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HISTÓRIAS E LENDAS DE CUBATÃO - S. LÁZARO
A capela para os lázaros no sopé da serra (3)

Memórias das festas antigas
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Texto publicado no jornal cubatense Acontece, em 9 de junho de 2006:
 
Festa de São Lázaro, que saudade de 1954!

Já faz 52 anos que foi realizada a última festa de São Lázaro na raiz da Serra do Mar, festa esta que Francisco Couto e seu filho Joaquim Miguel Couto começaram a realizar entre os anos 1860 a 1870, até 1923.

Quando Joaquim Miguel Couto veio a falecer com 92 anos em sua residência, no caminho do Capivari, hoje Avenida 9 de Abril, onde é hoje a sapataria Mendes, a partir desta data, a festa ficou por conta dos festeiros e da Capela Nossa Senhora da Lapa até 1954.

Devido à chegada do progresso a Cubatão, quem ainda se lembra das procissões, com saída da capela Matriz para a raiz da Serra, a partir das 3 horas da tarde de domingo, por volta do dia 17 de maio de cada ano?

Procissão com centenas de acompanhantes, onde os festeiros, uma semana antes, começavam os preparativos para a beleza da festa que todos aguardavam com ansiedade, onde os anjos e as graças alcançadas estariam presentes. Era um dia festeiro para os moradores do acampamento do D.E.R. Enquanto os festivos atendiam os devotos, a maior nota quem apresentava eram as moças, agrupadas, elas faziam revoadas de ida e volta na estrada de acesso à capela, com média de 200 metros.

Os garotos da época ficavam parados na calçada e com bolsas cheias de bombinhas, a cada momento eles jogavam as bombas nos pés das moças, que, de praxe, faziam o alarme e todos sorriam.

Com o horário avançado, todos já pensavam no próximo ano, hoje aqui no Parque Anilinas.

Agradecemos ao prefeito Clermont Silveira Castor, a Nivaldo Veiga, à ex-vereadora Rosemeire, à secretária de Cultura e Gerência, ao sr. Júlio Mesquita, a Maria Albertina, a Cidinha, ao Armando Campinas, a Dona Terezinha e não esquecendo dos jornais, rádios e toda mídia, à Paróquia Nossa Senhora da Lapa, à Secretaria de Esportes e Lazer, Biblioteca e Parque Anilinas.

Solicitamos a todos um minuto de silêncio para os Coutos falecidos, e aos demais habitantes também falecidos de Cubatão e Maria Albertina Nenê.

Ayres Araújo Coutinho e José Gouveia dos Santos – historiadores

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