Prazeirosamente lançamos esta 2ª edição de Veja Santos!, atualizada, corrigida, ampliada e dispondo de mais de 100 novas ilustrações, representando vigorosos atributos técnico-culturais à história das vias públicas do Município.

Considerando concluído nosso trabalho, iniciado em 1971, damo-nos por satisfeitos e agradecidos pelas manifestações de apoio, incentivo e solidariedade, tanto durante a publicação de Veja Santos! no Diário Oficial do Município, como na oportunidade da circulação do livro, na 1ª edição, muito nos desvanecendo se igual agasalho obtivermos com esta nova edição.

Não é demais a afirmativa de que, oferecendo este trabalho à cultura histórica de Santos, outro não foi nosso intuito senão o de servir outra vez à querida terra andradina, dando-lhe um pouco do muito que ela já nos deu.

Olao Rodrigues

Explanando

Eis o nosso trabalho, inédito no gênero, a despeito das tentativas que se fizeram ontem e hoje. Representa mais do que esforço diante das dificuldades, das asperezas e dos tropeços que eriçaram nosso ingente tentame.

Tivemos de recorrer a fontes particulares, pesquisando com minudência em arquivos e bibliotecas e debruçando-nos sobre coleções de jornais antigos, visto como as velhas vias públicas do Município - muitas delas denominadas por particulares - não dispõem sequer de processos ou simples expedientes registrados em arquivos oficiais!

A matéria, no entanto, afigurou-se-nos assaz importante, porque a nomenclatura de ruas, praças, avenidas, largos e travessas, suas origens e seus detalhes - ou a toponímia -, além de ter o sentido de ordenação urbano-social, significa o retrato moral da urbe.

Se não empreendemos trabalho perfeito, correto e exato - que desafiamos possa ser efetivado -, temos a convicção de que chegamos bem perto dele, valendo-nos sobretudo a energia, perseverança e firmeza, pontos que reivindicamos por constituírem elementos básicos do nosso cometimento.

Infelizmente, ao termo de nossa lide, convencemo-nos de que a nomenclatura das vias públicas de Santos é falha, imprecisa e injusta, havendo ainda nomes em duplicata, ruas sem oficialização e cidadãos que dão nomes a vias publicas desconhecidos da população, por nada haverem feito em favor do Município, enquanto outros, muitos outros, que se tornaram dignos da Cidade, servindo-a com relevo, são deploravelmente omitidos.

O processo de abairramento e localização das vias públicas que aplicamos neste trabalho foi firmado na Planta de Abairramento que a Planejamento e Urbanismo (Planurb) organizou em agosto de 1970 para a Prodesan, com base no Plano Diretor Físico da Cidade.

Eis aí, pois, o produto do nosso esforço. Oxalá alcance seu objetivo, tornando-se útil às classes em geral. Outro não foi o nosso intuito.

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- Expressamos o penhor do nosso mais vivo reconhecimento ao senhor prefeito municipal dr. Antônio Manoel de Carvalho, por haver determinado a compra de 500 exemplares deste livro, prestigiando-o, circunstância que não nos surpreendeu por sabê-lo consagrado e exaltado cultor das causas úteis que se vinculam à terra natal.

- Agradecemos a ajuda que recebemos de A Tribuna, na pessoa do seu digno diretor-superintendente Roberto M. Santini.

- Somos também gratos ao ilustre vereador Carlos dos Santos Tavares e ao Indicador Turístico de Santos, em particular ao seu diretor P. Bandeira Júnior.

- A quantos mais colaboraram para a execução deste trabalho, nosso fervoroso reconhecimento.

Ilustrações

A maioria das ilustrações de Veja Santos! é de autoria de Ulisses Veneziano.

Há também os seguintes bicos-de-pena de Lauro Ribeiro da Silva (Ribs): João Otávio dos Santos, Raimundo Sóter de Araújo, José Cesário Bastos, Joaquim Otávio Nébias, Tiro Naval, Francisco de Paula Ribeiro, Antonio de Lacerda Franco, Antonio Carlos da Silva Teles, Antonio Iguatemi Martins, José Domingues Martins, A. S. Azevedo Júnior, Belmiro Ribeiro, Laerte Rosato e Abib Elias.

Também incluímos ilustrações do Dicionário Literário Brasileiro, de Raimundo de Menezes, sejam as seguintes: Lopes Trovão, Afonso Schmidt, Barão do Rio Branco, Nabuco de Araújo, Mont'Alverne, Cecília Meireles, Monteiro Lobato, Alexandre de Gusmão, Gonçalves Dias, Euclides da Cunha, Vicente de carvalho, Clóvis Bevilacqua, Rui Barbosa, Machado de Assis, Álvares de Azevedo, José do Patrocínio, Coelho Neto e Olavo Bilac.

Neste livro igualmente utilizamos ilustrações de Biografias de Personalidades Célebres, da professora Carolina Rennó Ribeiro de Oliveira, ou as seguintes: Vasco da Gama, Manoel da Nóbrega, Felipe Camarão, Henrique Dias, Visconde de Cairú, Da. Amélia de Leuchtenberg, José Bonifácio, Clemente Pereira, D. Pedro II, Teresa Cristina, Benjamin Constant, Silva Jardim, Imperatriz Leopoldina, Luís Gama, Campos Sales, Rodrigues Alves, Delfim Moreira, Afonso Pena, Nilo Peçanha, Epitácio Pessoa, Artur Bernardes, Washington Luís, Getúlio Varas, Rondon, Vicente de Carvalho, Varnhagem, Coelho Neto, Humberto de Campos, D. Pedro I e Heitor Vila-Lobos.

Igualmente há desenhos de Dino.

Vias públicas de Santos

Neste livro estão assinaladas 866 vias públicas do Município, assim discriminadas:

680 ruas oficialmente denominadas

83 praças oficialmente denominadas

53 avenidas oficialmente denominadas

6 largos oficialmente denominados

5 travessas oficialmente denominadas

1 vila oficialmente denominada

1 viela oficialmente denominada

1 caminho oficialmente denominado

1 estrada de acesso oficialmente denominada

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831

Também constam desta nomenclatura 6 vias públicas denominadas sem cunho oficial, a saber: Santos Pereira, Operária, Alemoa Cerquinho, Vieira de Souza e Abolicionista, bem assim avenidas do domínio da Cia. Docas de Santos, em número de 9; 4 delas estão apenas registradas, mas não intituladas, por tratar-se de artérias de nomes idênticos às que constam da nominata oficial, como Carvalho de Mendonça, Princesa Isabel, Silvério de Souza e Cândido Gaffrée. O número de vias públicas existentes em Santos até o instante da entrega deste trabalho à gráfica, ou a 8 de outubro de 1975, à exceção das projetadas e aprovadas, subiu a 866, assim miudamente explicado:

831 oficialmente denominadas

6 sem cunho oficial mas constantes deste livro

20 particulares

9 domínio da Cia. Docas de Santos

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866

Não são mencionadas nesta nomenclatura vias públicas sem denominação ou apenas conhecidas por letras e números e aquelas que, não oficiais, se situam em morros; também não se registrando, repetimos, as projetadas e aprovadas.

Vias públicas particulares

Ruas: Alfredo Ximenes, Aliança, Ana Santos, Antônio Bento, Bacia, Emerich, Galvão, Miguel Cirilo, Rinaldi, Santos Cruz, Viúva Soares, Projetada junto ao número 424 da Avenida Rangel Pestana, Projetada junto ao número 440 da Avenida Rangel Pestana, Projetada junto ao número 476 da Avenida Rangel Pestana, Lélia, Caminho da Bacia, Caminho Novita.

Vila Maria de Lourdes

Vila Campos Melo (junto ao número 281

Caminho da Bacia (20)

Avenidas de domínio da Cia. Docas de Santos - Faixa portuária

Cândido Gaffré, Guilherme Weinschenk, Eduardo Guinle, Osório de Almeida, Silvério Sousa, Ulrico Mursa, Carvalho de Mendonça, Princesa Isabel, Álvaro Pontes (9)

Trabalhos do autor

Cartilha do Turista - 1966 - Roteiro turístico em offset, para o Conselho Municipal de Turismo

Santos em Números - 1966 - 1ª edição - Monografia para o Conselho Municipal de Turismo

Santos em Números - 1967 - 2ª edição, em offset. Monografia para o Conselho Municipal de Turismo

Almanaque de Santos - 1969 - 1ª edição, em offset

Almanaque de Santos - 1970 - 2ª edição, em offset

Almanaque de Santos - 1971 - 3ª edição, em offset

Almanaque de Santos - 1972 - 4ª edição, em offset

Eu, Repórter - 1971 - fatos humorísticos da vida jornalística do autor. Revista dos Tribunais

Almanaque da Baixada - 1973 - 5ª edição, em offset

Almanaque da Baixada - 1974 - 6ª edição, em offset

Dicionário Santista de Curiosidades - 1973 - esgotado

Veja Santos! - 1973 - 1ª edição - esgotado

Almanaque da Baixada - 1975 - 7ª edição, em offset

Almanaque da Baixada - 1976 - 8ª edição, em offset

Santos de Ontem (em preparo) - fatos sucedidos no passado santista