Obras devem ter início esta semana e ser concluídas em um ano
Foto: divulgação (Carlos Moura/Departamento de Imprensa/PMC), publicada com a matéria
BOLSÃO 9
Construção de conjunto vai começar
Da Sucursal
As obras do conjunto habitacional no Bolsão 9, destinadas a
abrigar as 160 famílias da favela do Papelão, no Jardim São Marcos, começam esta semana. A favela - que será extinta - é
o último núcleo urbano situado dentro do pólo industrial da Cidade. Como parte das comemorações pelos 57 anos de aniversário do Município, a pedra
fundamental da obra foi lançada na sexta-feira pelo prefeito Clermont Castor.
Alguns moradores que participaram do ato manifestaram esperanças de se mudarem para a área,
na interligação Anchieta-Imigrantes, em meados do próximo ano.
Leonice Batista de oliveira, 43 anos, cinco filhos, quer que eles cresçam "num canto
melhor"; Deisiane da Costa Silva, 22 anos, dois filhos, tem esperança "de ver as crianças fiarem menos doentes"; Ione Carvalho França, 32 anos,
quatro filhos, acha que "aqui vamos ter água, luz e creche, além de ficar longe da poluição"; Cristina Fabiana Santos Silva, 24 anos, dois filhos,
espera que agora deixe "de ser tratada como verme".
Um ano - Dentro de um ano - se o prazo for cumprido, como pediu o prefeito Clermont
Castor à empreiteira que realizará a obra -, estarão residindo ali as 160 famílias do antigo Maracangalha, atual Favela do Papelão, no Jardim São
Marcos, último bairro a permanecer no interior do pólo industrial de Cubatão, ao lado das empresas Bunge e Fosfértil.
Com atraso de mais de um ano, os recursos prometidos pelo Governo Federal foram finalmente
liberados - parte do Ministério das Cidades/Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e parte da própria Prefeitura - totalizando os R$
7.769.074,34 para a construção das moradias, uma creche, centro comunitário e toda a infra-estrutura. A área de 12 mil m² foi cedida pelo Município
e as famílias nada pagarão pelos imóveis, apenas as futuras despesas de condomínio, água e luz.
Comparações - Durante a assinatura da Ordem de Serviço autorizando o início das obras
- que estarão a cargo do consórcio Galvão-Terracom -, ouviram-se pronunciamentos como o do presidente da Câmara, vereador Geraldo Guedes, que traçou
um paralelo entre aquela cerimônia e outra ocorrida em 1985, quando o então governador Franco Montoro esteve na Cidade para dar início à implantação
do vizinho Jardim Nova República, que viria a receber os moradores da extinta Vila Parisi.
Guedes era um "daqueles que saíam do meio da poluição e conquistavam sua casa própria".
Também participaram do ato o padre Valdeci dos Santos, e os secretários
municipais Raul Borin (Obras), Ricardo Lascane (Indústria, Comércio e Porto), Solange das Graças Lima (Assistência Social); os vereadores Tucla de
Moura Villar e Donizete Tavares do Nascimento; Antonio de Pádua, da Associação Cubatense de Capacitação para o Exercício da Cidadania, entidade que
atua há anos no Jardim São Marcos; representantes da Bunge, Fosfértil, Terracom, além de funcionários municipais e representantes das 160 famílias
que ocuparão o futuro conjunto habitacional.
Outras imagens da cerimônia:
Fotos: Carlos Moura/Departamento de Imprensa/PMC
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