Luiz de Mattos demonstrou um conhecimento minucioso da
História do seu país e proporcionou aos ouvintes ensejo de mergulhar no passado de Portugal e contemplar os fatos que ilustram os seus gloriosos
fastos.
O orador foi muito aplaudido pela vasta assistência.
Seguiu-se com a palavra a senhorita Cypriana Lodeiro, que enalteceu as virtudes da
raça heróica de Camões, a cujo poema ciclópico os dois bravos aviadores juntaram mais uma página fulgurante.
A oradora finalizou a sua oração fazendo o elogio da mulher portuguesa, numa comovente
página.
Seguiu-se, ainda, com a palavra, o sr. Alberto de Carvalho, que dirigiu uma concisa e
eloqüente saudação aos bravos aviadores.
Encerrando a sessão, falou o contra-almirante Gago Coutinho, que em seu nome e no do
capitão Sacadura Cabral teve palavras de afeto e gratidão pelas homenagens recebidas.
Parte da glória dessa arriscada empresa, disse caber ao Brasil, pois foi da fé
inabalável, da perseverança na crença no seu êxito, que alcançaram as plagas brasileiras.
Gago Coutinho terminou o seu discurso sob o reboar das palmas entusiásticas da
colossal assistência que tomava inteiramente o vasto salão nobre do Real Centro.
Em seguida, passaram à secretaria do Real Centro, onde foi servida uma taça de
champanha às pessoas presentes e onde o contra-almirante Gago Coutinho deixou suas impressões no Livro de Visitas do Centro.
Cerca da meia-noite, o ilustre visitante deixou o Centro sob delirantes aclamações da
compacta multidão que se achava em frente do edifício, cuja fachada, feericamente iluminada, apresentava um aspecto deslumbrante.
OUTRAS NOTAS
O aspecto da cidade à noite - Durante a noite a cidade, na parte central,
apresentava um aspecto lindíssimo.
As ruas eram imensamente trafegadas por grupos de manifestantes e de automóveis,
estabelecendo-se um verdadeiro corso.
As ruas General Câmara e Rosário,
iluminadas profusamente, por arcos armados na direção das sarjetas, registraram movimento desusado. Mereceu especial atenção de todos essa
ornamentação.
Os edifícios do Club XV, Real Centro Português, Centro Republicano Português e Casa
Relâmpago apresentavam, igualmente, aspecto deslumbrante pela profusa iluminação a lâmpadas elétricas.
- O serviço de veículos esteve a cargo da Polícia Municipal, dirigido pessoalmente
pelo sr. Antonio Pereira Franco, chefe da 2ª seção.
- Os aviadores, na visita que fizeram ao Paço Municipal, deixaram consignadas no
respectivo livro as suas assinaturas.
- Durante a noite a população, jubilosa pelo grande acontecimento da visita dos
heróicos navegadores do ar, deu largas à sua alegria, enchendo os cafés e confeitarias, e passeando pela cidade.
- O serviço de hotel, no Club XV, a cargo do sr. Thomas Martinelli, foi irrepreensível
e esmerado, agradando imensamente.
Merece, igualmente, destaque a belíssima e artística ornamentação, a cargo dos srs.
Koopschitz e Pabst, proprietários da acreditada Flora Santista.
- Foi muito elogiada a ação do sr. dr. Ibrahim Nobre, delegado regional, mandando
recolher os policiais destinados ao serviço da ordem, causando esse fato a melhor impressão no espírito público.
O programa de hoje - Conforme programa que publicamos, os arrojados pilotos
visitarão, hoje, S. Vicente, as nossas praias e Guarujá, devendo partir do Parque
Balneário Hotel cerca de 8 horas, acompanhados dos membros da comissão de festejos e autoridades.
Sauterie no Miramar às 20 horas - Em homenagem aos bravos aviadores portugueses
Sacadura Cabral e Gago Coutinho, realiza-se hoje, às 20 horas, no querido Miramar, um grande festival, que será honrado
com a presença dos distintos marinheiros.
Na tela, será focalizado o magnífico filme, tirado por ordem do governo, por ocasião
da chegada dos gloriosos aviadores lusos ao Rio de Janeiro e S. Paulo.
A este filme seguir-se-á uma encantadora sauterie, abrilhantada pelas
jazz-band e orquestra Miramar.
O baile de hoje no Club XV em homenagem aos aviadores - A diretoria do Club XV,
encarnando o sentimento da sociedade santista, no que ela tem de mais representativo, de mais fino e elegante, abre hoje os seus magníficos salões
para uma deslumbradora soirée dançante em homenagem aos heróicos aviadores portugueses Sacadura Cabral e Gago Coutinho.
Seria ocioso pretender antecipar aos leitores o que vai ser essa festa, dada a
participação irmã que a elite santista está tendo nas entusiásticas manifestações aos gloriosos mensageiros d'além-mar, e se, em Santos como em todo
o país, do júbilo da gente portuguesa não compartilhasse, sempre, a sociedade brasileira, tanto uma e outra se confundem fraternalmente.
A festa de hoje nos suntuosos salões do XV será abrilhantada por excelente orquestra.
Por nosso intermédio, a diretoria do XV mais uma vez faz publico que será de rigor o
traje para o grande baile de hoje.
Récita de gala no Teatro D. Pedro II em benefício aos náufragos do Avaré
- Amanhã, no Teatro D. Pedro II, realiza-se a grande récita de gala, com a presença dos gloriosos aeronautas Gago
Coutinho e Sacadura Cabral, e autoridades locais.
Representa-se a bela opereta Última valsa, uma das peças que maior sucesso
alcançou na temporada.
Este espetáculo promete revestir-se de grande brilho, para mais que cinqüenta por
cento da receita bruta será entregue aos heróicos aeronautas para auxílio das famílias das vítimas do vapor brasileiro Avaré.
Os bilhetes acham-se à venda na Confeitaria Santista.
- O Centro dos Varejistas de Santos endereçou aos bravos aviadores o seguinte ofício:
"Ilmos. e exmos. srs. almirante Gago Coutinho e
comandante Sacadura Cabral.
"Prezadíssimos compatriotas.
"Cumprindo tão elevada quão imerecida missão a que me obriga o meu cargo, tenho a
honra de levar ao conhecimento de vs. excias. que a diretoria do Centro dos Varejistas de Santos, em sessão efetuada em 6 do atual, deliberou, por
unanimidade de votos, lavrar em ata um voto de congratulações pela vossa chegada, ilesos e triunfantes, à baía do Guanabara.
"Deliberou também oficiar a vs. excias., dando conhecimento d'aquela deliberação, e
ainda transmitir-vos as suas felicitações pela vossa visita à terra querida dos Andradas.
"A associação da classe comercial a retalho, onde não existe distinção de
nacionalidade nem credo político, e os seus diretores, que são comerciantes e não poetas, não pretendem descrever com flores de retórica e
sublimidade de poetas toda a extensão da onda de prazeres que inunda e empolga os corações de patriotas, diante do feito único da História, da
aviação aérea, que, apesar de todos os tropeços, de todos os perigos que tivestes de vencer, conseguistes corajosa, honrosa e gloriosamente levar a
cabo.
"Mas estais satisfeitos, já o dissestes por vezes!
"As ruidosas manifestações de que tendes sido alvo, e o carinhoso e inenarrável
acolhimento que tendes recebido por toda a parte e que ultrapassaram a vossa e a nossa expectativa, são fruto das simpatias que semeastes na senda
da vossa arriscada viagem científica.
"Tivestes dissabores, e foram duros na verdade, e enfrentastes por vezes a morte, em
troca da ciência e do pátrio amor.
"Acreditamos, porém, que não tendes feridas a pensar nem dores a suavizar, quando só
existem braços amigos a estenderem-se para vós e beijos inocentes a tocar as vossas frontes coroadas com rosas soltando aroma em manhãs de
primavera.
"Que sejais bem-vindos, são os nossos votos fervorosos, e que sejais felizes em toda a
vossa jornada, são os nossos desejos mais sinceros - (a) José dos Santos Sobrinho, 1º secretário".
- A Associação das Mães Cristãs, fazendo celebrar, no dia 12, às 9 horas, na
igreja do Rosário, uma missa em ação de graças pelo feliz êxito dos aviadores portugueses, convida todas as associadas,
associações religiosas, autoridades civis e militares, comissão de festejos, comércio, exmas. famílias e o povo em geral, que queiram associar-se a
esta significativa homenagem.
- O sr. Gervásio Fernandes Sobreira, proprietário do Armazém Novo Mundo, à Rua S.
Francisco n. 90, querendo comemorar a chegada a Santos dos intrépidos aviadores portugueses, fez subir ontem, às 16 horas, um colossal balão de 15
metros de altura por 40 de circunferência, levando as bandeiras: portuguesa, paulista, brasileira e espanhola. O mesmo foi solto à
Rua Amador Bueno n. 276.
Um interessante passatempo - Dentre os trabalhos de alegoria aos aviadores,
nenhum mais interessante do que o que está sendo vendido nesta cidade, da autoria do sr. Álvaro Barros, recentemente chegado do Rio de Janeiro.
É um curioso quadro de papel cartão com as efígies superpostas de Sacadura Cabral e
Gago Coutinho, que magicamente surgem quando acionada uma pequena lingüeta.
- A colônia portuguesa domiciliada na Serra de Paranapiacaba mandou confeccionar na
casa Castro, em S. Paulo, duas grandes e valiosas medalhas de ouro, desenho belíssimo do sr. Theophilo Gonçalves, telegrafista da
S. P. R., contendo de um lado, gravados, os retratos dos dois aviadores, o Fairey 17, e ao alto a Cruz de Malta.
No verso, essas medalhas têm a seguinte inscrição:
"Aos bravos aviadores Sacadura Cabral e Gago Coutinho,
oferece a colônia portuguesa domiciliada na Serra de Paranapiacaba - 1922 - S. Paulo - Brasil".
Esses prêmios, se os aviadores regressarem a S. Paulo pela estrada de ferro, serão
entregues no Alto da Serra, e se voltarem de automóvel a entrega se dará aqui.
O comandante Sacadura Cabral sente-se ligeiramente indisposto - Durante o
banquete, ontem realizado no Club XV, o ilustre comandante Sacadura Cabral, que veio um tanto gripado de S. Paulo, sentiu-se indisposto, sendo logo
chamado o dr. Othon Feliciano, o qual o acompanhou ao Parque Balneário Hotel.
O glorioso aviador português, a conselho daquele facultativo, recolheu-se aos seus
aposentos particulares e, pelas informações que nos deu aquele médico, sabemos ser lisonjeiro o seu estado.
Os aviadores portugueses em Belo Horizonte
BELO HORIZONTE, 10 - Os aviadores portugueses chegarão aqui no domingo próximo,
pelo noturno. O governo estadual, de acordo com o governo brasileiro, providenciou, junto à diretoria da Central, sobre a ligação de carros
especiais na estação de Barra do Piraí, onde esperarão os ilustres visitantes as comissões representando o governo, o prefeito de Belo Horizonte, a
imprensa e a colônia portuguesa aqui domiciliada.
O POLICIAMENTO
Várias ocorrências - O serviço de policiamento no centro da cidade, durante o
dia de ontem, foi confiado ao subdelegado Baccarat que tinha às suas ordens um sargento e cerca de quarenta soldados do 5º batalhão.
Era bem de ver, por isso, que o reduzido número de policiais seria impotente para
conter a incalculável multidão que se agitou durante a chegada dos aviadores portugueses a Santos.
Foi esta, afinal, a causa de várias ocorrências registradas ontem.
Entusiástica, e por vezes impaciente, a multidão comprimia-se afoitamente em todos os
lugares por onde passassem ou pretendessem passar os nossos caríssimos hóspedes.
No Largo Marquês de Monte Alegre, bem defronte ao Paço
Municipal, onde às 12,30 horas mais ou menos se achavam os aviadores em visita aos representantes dos poderes locais, aglomerou-se uma avalanche de
curiosos, calculada, segundo uns, em 10.000 pessoas, segundo outros em muito mais.
A polícia resolveu, então, estabelecer um cordão que isolasse o Paço Municipal, a fim
de que não fosse invadido o edifício da Câmara.
A força policial ali postada (20 soldados e 1 sargento) jamais poderia dar cabal
desempenho a essa missão.
Os soldados faziam o possível para cumprir a ordem recebida, isto é, para manter à
distância os milhares de pessoas que ali se achavam.
Uma meia dúzia de soldados, excitados pelo vozerio do povo, desnorteados completamente
ante a multidão que fremia, entendeu de, em certa hora, sair do cumprimento exato dos seus deveres, exorbitando da parcela de autoridade de que era
investida.
Em dado instante, de moto próprio, segundo nos informou o subdelegado Baccarat, que
não se achava no local no momento do desatino, os soldados, não podendo conter a onda humana que queria ultrapassar as raias do cordão, deliberaram
espaldeirar o povo, crentes de que assim, com essa violência condenável, conseguiriam o afastamento dos curiosos.
O que se deu, então, não se descreve. Gente a correr, gritos, choros de crianças,
populares feridos etc.
Foi um momento de estupefação geral.
O dr. Ibrahim Nobre, delegado regional de polícia, que se achava no interior da
Câmara, ao ter conhecimento da grave ocorrência, desceu apressadamente a escadaria do edifício e, em altos brados, conseguiu dominar a soldadesca.
Isso feito, s.s. mandou que todos os soldados dali se recolhessem imediatamente ao
quartel, dispersando-os do serviço de policiamento, que passou então a ser feito, exclusivamente, por aquela autoridade e alguns agentes de
confiança.
Ante as enérgicas e decisivas deliberações do dr. Ibrahim Nobre, a multidão prorrompeu
em entusiásticas aclamações a s.s., carregando-o em triunfo.
No lamentável espaldeiramento, saíram feridos: Paulo Ramos, preto, português, com
vários ferimentos pela cabeça; Olivia Milina, italiana, com escoriações pelos braços; Arthur Marques, português, com ferimentos na cabeça; João
Manuel da Silva, com uma contusão no ombro. Faltam os nomes de algumas outras vítimas da sanha dos soldados.
O primeiro dos feridos, Paulo Ramos, vingou-se duas horas mais tarde, ferindo
gravemente um cabo de polícia com dois tiros de revólver.
- Na Delegacia Regional de polícia e no quartel da força, foram abertos inquéritos, a
fim de que fiquem perfeitamente apuradas as responsabilidades.
- O gesto do dr. Ibrahim Nobre, fazendo recolher a força insubordinada, foi muito
louvado por todos e está sendo favoravelmente comentado.
Punguista preso quando agia na Praça Monte Alegre - Ontem, durante o dia, o
punguista Celestino Tavares, aproveitando a aglomeração de gente na Praça Monte Alegre, que ali ovacionava os aviadores portugueses, achou por bem
pôr em prática as suas habilidades, conseguindo subtrair as carteiras de Albino Freitas, que continha a importância de 150$000, e de Carlos Troya,
com a quantia de 250$000.
Porém, o conhecido punguista, que estava sendo vigiado por um inspetor de segurança,
foi preso e recolhido ao xadrez, a fim de ser devidamente processado. |