Imagem: reprodução das páginas 1 e 3 do Diário do
Litoral de 16 de setembro de 2011
Engavetamento envolve 300 carros, deixa 29 feridos e 1 morto
Cerca de trezentos veículos se envolveram ontem no maior engavetamento em
números de carros da história do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI). O acidente deixou 1 morto e 29 feridos. Porém, a Ecovias não confirmou o número
de veículos envolvidos no acidente. A concessionária que administra o SAI afirmou que somente hoje divulgará o total de vítimas.
Foto: Evelson de Freitas/AE, publicada com a matéria, na
página 1
CIDADES
Engavetamento na Imigrantes deixa um morto e 29 feridos
A Polícia Militar culpou a neblina pelo acidente, pois a visibilidade era de 10
metros em alguns trechos
Da Reportagem
Cerca de trezentos
veículos se envolveram ontem no maior engavetamento em números de carros da história do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI). O acidente deixou 1 morto
e 29 feridos. Porém, a Ecovias não confirmou o número de veículos envolvidos no acidente. A concessionária que administra o SAI afirmou que somente
hoje divulgará este número.
A série de colisões começou por volta das 12h45, na altura do km 41, na Represa do
Alvarenga, em São Bernardo do Campo, sentido São Paulo. Houve batidas em um raio de 2 km. A Polícia Militar culpou a neblina - a visibilidade era de
10 metros em alguns trechos.
Após o engavetamento, a Imigrantes foi interditada até as 14h30, quando uma faixa foi
liberada no sentido capital. Às 17h10, a pista Sul da Imigrantes foi invertida (subindo) para aliviar o trânsito da Anchieta. Mas o trânsito seguiu
complicado no sistema até o início da noite - comboios saíam para o litoral a cada 30 minutos.
Os trabalhos de resgate só foram concluídos às 17h15. Segundo o comandante da Polícia
Militar do ABC paulista, Roberval França, a limpeza e perícia da área só deverá ser concluída hoje.
Ontem, a viagem de São Paulo até o litoral, pela Anchieta, demorava quatro horas. No
momento do acidente, havia dificuldades de visibilidade desde a beira da Represa Billings. Houve também uma série de pequenas colisões no Rodoanel
Mário Covas até o Sistema Anchieta-Imigrantes. Desde o km 18 havia dificuldades para os motoristas naquela via.
Até o fechamento desta edição, ainda era desconhecido o que motivou a primeira batida.
Mas motoristas relataram que a neblina já causava um "comboio informal" no trecho, quando alguns veículos ainda procuravam seguir a uma velocidade
maior. "Podemos dizer que o principal motivo foi a neblina, que baixou muito rápido. A visibilidade era só de 10 metros", ressaltou França.
Segundo ele, foram várias batidas na sequência. A mais grave envolveu um ônibus e um
caminhão-tanque que carregava álcool e explodiu. Outras duas carretas de combustível e pelo menos sete caminhões com produtos perigosos se
envolveram nas colisões mais graves.
Não houve tempo de reação, como relatou o comerciante Leandro Alves, de 27 anos.
"Quando vi, começaram as batidas. Parei e o caminhão do meu lado estava pegando fogo. Eu saí correndo para o acostamento e logo depois uma série de
carros veio atrás e bateu no meu".
Atendimento médico - Para o resgate das vítimas foram mobilizados 43 homens e
17 viaturas do Corpo de Bombeiros, além de 60 carros da Ecovias., 60 da PM e 38 equipes da Polícia Rodoviária. As prefeituras de Santos, Cubatão,
São Vicente e São Bernardo do Campo também enviaram equipes de socorro e unidades do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A maioria foi
atendida no local do acidente.
A rede de saúde de Cubatão foi a que recebeu mais vítimas: 15 no total. Duas estavam
em estado grave no pronto-socorro da cidade. Alex Ferreira de Souza, de 29 anos, era atendido á noite na sala de emergência com hemorragia cerebral
e traumatismo craniano. Ele deveria ser submetido a uma cirurgia. Já Ernani Parreira, de 48 anos, fazia exames de raio X no início da noite. Outras
três vítimas passavam por exames com ferimentos e fraturas. Dez já haviam sido liberadas.
Foto: Evelson de Freitas/AE, publicada com a matéria, na
página 3
|