Comércio de Santos - 1920
Comércio de Santos começou a circular a 3 de janeiro de 1920. Propriedade de uma sociedade
anônima a que pertenciam Nilo Costa, Luiz de Jorge, Lincoln Feliciano, Cristóvão Prates e Virgílio dos Santos Magno.
Depois de Simões Coelho exercer o cargo maior da redação, seu posto foi ocupado por Nilo Costa. O
primeiro redator secretário foi o poeta Paulo Gonçalves, em cujas funções se manteve até 1926, quando as ocupou o dr. Bruno Barbosa. Sucessivamente,
exerceram a secretaria do Comércio Ayres dos Reis, Álvaro Augusto Lopes, José do Patrocínio Filho e Afonso Schmidt. Afinal, em 1927 assumiu o posto
José Gomes dos Santos Neto.
Em fevereiro de 1925, Comércio de Santos interrompeu sua publicação por alguns dias para
mudança de suas instalações para a Praça da República ns. 7 e 8, reiniciando-a no dia 26 daquele mês e ano. No dia 3 de maio de 1928, o matutino foi
arrendado pelo Partido Republicano Municipal, assumindo a direção do jornal o dr. Daniel Ribeiro de Morais e Silva.
Praça de Santos, que sempre viveu às turras com seus colegas santenses, desde logo também
se indispôs com o Comércio de Santos, atacando agressivamente o dr. Daniel Ribeiro, que sempre replicou, mas não com a virulência como se
havia o diário de Rafael Correia de Oliveira, certa vez processado pelo diretor do Comércio.
Quando da revolução da Aliança Liberal, a 24 de outubro de 1930, o Comércio de Santos só
não foi assaltado pelo povo, em ruidosa passeata, como fez com A Tribuna, Gazeta do Povo e Folha de Santos, porque o dr.
Antônio Feliciano, em patético discurso, fez com que os manifestantes desistissem do seu intento criminoso.
Os drs. Nicanor Ortiz e Júlio Barata também serviram ao matutino de Nilo Costa nas funções de
secretário. Logo depois da revolução outubrista, o jornal suspendeu sua publicação.