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HISTÓRIAS E LENDAS DE CUBATÃO - ESTRADAS
O maior engavetamento na Via Imigrantes (2)

Novamente a densa neblina foi apontada como uma das causas
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Da mesma forma como em junho de 1977, quando se registrou o maior engavetamento na Via Anchieta, novamente em 15 de setembro de 2011 o denso nevoeiro foi uma das causas de um megaengavetamento, envolvendo 300 veículos. Embora seja mais do que o dobro da quantidade de veículos acidentada em 1977, o número de vítimas foi bem menor: um morto e 29 feridos. No dia seguinte, 16 de setembro de 2011, o jornal santista A Tribuna destacava, em suas páginas A-1, A-4, A-5 e A-6:

Imagem: reprodução da primeira página de A Tribuna de 16 de setembro de 2011

"Parecia o fim do mundo"

Acidente na Imigrantes envolve 300 veículos e deixa um morto

A cena impressionava: 300 veículos, segundo a Polícia Rodoviária, envolvidos num gigantesco engavetamento na Pista Norte da Rodovia dos Imigrantes. Era início da tarde. O saldo do desastre: um homem morto no local e 29 pessoas feridas. "Parecia o fim do mundo, um filme de horror', disse o caminhoneiro Josimar Alves de Alencar, um dos envolvidos no acidente. Os trabalhos de limpeza no local avançaram pela madrugada.

O que aconteceu

Infografia de Alex Ponciano, publicada com a matéria

 

A neblina intensa no local foi a explicação para o acidente: amontoados na pista e fora dela, carros retorcidos ou incendiados, ônibus e caminhões amassados e motos irreconhecíveis por quase dois quilômetros

Fotos: Walter Mello, publicadas com a matéria

Imagem: reprodução das páginas A-4 e A-5 de A Tribuna de 16 de setembro de 2011

TRAGÉDIA NA IMIGRANTES

O dia em que tudo parou

Um dos maiores acidentes no local: 29 ficaram feridos e um morreu. 300 veículos envolvidos

Maurício Martins

Da Redação

"Parecia o fim do mundo, um filme de horror". O desespero do caminhoneiro Josimar Alves de Alencar dá a dimensão do que aconteceu ontem, por volta das 13 horas, na Rodovia dos Imigrantes. Ele foi um dos muitos motoristas envolvidos no acidente que aconteceu no Km 41 da Pista Norte, usada para subida, nos limites de São Bernardo do Campo e Cubatão. Um homem morreu no local e 29 pessoas ficaram feridas.

A cena era realmente terrível: 300 veículos, segundo a Polícia Rodoviária. Um engavetamento que parecia não ter fim. Quase dois quilômetros de carros retorcidos, ônibus e caminhões amassados e motos irreconhecíveis. Veículos que se amontoavam na pista e fora dela. Muitos foram parar no canteiro central. As marcas na grama mostravam o desespero dos motoristas em acionar os freios. Em vão. Por toda a estrada, havia pedaços de veículos e óleo espalhados.

Um carro ficou completamente esmagado entre dois caminhões. Era difícil, até, saber o modelo do veículo, tamanho foi o estrago. Os ocupantes se salvaram porque conseguiram sair antes de o segundo caminhão acertar a parte traseira do carro.

Quem presenciou o acidente lembrou-se de freadas e batidas sucessivas. Tudo em poucos segundos. Pneus explodiram, peças voaram. Sons que não saem da mente do administrador Fábio Aoki. "Eram batidas que não paravam". Ele bateu a cabeça e sofreu arranhões pelo corpo. Recebeu o primeiro atendimento e seria encaminhado ao pronto-socorro.

O tanque de um caminhão pegou fogo com o impacto. Outros dois automóveis que estavam ao lado também foram destruídos pelas chamas. Enquanto os bombeiros controlavam o fogo, a empresária Karim Regina Barros, dona de um dos carros queimados, observava. Ainda tentava entender o que aconteceu. Parecia anestesiada com a proporção do acidente. Ela escapou da morte por instantes: saiu do veículo segundos antes de seu carro pegar fogo.

Neblina - A neblina intensa no local foi a explicação para o enorme acidente que, segundo a Polícia Rodoviária, teve início após a colisão entre dois caminhões.

"Provavelmente, a causa foi a densa neblina. A visibilidade estava entre 20 e 30 metros. É uma condição inusitada, adversa. Pega de surpresa os motoristas", disse o major Newton Michelazzo, comandante do 1º Batalhão da Polícia Rodoviária de São Bernardo do Campo, responsável pela ocorrência. "Sabíamos da neblina e existia uma viatura monitorando a velocidade dos carros, mas não conseguimos evitar o acidente".

Socorro - O socorro veio de todas as partes. A Polícia Rodoviária estava com grande parte do efetivo no local. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também mobilizou equipes.

O Corpo de Bombeiros de São Paulo levou 20 viaturas ao local e teve o apoio de mais quatro de Santos. "Foi um acidente de grande porte. Nunca vi tantos veículos no mesmo acidente", disse o major Alexandre Augusto de Souza, do Corpo de Bombeiros, no momento em que coordenava a distribuição das vítimas entre hospitais da Capital e cidades da Grande São Paulo.

As ambulâncias levaram os que corriam maior risco, e casos mais leves eram atendidos ali mesmo, de forma improvisada.

Fotos: Walter Mello, publicada com a matéria

Atendimento aos feridos vira operação de guerra

Fernanda Balbino

Da Redação

Os 29 feridos no acidente do Km 41 da Pista Norte da Rodovia dos Imigrantes foram encaminhados para hospitais de cidades próximas, como Diadema, Cubatão e São Vicente. De acordo com a Polícia Rodoviária, todas as remoções foram de vítimas leves, levadas por ambulâncias do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

A única vítima fatal, o condutor de um caminhão, ficou preso nas ferragens e morreu no local. Ele sofreu fraturas múltiplas no crânio. Conforme informações do 4º DP de São Bernardo (Riacho Grande), onde os boletins de ocorrência foram registrados, o corpo ainda estava preso nas ferragens ontem à noite. Quando for retirado, será levado ao IML de São Bernardo.

Cubatão - O Hospital Municipal de Cubatão parecia ontem um posto de socorro de guerra. A unidade recebeu 15 vítimas do acidente.

Segundo a diretora do Departamento de Urgência e Emergência da Secretaria Municipal de Saúde, Paula Mammana, dez pessoas passaram pelo pronto atendimento e receberam alta.

Outros cinco pacientes inspiravam mais cuidados. Até a noite de ontem, dois ainda permaneciam em estado grave e esperavam vagas em outros hospitais. Todos os demais sofreram fraturas e foram transferidos para outros hospitais, a pedido das famílias.

Gravidade - O caso mais grave é de um paciente que sofreu uma hemorragia intracraniana. Apesar de consciente, ele corre risco de morte. "Poderia ter sido muito pior pela magnitude do acidente mas existe a necessidade de tratamento em UTI (Unidade de Terapia Intensiva", afirma a médica.

Por este motivo, o paciente aguardava transferência para outro hospital. O mesmo aconteceu com o segundo caso mais grave, que teve suspeita de trauma lombar.

A hipótese foi levantada por conta da diminuição da sensibilidade das pernas, mas não foi confirmada. Este e mais uma vítima foram removidos para o Hospital Frei Galvão, em Santos.

Em Diadema, outros oito feridos foram encaminhados ao Hospital Municipal da cidade. Destes, dois permanecem internados em observação, com ferimentos leves.

Duas vítimas foram levadas ao Centro de Referência em Emergências e Internação (Crei) de São Vicente. Os que tinham ferimentos leves foram liberados logo em seguida.

A Polícia Rodoviária não confirmou o paradeiro dos outros quatro feridos no acidente.

Informações podem ser obtidas em contato com o 1º Batalhão de Policiamento Rodoviário, pelo telefone (11) 3465-5300.

Inacreditável

"Foi muito barulho. Não dava pra saber o que estava acontecendo. Eram batidas que não paravam. Não dá nem pra acreditar"

Fábio Aoki, administrador

 Depoimentos

"Quando eu vi, já estava em cima de outro caminhão. Parecia o fim do mundo, um filme de horror. Foi a pior coisa que já vi. Na estrada, acompanhamos muitos acidentes, mas esse foi demais"

Josimar Alves de Alencar, caminhoneiro

"Só deu tempo de frear e ouvir o barulho da batida. Foi um susto grande. Houve muitas explosões, vários estouros. Acho que foram os pneus dos carros"

Pedro Alves dos Santos, motorista

"Seguia para o Aeroporto, quando tudo parou, do nada. O freio não segurou. Desviei de um caminhão e o meu carro acabou saindo da pista. Só agradeço por não ter acontecido o pior"

Rodrigo dos Santos, motorista

"Tive sorte de não acontecer algo mais grave. Não sei nem descrever o que houve"

José Valdemir, motorista

"Estava voltando de uma reunião em Santos e não dava para ver quase nada, por causa da neblina. Cheguei a frear quando vi que o trânsito parou, mas as rodas deslizaram. Saí do carro e corri para o outro lado da pista"

Diógenes Sahd, publicitário

"Só lembro de jogar o carro para desviar de um e bater em outro. Consegui sair do carro um pouco antes de pegar fogo. Saí correndo... foi coisa de segundos"

Karim Regina Barros, empresária

O caos e a confusão seguiram noite adentro

Muitos passageiros que pretendiam viajar de Santos para São Paulo (ou vice-versa) tiveram que mudar seus planos. Por causa do engavetamento de mais de 300 veículos na Rodovia dos Imigrantes, as empresas de ônibus suspenderam suas atividades.

A Tribuna entrou em contato com os guichês do Expresso Luxo e da Viação Rápido Brasil, e ambas confirmaram que a situação era crítica.

Um ônibus que saiu de Santos às 17h10 ainda estava na altura do Jardim Casqueiro, em Cubatão, três horas depois.

A venda de passagens foi suspensa sem hora para reabertura, pois não havia previsão de quando os ônibus conseguiriam chegar ao Terminal Rodoviário do Jabaquara, em São Paulo.

O jovem Marcelo Marques aguardava pacientemente por um ônibus para viajar para Santos. "Tem muita fila nos guichês e não estão vendendo mais bilhetes. O jeito será ficar na casa de minha irmã, em São Paulo", relata.

Na estrada, segundo a Ecovias, os trabalhos seguiriam noite adentro. Depois da retirada de todos os veículos, a pista teria de ser lavada, devido ao derramamento de produtos químicos.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o nevoeiro continuaria durante a madrugada.

A Polícia Civil de São Paulo informa que vai investigar as causas e eventuais responsabilidades pelo engavetamento.

Cenas do acidente

Fotos: Walter Mello, publicada com a matéria

A Tribuna não esquece

Imagem: reprodução, publicada com a matéria

28 de junho de 1977

Foi o pior acidente já registrado na Via Anchieta: 11 morreram e 284 se feriram num engavetamento com cerca de 140 veículos. O acidente ocorreu por volta das 7 horas, entre os Km 59 e 62, em Cubatão.

Segundo testemunhas, um motorista parou seu carro na pista ascendente para não atropelar um pedestre, e seguiram-se colisões - inclusive no sentido contrário, quando curiosos reduziram a marcha para ver o desastre.

O acidente resultou no fechamento total da estrada. As pistas sentido Capital e de descida foram interditadas. A viagem, apenas pela Rodovia Anchieta, provocou congestionamentos em toda a extensão da estrada, que chegou a ficar completamente parada. No fim da tarde, a fila de veículos que subiam a Serra se estendia até a Avenida Martins Fontes, no bairro do Saboó, em Santos. Com o excesso de veículos e condições climáticas ainda desfavoráveis - chuva e neblina -, vários pequenos acidentes foram registrados, o que dificultou ainda mais o trânsito. Segundo a Ecovias, que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes, foram colisões leves, sem vítimas

Foto: Irandy Ribas, publicada com a matéria

TRAGÉDIA NA IMIGRANTES

O acidente poderia ser evitado?

Especialistas criticam sinalização das rodovias e alertam para a necessidade de medidas preventivas

Leonardo Costas e Fernanda Balbino

Da Redação

"Demorou demais para acontecer um acidente de grandes proporções como este", declara o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista, Marcelo Marques da Rocha.

Para o sindicalista, um novo tipo de sinalização resolveria o problema da intensa neblina que cai naquela região. "A cerração ofusca as lâmpadas instaladas nos postes. por isso, é necessário uma outra alternativa".

O método apontado como mais seguro é semelhante ao utilizado em pistas de aeroportos, com pontos de iluminação instalados no solo.

Para alertar sobre o perigo da neblina e da iluminação, em outubro do ano passado Rocha enviou correspondência à Secretaria de Logística e Transportes do Estado e à Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI).

No ofício, foram expostos os problemas de segurança que os usuários vivenciam em dias de neblina. "Eu não estava falando apenas do problema enfrentado pelas transportadoras, até porque também utilizo a estrada todos os dias", destaca.

Como retorno, o Sindisan recebeu apenas uma resposta da Ecovias. Nela, a justificativa da concessionária foi que a implantação do tipo de iluminação sugerida não estava prevista no contrato de prestação de serviço.

A empresa informou, através de sua assessoria de imprensa, que utiliza sinalização moderna, de acordo com as normas da Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp).

Procurada, a Secretaria de Logística e Transportes do Estado explicou que o órgão responsável pela questão é a Artesp e, por isso, não se manifestou.

A Artesp desconhece a proposta do Sindisan. Mas garantiu que o tipo de sinalização utilizado em aeroportos não pode ser aplicado às rodovias, já que em casos de neblina os pousos e decolagens são feitos através de instrumentos.

Fiscalização - Outra questão apontada por Rocha é a fiscalização dos veículos que trafegam no SAI. Ele se refere ao estado de conservação dos veículos e abusos cometidos por motoristas. Um exemplo é o transporte de dois contêineres de 40 pés em um mesmo caminhão.

"A pista não tem ângulo e, com dois contêineres, a chance de tombamento é muito maior na descida".

Uma reunião entre a Polícia Rodoviária, a Ecovias e o Sindisan está marcada para a próxima quarta-feira, para tratar do assunto. "Os desastres já estavam programados e ninguém se preocupou em investir em segurança e fiscalização", destaca.

Como na Alemanha - O engenheiro de transportes Erico Almeida concorda que a sinalização da Rodovia dos Imigrantes não é apropriada para uma forte neblina. De acordo com o especialista, nenhuma estrada do País tem estrutura adequada para enfrentar as condições climáticas adversas.

"O ideal é como fazem na Alemanha. Lá, as principais rodovias possuem placas luminosas nas laterais, a cada 50 metros, que indicam a velocidade correta", explica.

No Brasil, o recurso mais usado para enfrentar a neblina é a operação comboio. A Ecovias, empresa que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes, aplica o serviço com frequência.

Erico chama atenção para o fato dessa ser uma medida paliativa, e não preventiva. "E tem o agravante de ser utilizada somente na descida, mas também deveria ser usada na subida da Serra do Mar".

O engenheiro de transportes afirma que setembro e outubro são meses nos quais a atenção do motorista deve ser redobrada, pois é o período em que a neblina fica mais densa.

Ecovias - Eduardo Di Gregorio, gerente de Atendimento da Ecovias, afirma que o trecho de interligação é o que tem maior índice de neblina e é usado para descida, o que justifica o comboio nesse sentido.

Já na subida (onde aconteceu o acidente), segundo Di Gregorio, costuma ter menos neblina e, por isso, não haveria necessidade desse recurso.

"De qualquer forma, cada acidente é estudado e esse também será, para avaliarmos outras possibilidades de maior segurança, inclusive de comboio".

Onde aconteceu

Infografia publicada com a matéria

Entrevista
Vicente Cascione, ex-presidente do Contran e ex-diretor-geral do Denatran

"Essas tragédias são previsíveis"

Eduardo Brandão

Da Redação

Omissão: assim o advogado Vicente Cascione, ex-superintendente da Polícia Rodoviária Federal, classifica a tragédia no SAI. Para ele, os responsáveis precisam ser incriminados.

O senhor acredita que eventuais falhas são responsáveis pelo acidente?

Quase todas as tragédias destas proporções são previsíveis e anunciadas. Já poderia ter ocorrido algo idêntico ao que aconteceu hoje (ontem) há muito tempo. E, fatalmente, haverá muitos outros acidentes que poderão ocorrer com a mesma ou até maior gravidade. É até um milagre não ter acontecido antes. Não é de hoje que sou um denunciante do caos no SAI (Sistema Anchieta-Imigrantes).

O senhor indicaria alguns pontos problemáticos na segurança do sistema?

A pavimentação asfáltica não permite o escoamento da água como deveria e como ocorre em qualquer rodovia de qualquer lugar no mundo. Há pontos de hidroplanagem e levantamento de cortina de água, quando chove, a ponto de impedir a visibilidade. Isso é confirmado por policiais rodoviários.

Como resolver esse problema?

Um asfalto crespo, que permite o escoamento. E não espelhado, como é atualmente. Eu fiz esta denúncia logo que o asfalto foi feito e, à época, o presidente da Ecovias (Irineu Meirelles) disse que eu era advogado e, não, engenheiro.

Falta proteção ao usuário ao longo da pista?

O sistema de túneis da pista, que chega a ter mais de três quilômetros de extensão, não possui áreas de escape (para deixar o veículo em caso de colisão). Sequer conta com um sistema contra fogo ou gás tóxico. De tal maneira que se acontecer um acidente de grandes proporções será uma tragédia anunciada.

O comboio evitaria o acidente?

Poderia, sim. Mas há falhas nesta operação. Fazem o comboio várias vezes com a neblina que permite visibilidade razoável. Em outras vezes, quando a neblina é grande, não se tem o comboio. Além disso, no ponto onde ocorreu a tragédia nunca é feita esta operação. O que aconteceu foi um crime que tem que ter responsabilidade. O Brasil é o único país do mundo em que acontece uma tragédia destas proporções e fica por isso mesmo. Entra para as estatísticas.

Entrevista
Eduardo Di Gregório, gerente de Atendimento ao Usuário da Ecovias

"Não há problema de segurança"

Eduardo Brandão

Da Redação

As causas do acidente serão alvo de estudo e ajudarão a evitar que cenas como as de ontem se repitam. É o que garante o gerente de Atendimento ao Usuário da Ecovias, Eduardo Di Gregório.

O SAI é seguro?

Sim. Não temos problemas em relação à segurança. Todos os cuidados são tomados para evitar acidentes e respeitar a vida do usuário.

Já é possível dizer o que motivou o acidente?

A Ecovias analisa todos os acidentes e o de hoje (ontem) não será diferente. Será analisado com todo o rigor. O local (onde ocorreu o acidente de ontem) não tem registros de colisões. Foi um dia atípico, com neblina e chuva. Ainda estão em apuração as causas.

Acredita que alguma ação poderia ser tomada antes, para evitar as colisões?

A Polícia Rodoviária ainda está levantando as causas que provocaram o acidente. Os envolvidos foram encaminhados à delegacia para elaboração do boletim de ocorrência. Sabemos que estava chovendo, que havia neblina no horário. É prematuro falarmos em imprudência (dos motoristas). Ainda não se tem um parecer definitivo sobre o que houve no local. Talvez amanhã (hoje) podemos ter algum posicionamento mais claro.

A empresa irá analisar as causas do acidente para rever alguns pontos de segurança das pistas?

Com certeza. Temos um grupo formado por técnicos da nossa companhia que trabalham em conjunto com a Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo) e com a Polícia Rodoviária, justamente par alevantar estes dados. Com isso, fazemos as ações de segurança de todo o sistema.

Há previsão de quando será liberada a pista?

Prestamos toda a assistência (aos envolvidos no acidente). A Polícia Rodoviária canalizou o apoio aos veículos que estão sendo recolhidos para a base da Ecovias. Porém, os trabalhos de remoção ainda vão durar a madrugada inteira. O volume de veículos envolvidos na colisão é imenso. Os trabalhos agora (por volta das 23h15) estão concentrados na retirada dos caminhões, que é a parte mais complexa.

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