CÂMARA
E AGENDA 21 REGIONAL - PARTE I - Capítulo 2 (cont.)
Sílvia
de Castro Bacellar do Carmo
2.3.2 -
Agenda 21 Estadual: São Paulo
O
documento intitulado Agenda 21 em São Paulo, publicado e
divulgado em agosto de 2002, é um relatório, um documento
informativo, sobre a situação do Estado, moldado segundo
os princípios da Agenda 21 Global. Foi elaborado por técnicos
especialistas do quadro funcional da Agência Ambiental do Estado
– CETESB e da Secretaria do Meio-Ambiente com a intenção
de colaborar com a delegação brasileira presente à
Cúpula da Terra de 2002.
No prefácio
é esclarecido de que se trata de um resumo das mudanças ocorridas
no Estado desde a adoção da Agenda 21 em 1992. Portanto,
não retrata uma real Agenda 21 Estadual, pois não
constitui um Plano de Ações elaborado em parceria com a comunidade.
Em dez capítulos retrata diagnósticos resumidos e algumas
ações implantadas pelo governo estadual, sem nenhuma referência
a atividades participativas.
Documento semelhante
foi editado em 1997 para a "Rio+5", intitulado Do Rio às Ruas:
a inserção da Agenda 21 no cotidiano paulista, com a
diferença de fazer referências à participação
da população em ações específicas implantadas
pelo governo.
2.3.3 -
Agenda 21 Regional: Vale do Ribeira
A primeira
iniciativa para a construção da Agenda 21 do Vale do Ribeira
ocorreu em dezembro de 1995 com a realização do seminário
Plataforma
Ambiental Mínima para o Desenvolvimento Sustentável do Vale
do Ribeira.
A idealização
e organização deste evento coube à ONG Vitae Civilis
– Instituto para o Desenvolvimento, Meio-Ambiente e Paz, e contou com o
apoio e patrocínio do MMA e do FNMA. Envolveu a participação
de várias ONGs e Movimentos Sociais com o objetivo primordial de
articular as diversas organizações que já atuavam
na região, com o propósito de consolidar as ações
para o desenvolvimento sustentável da região.
A região
do Vale do Ribeira abrange municípios do Estado de São Paulo
e do Paraná, detendo as maiores áreas remanescentes contínuas
de Mata Atlântica. Os municípios participantes deste processo
da Agenda 21 são os da Bacia Hidrográfica do rio Ribeira
do Iguape, localizados ao Sul do Estado de São Paulo, num total
de dezesseis municípios: Cananéia, Iguape, Peruíbe,
Itariri, Pedro de Toledo, Miracatu, Juquiá, Sete Barras, Registro,
Jacupiranga, Eldorado, Pariquera-Açu, Barra do Turvo, Apiaí,
Iporanga e Ribeira.
A primeira
parte do evento, que durou quatro dias, foi dedicada a palestras, com a
finalidade de embasar as discussões posteriores. A segunda parte
desenvolveu-se com reuniões temáticas em grupos e com reuniões
gerais coletivas.
Foram discutidas
e delineadas metas, estratégias, e linhas de atuação.
As ações práticas sugeridas foram sistematizadas nos
seguintes grupos: 1) incentivo à produção sustentável
e ao escoamento dos produtos; 2) ciência, geração e
difusão de tecnologias e serviços de extensão rural,
acadêmica e cultural e outros; 3) eco-turismo; 4) as cidades e o
campo; 5) programas de saúde; 6) transporte e comunicação;
7) agentes sociais e mecanismos de participação; 8) organizacional;
9) fortalecimento institucional e políticas de fomento, financiamento
e de formação de parcerias; 10) águas e energia (SOUSA,
2003).
Segundo informações
disponibilizadas pelo MMA (2000 e 2001) em publicações e
nas páginas da Internet, foram realizados debates posteriores para
a busca de consenso entre os vários atores envolvidos, mas não
são encontrados maiores detalhes sobre o desenvolvimento das decisões
e ações posteriores ao evento.
Nos meses de
agosto e setembro de 1996 foram realizadas oficinas para elaboração
de um diagnóstico participativo no Vale do Ribeira. Foi um trabalho
conjunto da Secretaria do Meio-Ambiente de Estado de São Paulo,
da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), através do Núcleo
de Estudos e Pesquisas Ambientais, e dos moradores e lideranças
da região.
O resultado
destas oficinas resultou no documento intitulado Em Busca da Sustentabilidade
para o Vale do Ribeira e Litoral Sul – SP, onde se encontra referências
a uma Agenda 21 do Vale, sem relacionar com o trabalho desenvolvido pela
ONG Vitae Civilis. A região em foco foi a Área de Proteção
Ambiental Cananéia – Iguape – Peruíbe, no complexo Estuarino-Lagunar
do Litoral Sul do Estado de São Paulo, e que engloba a região
administrativa de Cananéia, Iguape, Ilha Comprida, Itariri, Miracatu,
Juquiá, Pedro de Toledo e Peruíbe.
Constata-se
que neste novo processo só foram incluídos oito municípios
dos dezesseis presentes no processo anterior. Destaca-se também
a participação do Município de Peruíbe nos
dois casos: além de estar incluído na RMBS e na URGHI-7,
também faz parte da APA Cananéia-Iguape-Peruíbe.
O documento
referido inicia com uma caracterização dos problemas sociais
e ambientais, formatado a partir das oficinas citadas. Ressalta-se que
esta caracterização refere-se a 1997. Constam como principais
problemas da época a contaminação por agrotóxicos,
a pesca, a contaminação da água, o lixo e o saneamento
básico, a regularização da posse da terra, e, o desmatamento
e o extrativismo ilegal.
Na parte II,
Perspectivas
de Ação: Planos e Programas em Andamento encontra-se
referência à Agenda Ambiental do Vale do Ribeira como já
tendo sido esboçada (grifo nosso), e coloca-se o documento
como subsídio para a consolidação da referida Agenda.
Apresenta ao final uma pauta de reivindicações para os municípios
e para a Região, e, ressalta que a região é carente
de lideranças políticas, estando evidenciada a atuação
municipalizada.
Mesmo considerando
um desafio uma pauta de reivindicações comuns, houve consenso
sobre os principais entraves à sustentabilidade da região,
isto é, sobre as questões que deveriam ser trabalhadas para
a busca da almejada sustentabilidade. Estas questões foram subdivididas
em 3 grupos – água, solo e floresta, que foram considerados como
"prioritários à vocação econômica regional
desejada" (NEPAM, 1997, p.15).
2.3.4 -
Agenda 21 de Bacias Hidrográficas: Pirapama, Pernambuco
A construção
da Agenda 21 da Bacia do Pirapama surgiu em decorrência da
elaboração do Plano de Desenvolvimento Sustentável
para a Bacia do Pirapama, que tem como os princípios e conceitos
da Agenda 21 Global. Possui uma particularidade interessante e que
merece ser ressaltada: o Projeto Pirapama, cujo objetivo principal era
a elaboração do referido Plano, teve sua execução
viabilizada através de convênio de cooperação
técnica entre os governos brasileiro e britânico.
Esta cooperação
foi oficialmente estabelecida entre a Cia Pernambucana de Meio-Ambiente
(CPRH), o Department for International Development (DFID) e o Environmental
Resources Management (ERM).
A unidade de
planejamento tratada é a bacia hidrográfica do Rio Pirapama.
Localizada na Zona da Mata Pernambucana, região Nordeste, ocupa
parte dos sete municípios listados a seguir: Cabo de Santo Agostinho,
Jaboatão dos Guararapes, Ipojucá, Moreno, Escada, Vitória
de Santo Antão e Pombos. Cabe observar que quatro dos municípios
fazem parte da Região Metropolitana do Recife.
A metodologia
adotada foi decorrente do processo de elaboração do Plano
supra referido. Teve início com a identificação das
parcerias a nível estadual e municipal, e com a formatação
de seis grupos de trabalho (GTs) formados a partir de conceitos interinstitucionais
e interdisciplinares. São eles: GT de Controle da Poluição,
GT dos Recursos Hídricos, GT de Avaliação Ambiental,
GT de Avaliação Sócio-econômica, GT de Uso do
Solo e GT de Cartografia. Coube a estes grupos a elaboração
de estudos temáticos.
No segundo
semestre de 1997, foi realizado o I Seminário Intergrupos,
quando houve a apresentação e consolidação
dos dados coletados em conjunto a empresas, comunidades rural e urbana,
associações de pescadores e grupos de mulheres.
O II Seminário
Intergrupos ocorreu no início de 1998 com a apresentação
do Diagnóstico Ambiental Integrado da Bacia do Pirapama elaborado
a partir da sistematização dos diversos relatórios
temáticos.
Este diagnóstico
apontou inúmeros problemas sociais e ambientais, como a falta de
serviços básicos, emprego, moradia e saneamento. Ao progressivo
aumento da demanda da água somam-se problemas decorrentes da poluição,
contaminação, desperdício, desmatamento, erosão
e assoreamento, decorrentes do uso inadequado do solo, comprometendo a
qualidade da área. A maior parcela da população apresenta
baixo nível de renda, com elevados índices de analfabetismo
e altas taxas de mortalidade infantil. O processo de expansão urbana
possui um caráter espontâneo e desordenado, com a ocupação
de áreas de riscos (GAMA, 2000).
Na seqüência
foi organizado um fórum social com a realização de
reuniões e debates que envolveram a comunidade, resultando na criação
do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pirapama. Este Comitê
foi composto por um total de trinta e dois representantes, sendo metade
da sociedade civil organizada e a outra metade representantes das instituições
estaduais e municipais.
As reuniões
do Comitê priorizaram as ações referentes ao uso da
água e resultaram na elaboração do documento Estratégia
para o Plano de Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Pirapama,
o qual contem as definições da política global e das
estratégias setoriais. As linhas estratégicas adotadas foram
a melhoria da qualidade de vida, o fortalecimento da gestão ambiental,
a melhoria do meio-ambiente natural e o controle do uso das águas
na Bacia do Pirapama.
A estrutura
da Agenda 21 Local foi definida a partir das citadas estratégias,
e o Comitê da Bacia do Pirapama foi indicado como o Fórum
da Agenda 21 Local. A versão preliminar da Agenda 21
foi discutida dentro de um processo participativo durante a realização
de um encontro ao final de junho de 1999.
A partir das
linhas estratégicas de ação previamente determinadas,
formulou-se um conjunto de programas e projetos que foram agrupados no
Plano de Ação. Destacam-se as seguintes ações:
Diversificação
das atividades econômicas; Melhoria
das condições de vida em áreas carentes; Desenvolvimento
institucional; Comunicação
e desenvolvimento de um sistema de informações ambientais; Educação
ambiental e incentivo à participação; Proteção
da Mata Atlântica e Manguezais; Ordenamento
do uso diversificado dos recursos hídricos; Monitoramento
da qualidade e quantidade das águas (CPRH, 2003).
O gerenciamento
técnico da Agenda 21 coube ao Comitê da Bacia do Pirapama,
com suporte técnico e administrativo pela Secretaria Executiva deste
mesmo Comitê. O gerenciamento político-institucional é
de competência dos governos estadual e municipal, enquanto principais
tomadores de decisões.
Para a implementação
das linhas de ações ficou estabelecida a criação
de um Grupo de Coordenação, formado pelos diversos coordenadores
de cada linha de ação específica.
2.3.5 -
Município do Rio de Janeiro
A Lei nº
2500, de 26 de novembro de 1996, criou no âmbito da cidade do Rio
de Janeiro a Agenda 21 Local. Em setembro de 1997, através
da Lei nº 2561, foi criado o Fórum da Agenda 21 com
o objetivo de elaborar, acompanhar e avaliar a implementação
do Programa da Agenda 21 Local.
Este, segundo
definições inseridas na Lei, visa à formulação
de políticas públicas voltadas para a implantação
do desenvolvimento sustentável do município, dentro de um
processo participativo e contínuo, sendo composto por 94 representantes
da sociedade civil, de órgãos públicos, setor privado
e conselhos municipais.
O processo
para a construção de uma Agenda 21 Local iniciou-se
por iniciativa de Secretaria Municipal de Meio-Ambiente, que iniciou a
realização de conferências e seminários a partir
do ano de 1995, com a finalidade de disseminar a idéia. Em junho
de 1996, na semana do Meio-Ambiente, realizou-se o Seminário
Rio 96.
Nesta ocasião
foram apresentadas experiências de projetos de Agendas 21 Locais
de cinco cidades brasileiras (KRANZ, 1999) e discutidas as estratégias
de desenvolvimento do recém formulado Plano Estratégico
da Cidade, o qual não atendia as expectativas dos ambientalistas.
Um dos resultados
deste evento foi a criação da Comissão Pró-Agenda
21 Local, por iniciativa conjunta do Instituto de Estudos da Religião
(ISER) e da Secretaria de Meio-Ambiente: inicialmente foi composta por
21 membros, tendo alcançado o número de 50 pessoas; com caráter
suprapartidário e participação voluntária,
tinha como objetivo apoiar a criação de uma programação
oficial para o processo da Agenda 21 Local.
Tendo entre
seus membros representantes do Poder Legislativo, foi elaborado e apresentado
o Projeto de Lei nº 1702, que resultou na promulgação
da Lei nº 2500, citada anteriormente. Esta Lei já previa a
criação do Fórum 21 dentro de um modelo paritário
entre os membros da administração e da sociedade civil.
No artigo 4º
definem-se três instrumentos para a viabilização:
1) criação
de Grupos de Trabalho Temáticos, para pesquisar, fiscalizar e verificar
temas, ações e procedimentos específicos a áreas
específicas da cidade, com a hierarquização de diretrizes
sobre políticas setoriais e gerais;
2) instituição
de um Banco de Dados Sócio-Econômicos-Ambientais, formado
por conjunto de informações estatísticas e geográficas,
assim como registros administrativos;
3) utilização
do Planejamento Participativo, como o processo de discussão na formulação
das políticas públicas, planos de ação, orçamentos
e estratégias.
Apesar do Fórum
21 ter sido criado por lei em novembro de 1997, só foi instalado
em setembro de 1998, e a Secretaria Executiva só foi instituída
em fevereiro de 1999. Foram criados então cinco Comitês Regionais
nas Áreas de Planejamento (AP), já existentes dentro do Plano
Estratégico da Cidade do Rio de Janeiro, com vistas à integração
de lideranças e gestores locais no processo.
Em novembro
de 1999 foi realizada a I Convenção do Fórum,
na qual foi definida a Visão de Futuro, e no mês seguinte,
dezembro de 1999, foi promovido o projeto "Fortalecendo a participação
das mulheres nas políticas locais de desenvolvimento sustentável",
em parceria com a Rede de Desenvolvimento Humano (REDEH), com o objetivo
de consolidar a participação de lideranças femininas
no desenvolvimento do processo. A Comissão se auto-dissolveu no
final de 1999, quando foi realizado o Fórum e empossada a Secretaria
Executiva.
Com a finalidade
de capacitar o Fórum 21, a Secretaria Executiva executou o "Projeto
de Fortalecimento Institucional do Fórum 21", que constou de três
sub-projetos:
"Manual
de Planejamento Participativo": desenvolvimento da metodologia a ser adotada;
"Pesquisa
Consultando a População": identificação do
diagnóstico da situação de cada Área de Planejamento
(AP);
"Cadastro
de Parceiros do Desenvolvimento Sustentável".
O Fórum
21 realizou no ano de 2000 um seminário para capacitação
de guardas municipais pertencentes aos Grupos de Ronda Escolar e o de Defesa
Ambiental, e, promoveu também o curso Gestão Participativa
para o Desenvolvimento Sustentável Local direcionado para as
lideranças e gestores locais das cinco áreas de planejamento.
O Decreto Municipal
nº 19.888, de 11 de maio de 2001, estabeleceu a "Comissão Macro-funcional
de Fórum 21–21", onde todas as Secretarias Municipais encontram-se
representadas, assim como a COMLURB – órgão responsável
pela limpeza urbana, com a finalidade de representar o setor governamental
na implementação da Agenda 21 Local e promover a integração
entre os projetos e ações dos órgãos públicos
entre si.
No mês
de setembro de 2001 ocorreu o Seminário da Comissão Macro-funcional,
onde as Secretarias apresentaram seus projetos e foram analisados vinte
e dois projetos para a definição de um Plano de Ação,
o qual não foi divulgado oficialmente. Em relação
aos Comitês Regionais, as informações oficiais mais
recentes são as que constam no Boletim Fórum 21, nº
4, ano I, de outubro de 2001, das quais é apresentado um breve resumo:
AP
1 – região central. Principais
iniciativas foram de Paquetá e da comunidade de Santa Tereza. Paquetá
negociou com a Prefeitura obras de recuperação e urbanização,
e Santa Tereza preparou projeto para a Agenda 21 Local, conseguindo recursos
junto ao Fundo Nacional de Meio-Ambiente (FNMA);
AP
2 – abrange zona Sul à Tijuca. Realiza reuniões
mensais, tendo sido eleitos como temas prioritários para o Plano
de Ação, a água e o lixo;
AP
3 – zona Norte. Apresenta
um menor grau de participação, só tendo sido realizadas
duas reuniões;
AP
4 – Barra e Jacarepaguá. Comitê
se reúne regularmente e possui página própria na Internet.
Produziu os projetos: "Adote um Aluno", "Concurso de Desenhos e Cartazes
– Florestas e Balões", "Projeto Pesqueiro", "Limpe sua ‘Barra",
e "Projeto Centro de Referência";
AP
5 – zona Oeste. Realizou um
seminário com exposição de projetos sócio-ambientais
da região. Ao final de 2001 preparava uma oficina de capacitação
para elaboração de projetos.
Observa-se
que existe um grande descompasso entre as cinco regiões formatadas.
A região central e a região da Barra e Jacarepaguá
encontram-se em um estágio mais avançado, com implementação
efetiva de ações.
A partir de
entrevistas que realizou junto a alguns atores que participaram do processo
de construção da Agenda 21 Local do Rio de Janeiro,
Kohler (2003) sistematizou dificuldades e facilidades detectadas no referido
processo. A seguir, é reproduzido o quadro elaborado a partir desta
sistematização, quadro 2.3, o qual
subsidia a avaliação do processo, visto complementar a pesquisa
documental.
Destaca-se
a dimensão política do processo, que aparece como um dos
maiores entraves, e também a ausência de referências
à participação do legislativo, o qual teve papel ativo
e importante, conforme pode ser verificado no histórico.
Dificuldades
|
Facilidades
|
Identificação
dos atores sociais
|
Apoio
da ANAMMA
|
Inserir
novo conceito de gestão política no governo
|
Apoio
do Secretário de Meio-Ambiente
|
Integrar
ações
|
Recurso
do Fundo Municipal de Meio-Ambiente para a implementação
do Fórum
|
Colocar
o valor da sustentabilidade nas políticas
|
Apoio
na criação da Secretaria Executiva
|
Falta
de continuidade política
|
Pessoas
comprometidas
|
O fato
da consciência da cidadania no país ser recente
|
Envolvimento
da comunidade
|
Pouco
investimento
|
Interlocução
política
|
Quadro
2.3: Aspectos facilitadores e dificuldades encontradas no processo de construção
e implementação da Agenda 21 Local do Rio de Janeiro. Fonte: KOHLER,
2003.
Segundo Novaes
(2002), o Plano Estratégico da Cidade do Rio de Janeiro elaborado
no período de dezembro de 1993 a setembro de 1995, o qual contou
com a participação de aproximadamente 800 pessoas, onde se
encontravam representados o setor empresarial o setor acadêmico,
ONG’s, movimentos sociais de base e os três níveis de governo,
incorpora em suas estratégias, as dimensões da sustentabilidade
como essenciais para o desenvolvimento, podendo ser considerada uma Agenda
21 Local, apesar de não se propor a constituir um processo ou
documento com esta nomenclatura.
A leitura das
informações coletadas na presente pesquisa aponta para uma
fusão do processo da Agenda 21 Local no Plano Estratégico
da Cidade, desvinculando da primeira uma identidade própria. |