Limita-se ao Norte com a Via Anchieta; ao Sul com o Rio Casqueiro; a Oeste com o antigo Sítio São Luiz (propriedade particular); a Leste com a antiga propriedade da família Machado. O acesso aos bairros é feito pela Marginal Direita da Via Anchieta (quilômetro 60) e pela Avenida Tancredo Neves – SP-148, quilômetro 56 + 800 m, através do Viaduto 31 de Março. Tem ligação com a Ilha Caraguatá e com o Bolsão 8. Encontra-se a 5 km do centro de Cubatão, 10 km do Parque Industrial e 7 km de Santos.

Já a Vila Bandeirantes é uma área descrita em mapa da Prefeitura, de 2004, como banhada pelo braço de mar conhecido como Rio Casqueiro, entre os núcleos Jardim Casqueiro e Vila Ponte Nova, limitada ainda pela Via Anchieta.

O Serviço Social da Indústria (Sesi) instalou no bairro o Centro Educacional 424 e C. A. "Décio de Paula Leite Novaes" - Centro de Lazer e Esportes. Ali funciona também a Paróquia São Judas Tadeu.

Entre os equipamentos públicos disponíveis no bairro estão o Centro Esportivo Armando Cunha, a Biblioteca Municipal do Jardim Casqueiro, a Escola de Canoagem/Raia Olímpica, a Unidade Básica de Saúde (UBS) Jardim Casqueiro, o Pronto Socorro do Jardim Casqueiro, a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, o Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), o Centro de Convivência da Terceira Idade, as creches Municipais Jardim Casqueiro e Nossa Senhora de Fátima, as Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEIs) Estado do Pernambuco e Profª. Almerinda M. de Carvalho, as Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEFs) Antonio Ortega Domingues, Padre Manoel da Nóbrega e Padre Antonio Olivieri Filho:

Em 1992, a Prefeitura de Cubatão editou este folheto comemorativo do 42º aniversário do bairro:

Imagem: reprodução do folheto 42º Aniversário do Jardim Casqueiro

A história do bairro começa no dia 10 de setembro de 1948, data da entrega de requerimento e títulos de domínio na Prefeitura Municipal de Santos, por Mário, Nestor e Agenor da Cunha Machado. Na oportunidade, seguindo orientação da Divisão de Urbanismo da Prefeitura de Santos, deram o nome do Projeto de Loteamento do Jardim Casqueiro, área de 15.698 alqueires, situada às margens da Via Anchieta, entre Cubatão e Santos.

Com a elevação de Cubatão à categoria de Cidade, no dia 9 de abril de 1949, o primeiro prefeito do Município, Armando Cunha, aprovou o projeto de loteamento e arruamento do bairro, no dia 6 de julho de 1950. A data da assinatura, pelo então prefeito, passou a ser denominada como o Dia do Jardim Casqueiro.

De colônia de pescadores, que viviam da pesca no Rio Casqueiro, o bairro foi com o passar dos tempos sofrendo grandes transformações, porém sem perder o vínculo afetivo entre os seus mais tradicionais moradores, com suas histórias e amor pelo local onde vivem.

Hoje, o Jardim Casqueiro tem o privilégio de ser considerado um dos bairros nobres de toda a Baixada Santista, com a Avenida Beira Mar totalmente urbanizada, tendo em sua extensão diversos equipamentos de lazer de prática esportiva; o novo bairro da Ponte Nova, com suas luxuosas casas; o Centro Esportivo Armando Cunha, que abriga agora o Ginásio Poliesportivo Professora Lucilia Fidos Pecoraro; a Raia Olímpica e Garagem Náutica, que abriga a Escolinha de Canoagem e a estrada que liga o Jardim Casqueiro e Jardim Caraguatá, asfaltada em toda sua extensão.

Imagem: detalhe do folheto 42º Aniversário do Jardim Casqueiro

"Nos bons tempos de Casqueiro, eu cheguei a pescar até 600 quilos de peixes como parati, tainha, robalo e corvina. Era comum a gente ver os caranguejos e siris andando pelos caminhos do bairro, que era o divertimento da garotada e forma de ganhar dinheiro de muito marmanjo. Eu nunca me esqueço da cantoria dos peixes do Rio Casqueiro, pela madrugada. Era uma barulheira só de miraguaias, pescadas e cocorocas, coisas que não se vê nem se ouve hoje em dia. Embora o bairro esteja uma beleza e com mais conforto para os moradores, eu sinto falta daquele contato direto com a natureza" - Roque Clemente da Silva, o Roque Pescador, de 77 anos de vida, dos quais 42 vividos no Jardim Casqueiro, na Rua Uruguai, nº 196.

Imagem: detalhe do folheto 42º Aniversário do Jardim Casqueiro

"Lembro como se fosse hoje. Eu vim para o Jardim Casqueiro, no dia 16 de janeiro de 1951 e estou morando ainda na mesma casa, no número 628 da Praça da Independência. Naquela época, era beira do mangue, próximo do Rio Casqueiro, com um pé de jambolão e outro de abricó, bem em frente de casa. A gente vivia da pesca e o Rio Casqueiro tinha fartura de peixe, como tainha, robalo, corvina, entre outros" - Lindoufo Câmara dos Passos, de 82 anos de idade (ex-pescador profissional)

Imagem: detalhe do folheto 42º Aniversário do Jardim Casqueiro

"O Jardim Casqueiro sempre foi um bom bairro para se morar. Só que, no início, quando cheguei aqui, há 55 anos, as pessoas eram mais amigas. Eram poucos os casebres de madeira que, quando ventava forte, no dia seguinte, era certeza de encontrar, pelo menos, 3 casas de pernas pro ar, e lá ia o pessoal arrumar tudo. Outras coisas boas aqui são as festas, e eu não perco uma. Tanto que sou conhecida como a bailarina do Casqueiro, pois só danço sozinha" - Rosa Amélia de Lima, 79 anos de idade, moradora da casa de número 380, da Avenida das Américas

Os antigos diziam: "O Jardim Casqueiro é uma terra abençoada pois a gente encontra comida pelas ruas" - Manoel Macedo, fotógrafo da Prefeitura, sobre a existência de caranguejos, siris e animais de caça, que dividiam com os moradores as ruas e caminhos.

Playground em praça da Avenida Beira Mar, no Jardim Casqueiro. Fotos de 7 de outubro de 2011

Fotos: Mauricy/Secretaria de Comunicação Social/Prefeitura de Cubatão

Entrega da Unidade Municipal de Ensino (UME) Jardim Casqueiro, em foto de 12 de abril de 2012

Foto: Rodrigo Fernandes/Secretaria de Comunicação Social/Prefeitura de Cubatão