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*Publicado originalmente pelo editor de Novo Milênio no caderno Informática do jornal A Tribuna de Santos, em 17/11/1998.
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 01/10/00 10:42:45
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Atech mostra protótipo do Sivam em Manaus 

A Atech - Fundação Aplicações de Tecnologias Críticas, instituição que está desenvolvendo o software de integração para o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam), apresentou o protótipo com a visualização das funções do sistema no I Seminário do Projeto Sivam - Amazônia, Atualidades e Perspectivas. O evento ocorreu nos dias 27 a 29 de outubro (N.E.: de 1998), no Hotel Tropical Manaus, e teve como objetivos promover reflexões sobre a Amazônia e divulgar o maior projeto de informação ambiental do mundo.

A apresentação do protótipo permite que órgãos usuários do Sivam, como o Instituto Brasileiro do Meio-Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Fundação Nacional do Índio (Funai), entre muitos outros, entendam como serão disponibilizadas as informações do Sivam após sua implantação, por meio de demonstrações práticas. Se houver necessidade de obter dados sobre o nível de contaminação fluvial na bacia do Rio Tocantins, por exemplo, basta escolher os ícones dispostos na tela do computador.

Na ocasião, os especialistas da Atech também mostraram o Asmacs, sistema de informações voltado para o gerenciamento e controle do tráfego aéreo, já implantado no Centro de Controle de Manaus e nos aeroportos de paulistas de Guarulhos e Congonhas, e desde 12 de abril de 1993 no aeroporto carioca do Galeão. Aliás, em breve ele será instalado também nos terminais aéreos de Brasília e da Base Naval de São Pedro D'Aldeia (RJ). 

O Asmacs usa processamento distribuído, enquanto o antigo Sisdacta utiliza um computador central; usa equipamentos encontráveis no mercado, não ficando dependente de um único fornecedor, e é modular, entre outros avanços. "No projeto Sivam, esse sistema vai possibilitar o gerenciamento e o controle do espaço aéreo em toda a região amazônica", afirma o coordenador de contratos da Atech, Wilson França Prado.

Estiveram presentes o ministro da Aeronáutica, Lélio Viana Lôbo, o ministro do Meio-Ambiente, Gustavo Krause, além de representantes da Comissão de Coordenação do Sivam (CCSivam), da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) e o presidente do Ibama, Eduardo Martins de Souza, entre outros.

Módulos – Na primeira etapa do contrato para a integração do Sivam, a Atech desenvolveu cinco protótipos que foram apresentados sucessivamente desde março aos órgãos usuários do sistema. Com base nessas avaliações, passará, em janeiro próximo, a produzir os módulos operacionais do software de aplicação. Firmado em março de 1997 com o Ministério da Aeronáutica, o contrato da Atech prevê a conclusão dos serviços em quatro anos.

O Sivam contará com três Centros Regionais de Vigilância (CRV), localizados em Manaus, Belém e Porto Velho, e com um Centro de Coordenação Geral (CCG), em Brasília, onde os computadores estarão conectados em rede. Nesses centros, especialistas de cada entidade usuária do sistema irão gerar, sistematicamente, produtos como mapas, relatórios, imagens processadas e previsões meteorológicas, nas áreas de monitoração ambiental, hidrologia, controle de tráfego aéreo etc. Esses materiais ficarão disponíveis aos órgãos usuários nos centros operacionais. Outros interessados poderão ter acesso a algumas dessas informações via Internet.

Necessário acordar – De acordo com o diretor-superintendente da Atech, Tarcísio Takashi Muta, o governo federal, por meio da SAE, trabalha na implantação do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), para ordenar a relação entre as entidades usuárias do Sivam. "Mas isso não basta. É fundamental que todos os órgãos envolvidos acordem para a necessidade de modernização e adequação ao projeto", lembra ele, citando que isso já ocorre na medida em que as entidades usuárias acompanham e discutem os protótipos desenvolvidos pela empresa.

O Ministério da Justiça foi o primeiro órgão a iniciar os preparativos para sua integração no Sivam, com a criação do projeto Pró-Amazônia. Esse programa visa reaparelhar a Polícia Federal e permitir sua ação com base em informações mais científicas. "Só assim ela estará apta a combater plenamente as atividades ilícitas, como desmatamentos irregulares, garimpos ilegais, contrabando e tráfico de drogas", diz Tarcísio. Nesse caso, a Atech foi contratada para desenvolver os sistemas de comunicação e o que vai dinamizar e qualificar as informações, e para treinar os profissionais envolvidos.

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