CÂMARA
E AGENDA 21 REGIONAL - PARTE I - Capítulo 2 (cont.)
Sílvia
de Castro Bacellar do Carmo
2.3.8 Município
de Santo André
A
construção da Agenda 21 Local do Município
de Santo André, integrante da região do Grande ABC paulista,
teve início em setembro de 1999. Foi caracterizada como uma proposta
de planejamento para a cidade para um período de 20 anos, contando
com uma participação ativa da comunidade, na busca de um
desenvolvimento integrado e sustentável, que compreende os aspectos
econômicos, sociais e ambientais do município. Idealizada
e lançada pelo poder público municipal, recebeu o título
de Projeto Cidade Futuro, instalando junto ao Gabinete do Prefeito,
a sua Coordenadoria.
Santo André
utiliza o planejamento estratégico na construção de
sua Agenda 21 Local, dentro de seus parâmetros mais atuais,
com a criação de cenários para visualizar os objetivos
a serem alcançados. Busca a articulação entre as diferentes
políticas públicas, promovendo a negociação
entre interesses antagônicos, dentro de um modelo participativo,
onde a comunidade está inserida em todas as fases do processo.
Aspecto de
extrema relevância neste processo, merecedor de destaque, é
que todas as Secretarias Municipais estão inseridas na elaboração
da Agenda, incorporando-a aos seus planejamentos específicos.
O primeiro
passo na construção deste plano de ações foi
definir uma estrutura organizacional para o Projeto, com a definição
dos diversos grupos e suas respectivas funções. Foram eleitos
nove eixos temáticos a serem abordados, dando origem aos Grupos
de Trabalho, vinculados a uma Coordenadoria; esta, com funções
estritamente operacionais. A metodologia utilizada para a elaboração
desta estrutura não é clara, assim como os atores que participaram
desta fase.
O esquema de
hierarquização que compõe a estrutura do Projeto
Cidade Futuro é apresentado no diagrama inserido na seqüência,
quadro
2.5, com o objetivo de otimizar a visualização dos vínculos
entre os grupos e suas inter-rações. Observa-se, neste esquema
oficial, uma rigidez hierárquica, sem previsão de sinergia
entre os diversos grupos.
Quadro
2.5: Estrutura Organizacional da Agenda 21 de Santo André Fonte: SANTO
ANDRÉ, 2002.
O Grupo Coordenador
é um Fórum Consultivo composto por 22 representantes do governo,
incluindo o Prefeito e 72 representantes da sociedade civil. A Executiva
é composta pelos coordenadores dos Grupos de Trabalhos Temáticos
e por pessoas da sociedade civil, escolhidas pelo Grupo Coordenador, totalizando
32 representantes.
A Conferência
da Cidade detém o poder deliberativo, decidindo sobre o conjunto
das propostas elaboradas pelos Grupos de Trabalho, e determinando as próximas
atividades a serem desenvolvidas. Realizadas anualmente, são precedidas
pelas Pré-Conferências da Cidade, que têm a finalidade
de socializar as informações, preparando a sociedade civil
para as futuras discussões.
Os Grupos de
Trabalho são formados por técnicos do governo municipal e
por cidadãos interessados. Não se trata de grupo fechado,
estando aberto a adesões e participações voluntárias.
A coordenação de cada Grupo é composta por um Secretário
Municipal e por um representante da sociedade civil, escolhido pelo próprio
Grupo.
No período
compreendido entre setembro de 1999 e abril de 2000 os Grupos de Trabalho
Temáticos desenvolveram diagnósticos, diretrizes e metas,
produzindo relatórios. Estes nove relatórios foram submetidos
a uma Comissão de Sistematização que elaborou um documento
único, submetido a delegados, aproximadamente 720 pessoas, com a
finalidade de produção de emendas às propostas. Neste
ínterim, em dezembro de 1999, realizou-se a "I Pré-Conferência",
onde foram expostos à comunidade os resultados obtidos no desenvolvimento
dos trabalhos.
Em abril de
2000 teve lugar a "I Conferência da Cidade", com a apresentação
do documento sistematizado e de 120 emendas formatadas. Chegou-se a um
documento final, Cenário para um Futuro Desejado, onde, além
da apresentação dos cenários do passado e do presente
da cidade, foram estabelecidas as principais diretrizes e metas almejadas,
inseridas nos eixos temáticos pré-determinados.
Este documento
nunca foi publicado, sendo apenas disponibilizado na Internet na página
oficial da cidade. Os temas Saúde e Combate à Violência
Urbana, apesar de terem sido contemplados com Grupos de Trabalho próprios,
tiveram suas diretrizes e metas mescladas aos outros grupos. A seguir são
apresentadas as metas dos sete outros Grupos Temáticos:
Desenvolvimento
Econômico: ampliar a participação econômica
de Santo André no contexto do Grande ABC e da Região Metropolitana
da Grande São Paulo; ampliar as oportunidades de emprego; ampliar
a participação das micro, pequena e média empresas;
qualificar e modernizar as atividades baseadas no auto – emprego.
Desenvolvimento
Urbano: tornar Santo André uma cidade policêntrica, com
um espaço urbano de qualidade.
Qualidade
Ambiental: levar saneamento básico às áreas ainda
não contempladas; melhorar a qualidade dos corpos d’água;
monitorar e estimular a permeabilidade do solo; re-vegetar as cabeceiras
de bacias e margens de corpos d'água; incentivar as práticas
de redução, triagem e reciclagem dos resíduos sólidos
urbanos; definir indicadores de qualidade ambiental, realizar planejamento
estratégico urbano ambiental; criar centro de pesquisas ambientais;
definir e identificar os custos do passivo ambiental; adequar ocupações
irregulares, com a recuperação sócio-ambiental; controlar
e fiscalizar as áreas de mananciais; recuperar, valorizar e conservar
o patrimônio cultural e ambiental da região; adotar instrumentos
legais urbanos, econômicos e fiscais para a recuperação
e manutenção da qualidade ambiental; elaborar plano municipal
de educação ambiental, com a participação da
sociedade.
Educação:
atingir a autonomia intelectual dos cidadãos, permitindo o acesso
à ciência, tecnologia, artes, e filosofia, e contribuindo
para a construção de valores éticos. Estruturar a
educação como elemento básico de cidadania e de desenvolvimento
local.
Inclusão
Social: combater a pobreza e promover a inclusão cidadã;
desenvolver políticas e ações que alterem as situações
de desigualdades, preconceitos e discriminação existentes
no município.
Reforma
do Estado:ampliar os canais de participação de controle
social da ação pública, como o Orçamento Participativo
e os Conselhos de Políticas Públicas; providenciar a informação
clara e acessível sobre a máquina administrativa; melhorar
a qualidade dos serviços públicos; investir na profissionalização
dos servidores públicos; fortalecer as funções de
legislador e fiscalizador do Vereador; criar mecanismos de controle externo
da ação do Legislativo e Judiciário; trabalhar de
forma integrada com as demais Câmaras Municipais da região.
Identidade
Cultural: instituir uma cultura do trabalho, e criar ou resgatar marcos
e referências de identificação com a cidade.
De maio a dezembro
do ano de 2000 os Grupos de Trabalho (GTs) dedicaram-se ao refinamento
das metas e à discussão sobre indicadores. Foram promovidas
oficinas com alunos da Rede Estadual e professores da Rede Municipal de
Ensino, na busca da divulgação do processo da Agenda 21
Local e do engajamento da população.
A "II Pré-Conferência"
realizou-se em dezembro de 2000, contando com a presença de 450
pessoas. Foram apresentadas as metas trabalhadas pelos GTs e as ações
do Governo em andamento na época. A "II Conferência"
só ocorreu um ano depois, em dezembro de 2001, onde foram ratificadas
450 ações propostas pelos GTs, dentro de um conjunto de 96
metas. Nesta Conferência também foram eleitos Conselheiros
para participarem do "Conselho do Orçamento Participativo" a partir
do ano de 2002.
No intervalo
entre os dois eventos foi ampliada a participação da comunidade:
realizou-se o "Seminário Internacional de Planejamento Participativo"
e a "I Mostra Universitária Santo André Cidade Futuro", com
o tema "O Papel da Universidade no Desenvolvimento"; foram promovidas oficinas
teatrais com os jovens como um processo de formação de agentes
multiplicadores; e, conseguiu-se o envolvimento das Sociedades Amigos de
Bairro e dos Sindicatos de Trabalhadores.
No ano de 2002
não se realizou nenhum evento relacionado às Conferências
da Cidade, mas foi dada continuidade aos Grupos de Trabalho, objetivando-se
priorizar até seis ações por Eixo Temático.
O trabalho desenvolvido neste ano não foi divulgado oficialmente
em formas de documentos textuais, seja como relatórios ou atualização
de notícias.
Entre as ações
governamentais realizadas a partir da construção da Agenda
21 Local, pode-se destacar:
implementação
do Orçamento Participativo;
criação
dos Conselhos de Políticas Públicas;
programa
integrado de Inclusão Social, beneficiando quatro comunidades consideradas
como prioritárias para uma intervenção integrada municipal,
em conjunto com a sociedade;
criação
em 2001, da Subprefeitura de Paranapiacaba e Parque Andreense, com a responsabilidade
de administrar a Área de Proteção de Mananciais;
instalação
do Programa de Modernização Administrativa
implantação
do Projeto "Eixo Tamanduatehy", processo de requalificação
urbana da área deteriorada ao longo das várzeas do rio Tamanduateí
e a Ferrovia.
2.3.9 Município
de Piracicaba
A construção
da Agenda 21 Local do Município de Piracicaba teve início
no final de 1999 por iniciativa de uma empresa multinacional operante na
área, a Caterpillar Brasil, dentro da prática da responsabilidade
social. Junto com mais 32 representantes de outras empresas, de universidades
e entidades locais, formou um grupo cujo objetivo era o de obter benefícios
para a comunidade, através de um planejamento estratégico
para a cidade.
As primeiras
discussões a respeito das metas e metodologias a serem empregadas
resultaram na conclusão da necessidade de uma ampliação
da participação da comunidade, e da oficialização
da construção de uma Agenda 21 Local como o caminho
a ser seguido.
Autodefiniu-se,
desde o início, como um processo suprapartidário, e os técnicos
do poder público foram envolvidos no processo, participando de todos
os estudos e debates realizados. Recebeu a denominação de
"Piracicaba 2010".
Em todas as
fases do trabalho foram levadas em consideração seis dimensões
consideradas básicas na construção de uma cidade sustentável:
ambiental, social, econômica, política, cultural e urbanística.
O processo
se desenvolveu em cinco fases:
1ª
Fase
Correspondeu
ao primeiro semestre do ano de 2000. Para esta fase foi contratada uma
empresa especializada em Planejamento Estratégico e foram desenvolvidos
três cenários alternativos para a cidade, expostos para lideranças
locais como uma metodologia de identificação da situação
ideal desejada pela comunidade, consensualmente.
Os títulos
criados para os citados cenários remetiam diretamente à idéia
do que seria obtido dependentemente do esforço a ser realizado:
A
década perdida, A união fez a força, e
A
vitória do planejamento.
O primeiro
cenário representava uma visão negativa, como um resultado
da falta de mobilização social, e os outros dois, versões
positivas, com a diferença de que, no segundo cenário previsto,
a cidade obteria além do crescimento econômico, melhoras nas
áreas de educação, saúde e ambiental. Uma pesquisa
popular apontou para o cenário A união faz a força,
como a visão almejada pela comunidade.
2ª
Fase
Dedicada à
organização do processo de trabalho, estendeu-se por todo
o segundo semestre do ano de 2000. Foram desenvolvidos:
metodologia,
organização e cronograma dos trabalhos;
identificação
dos temas e preparo dos roteiros de estudos;
constituição
da ONG Piracicaba 2010, com a finalidade de dar personalidade jurídica
ao projeto e administrar os recursos financeiros obtidos;
elaboração
do orçamento e organização dos patrocínios
oriundos de empresas privadas;
criação
do Conselho da Cidade, com representantes de todos os segmentos interessados
da sociedade local. Contou com a participação inicial de
aproximadamente 400 pessoas, sendo designado como presidente de honra o
Prefeito em exercício;
contratação
de especialistas para desenvolver os trabalhos relativos aos temas considerados
representativos para a cidade.
Ao grupo inicial,
formado por trinta e três pessoas, uniram-se mais seis membros, representantes
do poder público e outras entidades, sendo oficializado como Grupo
Consultivo. Criou-se uma Secretaria Executiva, com o objetivo de coordenar
a execução dos trabalhos, a qual se caracterizou como o braço
operacional do processo.
3ª
Fase
Esta fase foi
destinada à elaboração dos diagnósticos, cenários
e visões desejáveis. Iniciou-se com a realização
da primeira reunião do Conselho da Cidade, em fevereiro de 2001,
quando foi apresentada a metodologia escolhida e realizada uma pesquisa
sobre a percepção que os presentes tinham sobre a realidade
e imagem da cidade.
Seguiram-se
reuniões com o Grupo de Especialistas para a discussão dos
seguintes assuntos: cidades concorrentes, pontos fortes e fracos; ameaças
e oportunidades, e cenário desejável para o município.
Destas reuniões surgiram 25 temas a serem trabalhados para o diagnóstico
final, e os especialistas dividiram-se em Grupos de Trabalho para o levantamento
dos dados.
Os 25 temas
foram: 1)
habitação, 2)
imagem da cidade, 3)
transporte e trânsito, 4)
comércio e serviços, 5)
infra-estrutura urbana, 6)
ação social, 7)
infra-estrutura e caracterização rural, 8)
capacidade financeira, 9)
demografia, emprego e capacitação profissional, 10) sistema
de gestão, 11) educação, 12) cultura, 13) saúde, 14) energia
e telecomunicações, 15) esporte
e lazer, 16) segurança, 17) ensino
superior e pesquisa e desenvolvimento, 18) construção
civil, 19) meio-ambiente
e saneamento, 20) turismo, 21) dinamismo
dos setores públicos e privados, 22) agricultura
e agroindústria, 23) logística
de transportes, 24) indústria
de formação, e 25) Piracicaba
nos contextos estadual, nacional e internacional.
Os documentos
preliminares gerados na evolução destes temas foram levados
a debate público em um Seminário Temático, que por
sua vez resultou no diagnóstico da cidade, recebendo o título
Como
está Piracicaba, e no cenário final pretendido. Novas
reuniões em cima deste dois resultados, por parte do Grupo Consultivo,
Grupo de Especialistas, o Prefeito e técnicos convidados, levou
ao texto final, referendado pelo Conselho da Cidade. Este texto, denominado
O
Salto de Piracicaba [1]
é composto por uma Visão de Futuro e 14 objetivos
prioritários, a saber:
1) Tornar Piracicaba
em uma referência tecnológica e industrial no setor sucro-alcooleiro;
2) Ocupar as
áreas inadequadas á produção da cana de açúcar
por culturas alternativas e agricultura orgânica;
3) Diversificar
o parque industrial, tornando-o competitivo;
4) Transformar
a cidade em pólo regional de atração nas áreas
de educação e saúde, destacar o setor de serviços
como forte gerador de receitas, assim como o turismo;
5) Criar vínculos
das universidades locais com os diversos setores da cidade, contribuindo
para o desenvolvimento e diversificação destes;
6) Implantar
sistema de transporte multimodal, após a recuperação
da ferrovia e construção da barragem, com uma navegação
econômica e turística no Rio Piracicaba;
7) Construção
de anel rodoviário que possibilite o contorno da cidade pelos veículos
de carga;
8) Modernizar
a legislação referente à expansão urbana, com
o seu planejamento, a adequação do sistema viário
e implantação de um eficiente sistema de transportes;
9) Promover
o pleno controle da Prefeitura sobre as áreas públicas, erradicar
as favelas e moradias precárias, arborizar os bairros e dotá-los
de infra-estrutura adequada;
10) Adequar
a qualidade das águas dos rios Corumbataí e Piracicaba, proporcionando
o fenômeno da piracema e permitindo atividades de esporte e lazer;
11) Recompor
as matas ciliares dentro do perímetro municipal, e implantar a coleta
seletiva, assim como o processamento do material reciclável;
12) Valorizar
a cultura local, com a restauração do Engenho Central e construção
de um Centro Cultural;
13) Tornar
Piracicaba referência nacional em qualidade de vida;
14) Planejar
a cidade, com uma prefeitura que desenvolva políticas públicas
integradas, com o envolvimento da sociedade civil e equilíbrio das
finanças.
4ª
Fase
Com os objetivos
estabelecidos passou-se à fase seguinte para elaboração
dos macro-projetos referentes, sendo desenvolvido para cada um dos 14 objetivos,
estratégias, ações e projetos específicos.
As propostas foram apresentadas e discutidas em um novo Seminário
Temático, com posterior aprovação do Conselho da Cidade,
reunido em julho de 2001, com a presença de cerca de 500 conselheiros.
Esta fase contou
com ampla divulgação da mídia escrita e eletrônica,
com complementação através de palestras em bairros
e instituições. Foi também criada uma página
na Internet como instrumento de mobilização.
Os diversos
documentos correspondentes à conclusão das quatro fases foram
reunidos e deram origem à publicação Piracicaba
2010 – Realizando o Futuro, com tiragem inicial de 5.000 exemplares.
5ª
Fase
Corresponde
ao estágio de implementação da Agenda 21 Local formatada
e acompanhamento dos 316 projetos e ações definidos na fase
anterior.
Foram organizados
Grupos de Impulsão com a finalidade de colocar em prática,
projetos que dependam de uma ação mobilizadora.
Objetiva-se
promover reuniões anuais do Conselho da Cidade, para avaliação
do progresso das ações e promoção de revisões
das mesmas.
Alguns dos
objetivos traçados já foram alcançados. Por ocasião
do levantamento realizado pelo Grupo de Especialistas, sobre os pontos
fracos da cidade, concluiu-se pela necessidade de um Pronto Socorro de
acordo com as normas do Conselho Federal de Medicina: o Grupo de Saúde
do Piracicaba 2010 elaborou projeto arquitetônico e obteve aprovação
junto ao Ministério da Saúde, conseguindo as verbas financeiras
necessárias, através de um convênio entre o Ministério
e a Santa Casa de Piracicaba.
Piracicaba
tem demonstrado com esta experiência de construção
de sua Agenda 21 Local, um alto senso de cidadania de sua população
e uma integração entre os diversos setores que a compõem.
Criada e sustentada pela livre iniciativa empresarial, a Agenda 21 de
Piracicaba envolveu a comunidade e o Poder Público de forma
democrática e participativa dentro dos novos paradigmas de planejamento
e sustentabilidade.
2.4 Considerações
O estudo da
bibliografia teórica sobre a construção de Agendas
21 Locais aponta para a relevante importância deste instrumento
na busca por uma sociedade mais justa e saudável. Porém,
a pesquisa sobre a situação nacional no que diz respeito
ao interesse de se promover a utilização da Agenda 21,
assim como sobre a pesquisa das experiências realizadas, infelizmente
mostra, com raras exceções, o insucesso da mesma até
o momento, evidenciando-se a falta de incentivos, técnicos e financeiros,
por parte do governo central , e o desconhecimento da comunidade e dos
coordenadores que tentam implantar este instrumento sobre os fundamentos
e as estratégias.
Na prática,
a Agenda 21 Local vem sendo confundida como um simples documento
a ser formatado e registrado, e não como um processo contínuo,
amplamente participativo, a ser construído paulatinamente.
NOTAS:
[1]
Alusão ao salto do Rio Piracicaba que atravessa a cidade em sua
parte central. |