HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS -
TRANSPORTES
Magnetismo no lugar dos cobradores
A partir de 1995, com a necessidade de reduzir custos
face ao cada vez maior dispêndio com a remuneração dos cobradores, as empresas e a Municipalidade comçaram a estudar uma forma eletrônica de cobrança
das passagens.
Passes magnéticos usados nos ônibus santistas até 1998
O
prefeito David Capistrano, do Partido dos Trabalhadores, implantou fichas magnéticas no formato de moedas de plástico, de várias cores, com a letra "T"
(de Transporte, mas que os opositores diziam ser de Trabalhadores, o partido político) e catracas eletrônicas nos ônibus e no terminal de transferência
do Valongo.
Seu sucessor, o prefeito Beto Mansur, insatisfeito com os custos das fichas (reaproveitáveis) e principalmente com as
falhas apresentadas pelas catracas no reconhecimento desses passes magnéticos, resolveu seguir procedimento semelhante ao dos metrôs paulistano e
carioca, com o uso de passes em cartão com tarja magnética, não reutilizáveis, e cartões magnéticos semelhantes aos dos bancos, que poderiam ser
recarregados eletronicamente em determinados postos da Companhia de Engenharia e Tráfego.
Passe em cartão magnetizado, usado nos transportes
públicos santistas em 2000 (frente e verso)
O sistema inclusive foi implantado em caráter metropolitano, abrangendo os transportes urbanos em outros
municípios, como São Vicente e Cubatão. Os cobradores foram na maior parte dos casos demitidos e recontratados como orientadores do trânsito,
encarregados da venda dos passes ao público junto aos pontos de parada dos coletivos.
Surgiram protestos, entretanto, pelo fato dos motoristas acumularem a função de cobradores, já que muitos
passageiros continuaram pagando em dinheiro as passagens. As críticas eram principalmente pelo risco no trânsito provocado pelo desvio da atenção do
motorista, pela necessidade de manter o ônibus parado enquanto é feita a cobrança das passagens e pelo estresse provocado nos motoristas com as
exigências dessa dupla função.
Na edição de 21 a 27/11/1998, o jornal-laboratório eletrônico OnLine, da Universidade Santa Cecília,
registrou:
Título da matéria
Santos, 21.11 - 27.11 de 1998
Catracas eletrônicas invadem ônibus de Santos
Carla do Vale Linhares
A partir de segunda-feira, 23 de novembro, começam a funcionar
as catracas eletrônicas nas linhas de ônibus municipais de Santos.
Nessa primeira etapa, os cerca de seiscentos cobradores serão mantidos nos coletivos,
para o recebimento de dinheiro dos usuários que não possuírem o cartão magnético, semelhante aos usados nos metrôs da capital paulista.
Por enquanto, a maior dificuldade será para comprar o ticket, que está sendo vendido
apenas em dois locais: na Avenida São Francisco e na Avenida Presidente Wilson. Estão disponíveis o cartão simples, que dá direito a uma única
viagem, e os duplos, que garantem o direito de ida e volta dos passageiros.
O prefeito Beto Mansur aposta no sucesso do novo equipamento, que já foi instalado em várias
cidades. Mansur garantiu que os cobradores não serão demitidos e sim reaproveitados em outros setores das companhias de ônibus, após passarem por
uma reciclagem.
Essa novidade já está operando na cidade de São Paulo e por enquanto está provocando
críticas. A maioria da população está sentindo dificuldades na hora de adquirir os bilhetes, pois os locais de venda são insuficientes.
Chamada da matéria, no jornal eletrônico
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