Até fins do século XIX, era usado em Santos o chamado "Sino dos Enforcados", que a população arrancou de seu lugar no pátio da Igreja de Santo Antônio do Valongo, sendo desde então guardado na sacristia dessa igreja. As imagens a seguir foram registradas pelo professor e pesquisador Francisco Carballa, que as enviou a Novo Milênio em 28/9/2019, com a explicação: "Afirmam ser este o famoso sino dos enforcados que fora retirado da sineira que existe no alto da torre do Valongo, embora parecesse maior. Em 1876, a pena de morte deixou de ser usada por ordem de Dom Pedro II, transformada em prisão perpétua ou pena de trabalho em locais do Governo, o que terminou em 1889 com a proclamação da República. Em uma dessas duas datas, o povo retirou o sino da torre. Ele era tangido quando o condenado saía da prisão com destino à forca existente atrás da igreja e se calava quando ele pendia sem vida. Voltaria a ser tangido de novo na Procissão dos Ossos, no final da tarde do dia 1º de novembro, quando a Irmandade de Santa Casa da Misericórdia tinha a permissão de retirar os restos mortais dos condenados à morte (que estariam retalhados e salgados ou apodrecidos desde o dia 2 de novembro do ano anterior) e levá-los ao túmulo que existia na entrada da igreja de São Francisco de Paulo onde se via a tumba (em cuja pedra estava bem nítido o nó de forca esculpido como aviso)" As imagens do pequeno sino no chão, perto de um sino maior hoje acionado por um equipamento elétrico:

Fotos: professor Francisco Carballa, cedidas a Novo Milênio em 28/9/2019