Ecologia na Mata Atlântica

Dos 271 km² de Santos, cerca de 39,4 km² ficam na Ilha de São Vicente, onde se encontram o porto, as praias, as zonas residenciais e comerciais. Os 231,6 km² restantes correspondem à área continental, na maior parte constituída por Mata Atlântica e que apresenta três ecossistemas - mata de encosta, manguezal e restinga -, exibidos nos roteiros de ecoturismo.

A profusão de samambaias, trepadeiras, helicônias, bromélias e orquídeas apóia-se sobre troncos de cambucis, catuabas e palmitos. Os ipês têm floração amarela e as quaresmeiras totalmente roxas, enquanto os manacás dão flores que nascem brancas, tornam-se rosadas, depois lilases, para morrerem arroxeadas. Conforme a estação do ano é possível encontrar frutos como muricis, araçás, gabirobas, pitangas e pitagoiabas.

Como exemplares da fauna nativa destacam-se sagüis, bugios, tatus, cotias, lagartos, cobras, sapos e aves de solo - macucos, nhambus e urus. O canto de sabiás, beija-flores e tiés une-se à algazarra de saíras, periquitos, maritacas, arapongas, gaviões, joões-de-barro e borboletas. Toda essa fauna e flora é recortada por rios de águas cristalinas, que alternam trechos de rápida correnteza e cachoeiras com tranqüilas piscinas naturais.

Para conservar o patrimônio ecológico de Santos, somente são permitidos passeios organizados por firmas cadastradas e licenciadas pelo poder público. Com o mesmo objetivo, a Prefeitura Municipal desenvolve programas como o Troca Treco e Lixo Limpo. O primeiro consiste na permuta de material plástico reciclável por cestas básicas de alimentos, entre os habitantes da periferia da cidade. Seu objetivo é social e educativo, já que auxilia as famílias carentes e ensina a importância da reciclagem para a preservação do meio. Com base na coleta seletiva de lixo, o segundo programa organiza a separação de materiais recicláveis na própria fonte geradora, como residências e escritórios. O material recolhido segue para a Unidade de Separação, onde 60 usuários da área de saúde mental processam o material, sob a supervisão de técnicos do governo municipal, visando a otimização dos recursos naturais.