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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - CARNAVAL
Tempo de Carnaval (6)

Dos bailes no Largo da Coroação aos patuscos da Dorotéia. E depois?...
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Em fevereiro de 1990, o jornal Diário Oficial - D.O.Urgente publicou um encarte especial com a história do Carnaval santista, que incluiu estas matérias:
 


Bandas animam o Carnaval de rua santista, no final da década de 1980
(trecho final da Av. Ana Costa, tendo ao fundo a praia do Gonzaga)

Foto publicada com a matéria

As bandas criam os seus espaços

Cleide Quintas

A primeira banda carnavalesca de Santos foi a Banda da Divisa, surgida em 1971, no Bar do Lino, localizado no Edifício Internacional, em frente à praia do José Menino. Era formada, basicamente, de jovens universitários que se reuniam fantasiados na areia da praia, alguns dias antes do carnaval, dançando, cantando e utilizando instrumentos de percussão, numa brincadeira alegre e despretensiosa.

Inicialmente com 200 figurantes, a Banda da Divisa foi crescendo, liderada pelos lordes Nenê, Madrão e Oscarzinho. O sucesso foi tanto que, a partir de 1973, por decisão da secretaria de Turismo, a banda passou a abrir o desfile oficial das escolas de samba, no domingo, e a fechar o desfile apoteótico da terça-feira, contando com subvenção da prefeitura. Com um carnaval divertido e espontâneo, a Divisa foi recebendo número maior de simpatizantes, chegando a contar com bateria de 80 ritmistas.

Ouvia-se comumente dizer que a Banda da Divisa era "um colírio para os olhos", devido às suas belas mulheres. Talvez pelo próprio gigantismo - na opinião do jornalista, sambista e estudioso do samba, J. Muniz Jr. - é que a banda começou a enfrentar dificuldades, inclusive financeiras, desfilando pela última vez no carnaval de 1977.

"Entretanto - afirma ele -, a Banda da Divisa serviu de modelo e de incentivo para as que vieram a seguir". Pela ordem, segundo o ano oficial de fundação registrado nos arquivos da Sectur: Banda da Divisa (71), Banda Mole (77), Banda Turbina/jornal A Tribuna (77), Bandum/Canal 1 (79), Banda do Pepíno (80), Banda do Quintino (80), Banda do Falcão (85), Banda Segura no Bagre (85), Bandafro (86), Bandarra (86), Banda da Carmela (87), Banda da Farra (87), Urubuquissamba (87), Banda do Direito, Banda Frei Gaspar, Banda Esquadrão de Momo, Banda do Pé (89) e Banda Independência (89).


Nos anos 70 firmaram-se as bandas e uma delas, a Banda da Divisa, marcou época
Foto publicada com a matéria

Uma das bandas que desfilava pelo Centro era a Bandalheira, como registrou em 17 de fevereiro de 1990 o jornal santista A Tribuna (página 5):

Bandalheira pára o trânsito no Centro e agita os foliões

Contando com a participação de centenas de foliões, animados ao som forte da bateria da Falange do Samba, a Bandalheira percorreu ontem à noite as ruas do Centro, prestando uma homenagem ao rei do baião, Luiz Gonzaga.

Formada inicialmente por funcionários de agências de navegação e despachantes aduaneiros, a Bandalheira é hoje uma das mais tradicionais bandas do Carnaval santista.

O desfile começou às 19 horas, na Praça da República, passando pela Avenida Senador Feijó, ruas João Pessoa e Vasconcelos Tavares, retornando à Praça da República pela Rua Braz Cubas. O trânsito chegou a parar na João Pessoa.

Além da bateria, comandada por Jaime Perez, a festa foi animada pela corte carnavalesca e por um caminhão de som, cedido pela Prefeitura. Segundo o presidente do bloco, José Luís Maia, cerca de 800 litros de chope foram consumidos durante e depois do desfile.


Corte Carnavalesca prestigio o desfile da banda nas ruas centrais da Cidade
Foto: Roberto Konda, publicada com a matéria

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