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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - NECRÓPOLES - 3
História e histórias dos cemitérios santistas

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Se não bastassem as lendas como a do Fantasma do Paquetá, e as crenças sobre os milagres obtidos com a intercessão de alguns mortos neles sepultados, os cemitérios santistas têm sua própria história, que foi apresentada neste ensaio publicado na História de Santos/Poliantéia Santista, de Francisco Martins dos Santos/Fernando Martins Lichti (1ª edição, 1996, Ed. Caudex Ltda., S.Vicente/SP):

Cemitérios Santistas

Historiadora Eulâmpia Requejo Rocha


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CEMITÉRIO DA FILOSOFIA

Até 1892, só existia em Santos o Cemitério do Paquetá, mas quando o crescente número de sepultamentos aumentou devido às grandes epidemias da época, houve a necessidade da construção de outro, que seria o da Filosofia ou Saboó, como é mais conhecido, por estar localizado no Bairro do Saboó. A partir daí, o Cemitério do Paquetá passou a ser somente da elite.

Cemitério da Filosofia fica no bairro do Saboó
Foto: Prefeitura Municipal de Santos/InvestSantos

O nome original desse cemitério era Cemitério Municipal da Philozophia; data de 10 de abril de 1892 a sua inauguração pelo então Intendente Municipal, com o sepultamento de um menino de 10 anos de idade apenas.

Quando inaugurado, compreendia apenas 7.000 m². Depois, foi desapropriada a Chácara da Filosofia, passando a contar, então, com 24.000 m² e foi entregue oficialmente à população, em 1896. Atualmente, tem mais ou menos 40.000 m². (N.E. Informa o Almanaque de Santos 1971, de Olao Rodrigues, que o cemitério "foi feito em duas etapas. A primeira, bem ao fundo, na parte em que se acha a capela ainda hoje, em terreno desapropriado pela Câmara e pertencente ao Bacharel Frederico Cardoso de Meneses, inaugurado em 1892. A segunda etapa foi iniciada tempos depois, com compra de mais um pedaço de chão e aproveitamento da parte da frente da Chácara da Filosofia, desapropriada pela Câmara em 1892, a Dona Ana Brandina de Barros Silva. A inauguração da segunda parte, muito maior (a da frente), verificou-se em 1896").

A campa mais visitada é a de nº 624, quadra 6, onde estão os restos mortais de Maria Mercedes Féa - vítima do famoso Crime da Mala, ocorrido em 1928 -, a quem milhares de pessoas creditam graças alcançadas.

No dia 10 de abril de 1992, o Cemitério da Filosofia, ou Saboó, comemorou o centésimo aniversário; e 70% de suas campas são perpétuas.

No Cemitério da Filosofia também tem outra campa considerada muito visitada por causa de graças recebidas. É a campa da menina Janaína, nascida a 23/9/1936 e falecida a 23/3/1939. Como campas notáveis temos o Mausoléu do Esportista Amador de Santos - campa de 1964. A outra é o Mausoléu dos Maçons.


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