Imagem: reprodução da matéria de A Tribuna de 22/2/1992, página A-6
História do Carnaval cubatense
Carlos Pimentel Mendes (*)
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Dona Doroti - Novidade mesmo aconteceu no carnaval de 1991: quando em Santos a tradição do Banho da Dona Dorotéia já começava a esmorecer, um grupo de carnavalescos cubatenses, que participava dessa folia, e continuava a festa no Jardim Casqueiro, resolveu iniciar no município uma paródia desse desfile, que ganhou o nome de Banho da Dona Doroti.
Em 1992, essa patuscada abriu o carnaval oficial de Cubatão, promovida pela Administração Regional de Vila Nova, conforme noticiou em 2/2/1992 o jornal A Tribuna: "Como não há praias em Cubatão e a foz do Rio Casqueiro não oferece ondas, a patuscada – que fazia sucesso há dez anos no bairro – será realizada nas avenidas Europa, Brasil a Beira-Mar. Jorge Barbosa, administrador da Vila Nova, espera contar com a presença de pelo menos mil foliões travestidos e satirizando os problemas locais e nacionais". Uma comissão julgaria os blocos, oferecendo prêmios em dinheiro aos três primeiros colocados.
Imagem: reprodução da matéria de A Tribuna de 11/2/1993, página A-8
Em 26 de janeiro de 1993, o Banho da Dona Doroti era regulamentado para aquele ano, pelo decreto 6.686, definindo que a festa seria realizada no dia 14 de fevereiro seguinte, como sendo o II Banho da Dona Doroti/93. Ele teria início na Av. Brasil com Av. Europa e terminaria na Praça Olímpio Lima, no bairro do Jardim Casqueiro. Era considerado pelo decreto como evento de âmbito regional, e para concorrer aos prêmios os grupos de foliões deveriam contar com um mínimo de cem pessoas.
Imagem: reprodução da matéria de A Tribuna de 5/2/1994, página A-7
No ano seguinte, era registrado pelo jornal A Tribuna, em 9/2/1994, que "o temporal que caiu domingo à tarde não afetou a folia no Jardim Casqueiro, tendo os participantes da festa considerado que tomaram um verdadeiro Banho da Dona Doroti". Venceu o concurso o Bloco da Toalha, carregando na sátira aos corruptos brasileiros.
E a notícia continua: "Com uma alegoria bem original, o Bloco Cidade de Madeira reproduziu os barracos da Vila dos Pescadores (...) Os blocos das Raparigas do Centro e do Pé Inchado se uniram, conseguiram o número exigido de participantes e ganharam o terceiro lugar (...) Cerca de dez mil pessoas se juntaram aos foliões e desfilaram com todos os blocos, incluindo os da União e os do Sapo (...) O público consumiu 100 litros de aperitivos oferecidos pelos organizadores do Bloco da Toalha".
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(*) O jornalista Carlos Pimentel Mendes preparou este texto para divulgação pelo Departamento de Imprensa da Prefeitura Municipal de Cubatão.
Imagem: reprodução da edital publicado em A Tribuna em 28/1/1993 - Classificados - página C8
Imagem: reprodução da matéria de A Tribuna de 9/2/1994, página A-5
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