Referindo-se à via que ganhou o nome desta personalidade pública, o
falecido jornalista Olao Rodrigues registrou, em sua obra Veja Santos! (edição do autor, 2ª ed., Santos, 1975, págs. 363/4):
José Domingues Martins
Praça - Bairro: Ponta da Praia
C. Avenida Afonso Pena (726)
F. Avenida Afonso Pena (740)
Praça nº 272. Na sessão ordinária da Câmara Municipal realizada a 6 de fevereiro de 1926, foi
aprovado o Parecer nº 164, de 1925, da Comissão de Justiça e Poderes, que adotava o Projeto de Lei que denominava artérias abertas pela San Paulo
Land Co. Ltd. em terrenos de sua propriedade. Em igual data foi sancionada a Lei nº 769, do prefeito municipal, sr. Arnaldo Ferreira de Aguiar.
Aliás, na sessão da Câmara Municipal havida a 26 de janeiro de 1924, presidida pelo dr.
B. de Moura Ribeiro, o vereador Benedito Pinheiro, depois de fazer o necrológio do sr. José
Domingues Martins - que à sua terra prestou inestimáveis serviços e exerceu por mais de uma vez o mandato de vereador e, em 1908, ocupou a
presidência da Edilidade -, propôs voto de profundo pesar e a suspensão imediata dos trabalhos.
José Domingues Martins nasceu em Santos a 3 de fevereiro de 1864 e faleceu em São Paulo, no
Largo do Arouche n. 46, em seu palacete, a 24 de janeiro de 1924. Durante 25 anos foi comissário de café na Praça de Santos. Presidiu a
Associação Comercial de Santos no biênio de 1909-1910.
Vereador à Câmara Municipal de Santos nos períodos de 11 de abril de 1893 a 23 de outubro de
1894 e de 15 de janeiro de 1908 a 15 de janeiro de 1909, sendo presidente da Mesa em 1908.
Sócio influente e benemérito da Sociedade Humanitária dos Empregados no
Comércio de Santos, Irmão da Irmandade dos Passos e da Santa Casa da Misericórdia de São Paulo. Capitalista, comerciante e industrial, construiu
o edifício J. D. Martins, na Praça Barão do Rio Branco, esquina da
Praça da República, onde se instalou o Santos Hotel, falecendo antes da inauguração do prédio.
Na qualidade de presidente da Câmara Municipal de Santos, coube-lhe presidir a cerimônia de
inauguração do Monumento a Braz Cubas, no dia 26 de janeiro de 1908. Amando a Cidade, cedeu sem quaisquer ônus à Prefeitura
várias áreas de terreno de sua propriedade, como as que vieram a formar a antiga Rua Jóquei Clube.
Falecendo em São Paulo, seu corpo foi trasladado para Santos e inumado no
Cemitério do Paquetá, no jazigo da Irmandade dos Passos, campa n. 39, depois de exposto na Igreja
do Carmo.
Havia regressado - pouco antes do seu passamento - do Velho Mundo, onde foi adquirir
material para a construção do Santos Hotel. Foi casado com da. Clarice de Azevedo Marques Martins.
José Domingues Martins
Imagem: bico-de-pena de Ribs publicado com o texto
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