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HISTÓRIAS E LENDAS DE CUBATÃO
E os mortos fazem uma procissão...

Segundo a lenda, atravessam Cubatão, de um cemitério ao outro

A história começou quando o cemitério cubatense foi transferido (de 1950 a 1952), da antiga localização no sopé da serra, que teria ocupação industrial (pela refinaria Presidente Bernardes), para novo endereço dentro do município. Existem várias versões, e duas delas foram recolhidas pelo professor Marildo Passerani, para compor este relato especial para Novo Milênio:

A Procissão dos Mortos

Marildo Passerani

A história original foi contada por Antonio Isidoro Trombino;
outra versão foi contada por seu filho, Setímio Fernando Trombino.

Vamos contar agora uma história que tem duas versões: a da Procissão dos Mortos.

Conta-se que em noites escuras, com a descida da neblina, um caminhante desavisado lá nos finais da Avenida Nove de Abril, perto do Cruzeiro Quinhentista, via a Procissão dos Mortos, mudando-se do cemitério velho para o novo. Em fila, os fantasmas saíam de suas campas na área agora ocupada pela Refinaria, e seguiam pela avenida até o cemitério novo, no Sítio Cafezal.

Na realidade, sabe-se que essa lenda nasceu de um fato verídico: em 1953, quando a Petrobrás apontou a área do Cemitério de Cubatão, entre o Caminho do Mar e a Calçada do Lorena, como a melhor localização para sua refinaria de petróleo, a Prefeitura adquiriu outro terreno, no antigo sítio Cafezal, para estabelecer seu cemitério; a antiga área fora destinada como campo santo, ainda pela Prefeitura de Santos, em 1902 (conforme documentos em posse do Arquivo Histórico), e o cemitério ali permanecia, até ser perturbado pelo progresso.

Com a desapropriação do cemitério, houve a necessidade de exumar e identificar os corpos; relatos de antigos moradores dão conta de que essa foi uma tarefa extremamente desagradável e até horripilante: muitos corpos estavam semi-decompostos, muitos precisaram ser desmembrados com golpes de machadinha, para caberem nas urnas; o povo assistiu à saída dos caixões em caminhão aberto, e essas cenas ficaram na imaginação popular, criando o mito da Procissão dos Mortos.

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