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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - IMPRENSA
A imprensa santista (19-A)

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Logo após o fim da Primeira Guerra Mundial, uma série de jornais surgiu em Santos, entre eles o Commercio de Santos, de 1920, como cita o livro História da Imprensa de Santos (edição do autor Olao Rodrigues, Santos/SP, 1978):
 

 

Primeira página do caderno especial de 7 de setembro de 1922

Acervo: Sociedade Humanitária dos Empregados no Comércio de Santos

 

Comércio de Santos - 1920

Comércio de Santos começou a circular a 3 de janeiro de 1920. Propriedade de uma sociedade anônima a que pertenciam Nilo Costa, Luiz de Jorge, Lincoln Feliciano, Cristóvão Prates e Virgílio dos Santos Magno.

Depois de Simões Coelho exercer o cargo maior da redação, seu posto foi ocupado por Nilo Costa. O primeiro redator secretário foi o poeta Paulo Gonçalves, em cujas funções se manteve até 1926, quando as ocupou o dr. Bruno Barbosa. Sucessivamente, exerceram a secretaria do Comércio Ayres dos Reis, Álvaro Augusto Lopes, José do Patrocínio Filho e Afonso Schmidt. Afinal, em 1927 assumiu o posto José Gomes dos Santos Neto.

Em fevereiro de 1925, Comércio de Santos interrompeu sua publicação por alguns dias para mudança de suas instalações para a Praça da República ns. 7 e 8, reiniciando-a no dia 26 daquele mês e ano. No dia 3 de maio de 1928, o matutino foi arrendado pelo Partido Republicano Municipal, assumindo a direção do jornal o dr. Daniel Ribeiro de Morais e Silva.

Praça de Santos, que sempre viveu às turras com seus colegas santenses, desde logo também se indispôs com o Comércio de Santos, atacando agressivamente o dr. Daniel Ribeiro, que sempre replicou, mas não com a virulência como se havia o diário de Rafael Correia de Oliveira, certa vez processado pelo diretor do Comércio.

Quando da revolução da Aliança Liberal, a 24 de outubro de 1930, o Comércio de Santos só não foi assaltado pelo povo, em ruidosa passeata, como fez com A Tribuna, Gazeta do Povo e Folha de Santos, porque o dr. Antônio Feliciano, em patético discurso, fez com que os manifestantes desistissem do seu intento criminoso.

Os drs. Nicanor Ortiz e Júlio Barata também serviram ao matutino de Nilo Costa nas funções de secretário. Logo depois da revolução outubrista, o jornal suspendeu sua publicação.

Nilo Costa, que durante o reinado jornalístico do Partido Republicano Municipal estava morando no Rio de Janeiro, retornou a Santos e valendo-se do material do Comércio de Santos, que era seu, fez circular outro jornal matutino. Deu-lhe o título de Diário de Santos, adotando o ano e número do famoso e tradicional órgão da imprensa, que havia encerrado sua publicação lá por volta de 1918, como se fosse seu continuador. Esse novo Diário de Santos não durou mais do que um ano, ou de 1931 a 1932.