sabe aquele computador 386 que você ou sua empresa está encostando num canto, por que parece não ter mais utilidade? Bem, o Dia das Crianças já passou, e mesmo elas, tendo oportunidade, vão querer logo um Pentium MMX turbinado. Mas, há um uso nobre para o velho equipamento, que um dia foi tão importante em suas atividades e hoje está sem utilização. Já ouviu falar do Comitê para Democratização da Informática (CDI)?

Palavras do CDI: "A dura realidade do mundo, globalizado mas paradoxalmente individualista, não tem permitido muitos sonhos, especialmente para as populações empobrecidas. Para muitas pessoas, se já é muito difícil acreditar num futuro com vida, muito mais difícil é acreditar que cidadania e informática possam experimentar um casamento com filhos/frutos que signifiquem dignidade de vida. Dignidade que tem sido negada a essas pessoas, homens e mulheres, adultos, jovens, adolescentes e crianças, impedidas de participar do sistema que rege a vida sociopolítica e econômica dos países. São impedidas, única e exclusivamente, porque são pobres, sem acesso à saúde, à educação e aos meios que hoje regem este mesmo sistema, em especial a tecnologia.

"O sonho de realizar esse casamento e acreditar que as pessoas empobrecidas não só podem como têm o direito de ter acesso ao mercado e aos meios, especialmente à informática, inquietou um grupo de jovens, contagiou adultos e se tornou realidade por meio do Comitê para Democratização da Cidadania (CDI) e das Escolas de Informática e Cidadania (EICs). Cidadania e informática podem dar mais dignidade a quem luta para sobreviver e quer ser reconhecido como cidadão que tem direitos como ser humano".

Veja, nesta série:
(1) Do sonho para a realidade
(2) Democracia e informática se unem
(3) Como funciona o trabalho do CDI
(4) Manuais explicam a forma de montar a escola
(5) Um manual do CDI - algumas páginas