O Terminal de Integração de Passageiros do Valongo
será um marco na história do transporte em Santos
Foto: Arnaldo Giaxa, publicada com a matéria
Uma revolução no transporte está se tornando realidade
O serviço de transporte coletivo prestado pela CSTC em Santos
vai mudar. Para melhor. A partir da inauguração do Terminal Urbano de Integração de Passageiros do Valongo, melhorará a qualidade do serviço,
oferecendo à população maior segurança, eficiência, conforto e facilidade para o acesso às diversas regiões da Cidade.
Além da rapidez, ao interligar a Zona Noroeste e morros às áreas do Centro, praias e cais,
ele vai proporcionar a vantagem adicional do pagamento de uma única passagem - hoje, como se sabe, com esses pontos não ligados diretamente por
linhas municipais, o usuário é obrigado a pagar duas tarifas.
São resultados da política de transporte coletivo praticada pela Administração Democrática
Popular. Um trabalho desenvolvido, de modo firme e contínuo, a partir de estudos técnicos, com seriedade e competência. Uma tarefa de planejar e
construir o futuro.
Foi isso que tornou possível, sem subsídio e com tarifa barata, que a CSTC comprasse, até
agora, 147 ônibus, 80 deles zero Km, que deflagrasse uma série de programas internos na busca de eficiência, que tornaram a companhia, em pouco mais
de três anos, a terceira do País, orgulho para todos os habitantes da Cidade.
Ocupando uma área de 7.750 metros quadrados, atrás da Estação Rodoviária, o Terminal poderá
movimentar até 200 ônibus e 4.500 passageiros por hora. Com detalhamento arquitetônico da Secretaria de Obras da Prefeitura, foi construído com
recursos, também, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico - para isso foi preciso conseguir reativar linhas de financiamento bloqueadas na
gestão anterior, porque o dinheiro até então liberado, para outros projetos, havia sido aplicado de forma errada. O Banco aprovou o criterioso
projeto do Terminal em 8 de março de 1990. A construção foi iniciada em meados do ano passado.
Com a entrada em operação, haverá uma grande mudança no sistema de transporte, em especial
na Zona Noroeste e morros. Neste encarte, todas essas mudanças estão detalhadas.
Mírian Ribeiro de Souza
A foto de uma maquete mostra uma vista geral da área de operação
e uma das faixas para os pedrestes chegarem às diversas plataformas
Foto publicada com a matéria
Esclareça suas dúvidas sobre o Terminal
As linhas da Zona Noroeste vão acabar?
Sim. Com exceção das duas que atendem o Jardim Piratininga, serão todas extintas. Mas mesmo
essas duas que continuarão com seus itinerários atuais farão integração com o Terminal. As linhas que servem hoje a Zona Noroeste são todas
circulares, com itinerários muito longos, o que provoca demora no retorno dos coletivos. Isso não acontecerá mais.
E no caso dos morros, acontecerá o mesmo?
Sim. Somente a linha 100 permanecerá, por ser a única cujo itinerário não será coberto por
linhas do Terminal.
A entrada em operação do Terminal vai mudar mais alguma coisa nas linhas que temos hoje?
Sim. As linhas 50 (Centro/José Menino, via Canal 1) e 54 (BNH Aparecida/Centro) vão acabar,
porque esses percursos serão servidos pelas novas linhas. Veja nas páginas centrais desse encarte os itinerários que elas terão.
As linhas que fazem o BNH/Aparecida/Dale Coutinho também vão mudar?
Os circulares 39 e 93 serão substituídos pelas linhas 38 e 83, encurtando a circular para
BNH Aparecida/Centro. A 38 fará BNH/INPS/Vila Mathias, via Ana Costa, enquanto a 83 levará aos mesmos lugares, porém via Conselheiro Nébias, de modo
a atender áreas que ficariam descobertas.
Vista geral da execução do acabamento de uma das plataformas de embarque
Foto publicada com a matéria
Quais são as linhas que ficarão exatamente como são hoje?
Não haverá mudanças nas seis linhas de trólebus e as seguintes linhas de ônibus diesel: 7,
10, 17, 19, 23, 25, 29, 30, 37, 42, 52, 73, 77 e a 80.
E como serão as novas linhas que vão substituir as atuais?
Serão 17 linhas que farão a interligação com o Terminal. Seis na Zona Noroeste, duas nos
morros e as demais ligarão do Terminal com outros bairros da Cidade, praias e cais. Além disso, mais três linhas saindo da Zona Noroeste farão
circular no Centro e uma outra circular nos morros. Nas páginas centrais deste encarte você encontrará a descrição dos itinerários de todas as novas
linhas.
Como deve agir o passageiro de ônibus que se dirige ao Terminal, mas que vai seguir para
outro ponto qualquer da Cidade?
O passageiro descerá na plataforma de desembarque e seguirá por uma faixa para pedestres até
a plataforma onde estará o ônibus que pretende tomar. Em cada plataforma haverá três pontos de embarque com a descrição dos itinerários das linhas
que fazem parada. Basta, então, embarcar no novo ônibus.
E será preciso pagar uma nova passagem neste ônibus?
Não. Vale a passagem que foi paga no primeiro ônibus.
O trabalho de calçamento de uma das plataformas de embarque
Foto publicada com a matéria
E quanto tempo vai demorar toda essa operação de desembarcar de um ônibus e embarcar em
outro?
As previsões são de que não se consumirá mais que cinco minutos nos horários de maior
movimentação de passageiros.
O que eu devo fazer se eu pretender ficar no Centro da Cidade?
Você simplesmente encaminha-se para o portão de saída do Terminal, onde passará por uma
catraca eletrônica que servirá apenas para contar o número de passageiros, para o controle da CSTC.
Como deve agir quem está na Cidade e quer pegar um dos ônibus que param no Terminal?
Haverá uma bilheteria, com duas catracas eletrônicas, na R. Visconde do Embaré. Você paga e
entra normalmente, dirigindo-se, pela faixa para pedestres, até a plataforma onde está o ônibus que pretende tomar e embarca. No mesmo local haverá
uma passagem livre, sem catraca, que será fiscalizada por funcionários, para garantir o ingresso de deficientes físicos e também dos idosos que não
pagam tarifa.
E isso tudo vai melhorar a condição de transporte para os passageiros?
Claro. Com o percurso encurtado, o retorno dos ônibus será mais rápido, reduzindo o tempo de
espera dos usuários no ponto. E também não será necessário esperar por uma linha específica, já que todas irão para o Terminal. Nos horários de
pico, a cada cinco minutos estará passando um ônibus com destino ao Terminal. Fora desses horários de maior movimento, o intervalo máximo entre um
ônibus e outros será de 15 minutos.
As obras de um dos módulos destinados à administração e controle do Terminal.
No caso, o módulo que fica próximo ao viaduto Aristides Bastos Machado,
no lado oposto à R. Visconde do Embaré, onde está a entrada.
Foto publicada com a matéria
Como vai ser controlado esse horário, para não dar confusão no Terminal?
O Terminal funcionará com um controle centralizado dos horários dos ônibus, de modo a
sincronizar as chegadas e partidas, buscando reduzir ao máximo o tempo gasto na mudança de um coletivo para o outro. Caso ocorra um atraso no
trajeto, haverá carros reservas para substituição, garantindo a pontualidade da saída.
Mas, e se eu quero ir para algum outro ponto do Centro? Vou ter de andar do Terminal até o
lugar onde quero chegar?
A CSTC preocupou-se com isso também. Foram criadas três linhas saindo da Zona Noroeste, que
farão circular pelo Centro, sem parar no Terminal, evitando que o passageiro necessite mudar de ônibus ou caminhar algumas quadras até o seu
destino. No caso dos morros, duas linhas levarão ao Terminal e uma outra fará circular entre o bairro do Marapé, os morros do Marapé, São Bento,
Nova Cintra e Zona Noroeste, servindo, principalmente, para o atendimento entre os morros e as escolas situadas no Marapé e Zona Noroeste. Além
disso tudo, as linhas com ponto final nas praças Mauá e Barão do Rio Branco não sofrerão alteração.
E haverá um meio fácil de identificar os ônibus que vão para o Terminal?
Todas as linhas ligadas ao Terminal receberão três números. As linhas 101 até 110 serão
alimentadoras e as de 151 a 157 serão distribuidoras. Nas páginas centrais desse encarte, você encontra a descrição dos itinerários de todas elas.
Serão 17 linhas, portanto, que estarão interligando o Terminal.
O interior do Terminal com obrasj á em fase de acabamento
Foto publicada com a matéria
Com a redução do número de linhas vai diminuir o número de ônibus que circulam nas áreas que
hoje são atendidas?
Não. Apesar da redução de linhas, a quantidade de ônibus em circulação não diminuirá.
Então, com o Terminal, os ônibus que costumam lotar, principalmente nos horários de maior
movimento, vão andar mais vazios?
Sim. A distribuição dos passageiros nos ônibus vai ser mais equilibrada com o Terminal. Não
haverá nem ônibus muito cheio nem muito vazio. Com isso, mesmo com a cobrança de uma única tarifa para o uso de dois ônibus, haverá uma
racionalização que reduzirá os gastos operacionais da CSTC e de quilometragem das linhas ociosas nos períodos de menor movimento.
Qual será o horário de funcionamento do Terminal?
A princípio, o Terminal vai funcionar das 4h30 até 1h do dia seguinte. No intervalo da
madrugada que ficará descoberto circularão os ônibus noturnos, com a mesma numeração hoje existente.
Maquete mostra a área de operação junto à Av. Visconde de Embaré
Foto publicada com a matéria
O trabalho de informação
Está sendo iniciada a segunda fase do trabalho de divulgação das mudanças que serão
introduzidas no sistema de transportes coletivos com a entrada em operação do Terminal de Integração de Passageiros do Valongo. Consiste na
distribuição de panfletos à população, com os itinerários das linhas do Terminal e das outras que serão criadas em função do novo sistema.
Antes da inauguração, a CSTC fará visitas programadas de usuários do Terminal. A CSTC levará
ônibus aos bairros para transportar grupos de moradores até a obra, onde receberão explicações e se familiarizarão com o seu funcionamento.
O trabalho de informação, porém, já foi iniciado há tempo. Desde o dia 23 de janeiro
aconteceram várias reuniões plenárias nos bairros da Zona Noroeste e morros, promovidas pela CSTC e pela Assessoria de Cidadania do Gabinete da
Prefeita. Em todas elas foram dadas detalhadas explicações sobre o funcionamento do Terminal.
O questionário publicado nesta página foi elaborado com base nas dúvidas mais comuns
levantadas nestas reuniões plenárias.
Foto publicada com a matéria
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