HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS
Cidade dos búfalos e das baleias
Vivendo
quase todos na diminuta área insular, que tem 39,4 km², os santistas raramente conhecem a área continental do município, quase seis vezes maior (tem
231,6 km², dos quais 150 km² constituem uma área de preservação ambiental), ou mesmo alguns locais só acessíveis por via aquática. Assim, provavelmente
pensarão que é lenda se alguém lhes contar que em Santos existe criação de búfalos, ou podem ser avistadas baleias (não contam o esqueleto existente no
Museu de Pesca, nem as raras vezes em que encalham moribundas na praia).
A área continental de Santos faz limite com os municípios de Cubatão, Guarujá e Bertioga.
No alto da Serra do Mar, com Santo André e Mogi das Cruzes. Mar adentro, há também lugares que integram a Baía de Santos, como o parque marinho da Laje
de Santos.
Para
a grande maioria dos santistas, esse lugar - como também a Estância Diana, a Fazenda Cabuçu, Itatinga, Caeté, Jurubatuba, o Vale do Quilombo - são
apenas nomes às vezes citados nos noticiários ou nos roteiros de viagem de eco-turistas (afinal, só na década final do século XX começaram a ser
explorados turisticamente, e continuam tendo acesso controlado por motivos de preservação ambiental).
O desconhecimento do santista insular em relação ao resto do território municipal é uma
das razões pelas quais Santos já perdeu boa parte de seu território original (eram 1.038 km² em 1839), com o surgimento de novos municípios (137 km²
para Guarujá em 1934, 148 km² para Cubatão em 1948, 482 km² para Bertioga em 1993 e 1996), restando 271 km² no final do século XX.
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