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HISTÓRIAS E LENDAS DE CUBATÃO: BILLINGS & BORDEN
Revista em quadrinhos conta essa história (5)

Em 1962, a Editora Brasil-América Ltda. (Ebal), da Guanabara, produziu uma edição especial de uma de suas revistas em quadrinhos, com a história dos pioneiros da eletrificação do Brasil, especialmente Asa Billings:

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Com a renúncia de Billings, em 1946, assumiu a presidência da Light Henry Borden. Sob sua direção, a capacidade das usinas da Light, no Rio e em S. Paulo, foi elevada de 700.000 kw para 2.200.000 kw.

Por iniciativa de Borden, acrescentou-se ao parque de São Paulo uma nova usina, que, inaugurada no 4º centenário da capital paulista, recebeu o nome de Piratininga. É a maior usina termelétrica da América do Sul. Consome óleo combustível da Petrobrás. Tem uma capacidade de 460.000 kw.

Também por iniciativa de Borden, foram ampliadas as usinas de Cubatão e Nilo Peçanha, e construída, em Ponte Coberta, uma nova usina hidrelétrica, que, engenhosamente, utiliza a água já usada antes pela Usina Nilo Peçanha para produzir 100.000 kw.

E assim foi vencida a batalha da Serra do Mar. Com o pioneirismo de um Mackenzie, o dinamismo e a visão de um Billings e a capacidade administrativa e a confiança no futuro de um Borden - três grandes amigos do Brasil, que se juntaram a brasileiros para ajudar a construir a grandeza de nossa terra.

As conseqüências da atuação de homens como Billings - e de brasileiros como Edgard de Souza - até hoje se fazem sentir. As equipes de técnicos e engenheiros que ele reuniu à sua volta para a façanha de engenharia que foi a construção de Cubatão, continuam o seu trabalho, com a orientação decidida de Henry Borden, o continuador de sua obra, planejando e executando tarefas como a ampliação de Cubatão - que é hoje (N.E.: 1962) a maior usina hidrelétrica da América do Sul e ainda será por muitos anos a maior do Brasil - e a construção da usina termelétrica de Piratininga, também a maior da América do Sul e participando de empreendimentos como Urubupungá - cujo potencial de energia tem poucos equivalentes em todo o mundo - e Furnas.

Billings não presenciou o grande surto de desenvolvimento que o Brasil sofreu nos últimos anos. Não pôde testemunhar o aparecimento de indústrias - como a de automóveis - que fazem com que o Brasil se aproxime cada vez mais de sua completa independência econômica. Entretanto, tudo isso é, em parte, fruto dos seus esforços pessoais. E, certamente, nenhuma homenagem lhe seria mais grata, nos seus últimos momentos, longe de sua pátria de adoção, do que a imagem do grande parque industrial que ele ajudou a nascer.

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