Vias públicas de Santos/SP
  Esta é uma denominação antiga  

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Começa em Rua Oswaldo Cruz, 257, no bairro Boqueirão

História: Conforme projeto de lei 0215/2013 proposto pela Prefeitura à Câmara Municipal e transformado em lei em 26 de setembro de 2013 pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa, foi o Poder Executivo autorizado a alienar, 'por preço não inferior ao da avaliação realizada no Processo Administrativo nº 96.757/2006-03, correspondente a R$ 38.000,00 (...) uma área de terreno de forma irregular, com aproximadamente 28,00 metros quadrados, área esta situada nos fundos do imóvel número 99 da Rua Lobo Viana, fazendo frente na extensão de mais ou menos 10,30 metros, no alinhamento atual, dividindo a direita e a esquerda com os imóveis número 460, que faz frente para a Avenida Siqueira Campos e número 97 da Rua Lobo Viana, na extensão de mais ou menos 4,40 metros e 3,20 metros, respectivamente, fazendo fundo no alinhamento aprovado de mais ou menos 10,60 metros'.

A decisão foi tomada com base nas explicações anexadas ao processo em 19 de setembro de 2013, de que 'a sobredita nesga foi desapropriada para abertura do leito da Rua Major Evangelista de Almeida, cujo traçado foi posteriormente cancelado, por força da lei nº 4.507, de 1 de julho de 1982. Ressalte-se ainda que trata-se de nesga totalmente encravada em área maior de propriedade da Universidade Santa Cecília, fato que impossibilita o uso por terceiros, inclusive pela própria municipalidade'.

A via - situada entre os terrenos da universidade e do Hospital Guilherme Álvaro - havia sido criada a partir da lei 1.283, de 3 de dezembro de 1951, promulgada pelo prefeito dr. Joaquim Alcaide Valls, que autorizou a Prefeitura a dar o nome do major Evangelista de Almeida a uma das ruas do município. Regularizou-a, abrogando a condição de aprovada a Rua nº 357, o decreto nº 771, de 1955, baseado no projeto de lei 86, de 1951, aprovado pela Câmara Municipal na sessão realizada a 28 de novembro de 1951, de autoria do vereador Artur Rivau.

Pela lei 1.518, de 8 de agosto de 1953, do prefeito dr. Antônio Feliciano, foi a Prefeitura autorizada a receber em doação pura e simples as áreas de terreno necessárias à abertura da Rua 357.

José Evangelista de Almeida nasceu a 16 de junho de 1867 no Rio de Janeiro e estava radicado em Santos há 61 anos, tendo aqui chegado como 2º comandante de uma tropa de 350 praças do Exército, a fim de solucionar uma greve de largas proporções. Iniciou sua atividade na ex-capital federal, onde cursou a Escola Militar, tendo desempenhado as funções de delegado militar na Paraíba do Sul, estado do Rio de Janeiro, com o propósito de harmonizar as forças políticas que agitavam essa cidade fluminense, designado e prestigiado pelo marechal Floriano Peixoto, presidente da República.

Em Santos, o major Evangelista de Almeida exerceu durante dois anos as funções de delegado de Polícia. Foi juiz de paz, subdelegado de Costumes e membro da Assistência Judiciária de Menores. Ocupou ainda os cargos de mordomo geral e de tesoureiro do hospital da Santa Casa da Misericórdia, mordomo do Instituto Dona Escolástica Rosa, diretor do Asilo de Órfãos, membro do Conselho Administrativo da Diocese e diretor de Irmandades. Por espaço de 20 anos, desempenhou também as funções de superintendente do Montepio Comercial, anexo à Associação Comercial de Santos.

Por seus salientes serviços prestados à Igreja, foi agraciado pelo papa Pio XII com a comenda da Ordem de S. Silvestre. Homem de bem, sensível ao sofrimento alheio, o major Evangelista de Almeida deixou distinta descendência.

Fonte: RODRIGUES, Olao. Veja Santos!, 2ª edição, 1978. Ed. do autor - pág. 228/229