São Leopoldo (Visconde de)
Rua - Bairros: Centro/Valongo:
Encontrada na Praça Rui Barbosa junto ao nº 20
No ano da Independência, ou em 1822, era Rua Transversal, antiga Rua Vermelha. Mais tarde
teve o nome de Formosa. Quando presidente da Câmara Municipal, em 1865, o Visconde de Embaré foi autorizado pelo Plenário a dar nomes e fixar
limites de determinadas vias públicas, entre as quais a Rua Formosa, que foi alterada para São Leopoldo, "em homenagem à memória do Visconde de São
Leopoldo, desde a Igreja do Rosário até a Travessa do Macaia".
Mais tarde, ou a 23 de setembro de 1887, o vereador João Manuel Alfaia Rodrigues
Júnior, em Indicação acolhida, propôs a alteração de São Leopoldo para Visconde de São Leopoldo. O alargamento da via pública, entre a Travessa
Comendador João Cardoso e o Largo da Saudade, foi determinado pela Lei nº 583, de 16 de agosto de 1916, sancionada pelo prefeito municipal, dr.
Belmiro Ribeiro de Morais e Silva. Em sua primeira sessão após a proclamação da República, ou a 21 de novembro de 1889, sob a presidência do sr.
Júlio Conceição, que, aliás, teve caráter solene, a Travessa São Leopoldo passou a chamar-se Travessa Campos Sales.
A Rua Visconde de São Leopoldo, que figurava na Planta sob nº 22, foi oficializada
pela Lei nº 647, de 16 de fevereiro de 1921, sancionada pelo prefeito municipal, coronel Joaquim Montenegro, que entrou em vigor a 1º de janeiro de
1922.
Com a instituição da Avenida Martins Fontes, a Rua Visconde de São Leopoldo ficou
reduzida ao trecho compreendido entre a Praça Rui Barbosa e a Praça Lions Clube, nos termos do Decreto nº 3.830, de 26 de janeiro de 1971, baixado
pelo interventor federal, general Clóvis Bandeira Brasil.
Na oportunidade da sessão ordinária da Câmara Municipal, a 16 de agosto de 1927, o
presidente dos trabalhos, vereador Alfredo Freire, comunicou que, no dia 11 daquele mês e ano, na Biblioteca da Edilidade, fora solenemente
inaugurado o retrato a óleo de José Feliciano Fernandes Pinheiro.
Por sinal, os serviços de recalçamento da Rua Visconde de São Leopoldo tiveram cunho
solene, tendo assistido à cerimônia, como convidado especial, o presidente do Estado, dr. Washington Luís, que se encontrava em vilegiatura no
Guarujá, em companhia do sr. Rocha Azevedo, secretário da Fazenda. Foi a 30 de julho de 1920.
No dia 29 de julho de 1959, o prefeito municipal, engenheiro Sílvio Fernandes Lopes,
promulgou a lei nº 2.162, segundo a qual o plano aprovado pelo artigo 1º da lei nº 1.316. de 27 de dezembro de 1951, na parte referente à largura da
Rua Visconde de São Leopoldo, no trecho entre seu entroncamento com a Rua Visconde de Embaré e o Largo da Saudade, ficava alterado no sentido de ser
a largura fixada em 30,00 metros.
José Feliciano Pinheiro Fernandes Nunes - Visconde de São Leopoldo - nasceu na Vila de
Santos a 9 de maio de 1774, filho do coronel de milícias José Fernandes Martins e Da. Teresa de Jesus Pinheiro. Após os estudos iniciais com Frei
Gaspar da Madre de Deus, aprendeu Latim com o professor José Luís de Melo. Cursou a Universidade de Coimbra, bacharelando-se em Cânones em 1799. Foi
Veador das Princesas irmãs de D. Pedro II, tendo pertencido ao Conselho do Imperador.
Logo após sua formatura, "foi despachado para o estabelecimento literário do Arco do
Cego", dirigido por Frei José Mariano da Conceição Veloso, quando traduziu várias obras de autores ingleses. Em 1800, já no Brasil, ocupou o cargo
de juiz das Alfândegas do Rio Grande do Sul, sendo o primeiro presidente dessa Província.
O Visconde de São Leopoldo fundou a cidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, foi
ministro do Império, deputado às Cortes, senador do Império e o criador dos cursos jurídicos no Brasil, de que tanto se orgulhava. Em 1837 foi
encarregado de estudar os limites naturais do Brasil, e desse trabalho deixou comentada e louvada Memória. Co-fundador do Instituto Histórico
e Geográfico Brasileiro, o ilustre brasileiro morreu em Porto Alegre a 6 de julho de 1847.
É o patrono do grêmio representativo da Faculdade Católica de Direito de Santos. |