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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - HOSPITAIS - BIBLIOTECA
Hospital Anchieta (4-f27)

 

Clique na imagem para voltar ao índice do livroEste hospital santista foi o centro de um importante debate psiquiátrico, entre os que defendem a internação dos doentes mentais e os favoráveis à ressocialização dos mesmos, que travaram a chamada luta antimanicomial. Desse debate resultou uma intervenção pioneira no setor, acompanhada por especialistas de todo o mundo.

Um livro de 175 páginas contando essa história (com arte-final de Nicholas Vannuchi, e impresso na Cegraf Gráfica e Editora Ltda.-ME) foi lançado em 2004 pelo jornalista e historiador Paulo Matos, que em 13 de outubro de 2009 autorizou Novo Milênio a transcrevê-lo integralmente, a partir de seus originais digitados:

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Na Santos de Telma, a vitória dos mentaleiros

ANCHIETA, 15 ANOS (1989-2004)

A quarta revolução mundial da Psiquiatria

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AS POLÍTICAS DO PROGRAMA DE SAÚDE

MENTAL DO GOVERNO LULA, NO RITMO DE SANTOS

 

Em 2003, o Ministério da Saúde, através da Coordenação de Saúde Mental, integrante da Secretaria de Atenção à Saúde – Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, gastou quase quinze milhões de reais até agosto desse ano em medicamentos. Pouco mais de vinte milhões em produção ambulatorial dos CAPS, até junho, quase duzentos e trinta milhões em produção hospitalar, até julho. Tratamento em hospital-dia, 8.5 milhões de reais e quase 13 milhões até agosto no incentivo para consolidação da rede extra-hospitalar para municípios e estados com rede CAPS.

 

Em convênios para capacitação, parte do programa Permanente de Capacitação para Reforma Psiquiátrica, até agosto foram gastos quase 1,5 milhão. Foram os recursos gastos em Saúde Mental, que tem caráter prioritário. Em 1996, os leitos psiquiátricos eram 72.514; em 1997, 71.041; 70.423 em 1998; 66.393 em 1999; 60.868 em 2000; 56.755 em 2001; menos mil em 2002 e baixando para 53.180 em 2003, até setembro.

 

A ordem é reduzir e extinguir os manicômios e está em pleno curso o programa De volta para casa, com incentivos para o retorno dos pacientes ao convívio dos familiares, pondo fim a séculos de segregação. Na ordem inversa, os CAPS cresceram, de 154 em 1996 para 176 em 1997, 231 em 1998 e 237 em 1999, 253 em 2000 e 295 em 2001, saltando para 424 em 2002 e 448 em 2003. Existem cerca de 500 serviços substitutivos no país, mas ainda restam 50 mil leitos psiquiátricos.

 

"Toda ideologia é relativa. Absolutos são os tormentos que infligimos uns aos outros". (Guinsbourg, citação presente no Relatório de Inspeção).