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SANTOS DE ANTIGAMENTE
Visconde de São Leopoldo: uma placa de 1927
Em sua terra natal, o visconde de São Leopoldo é o patrono de uma escola estadual e ainda da Sociedade Visconde de São Leopoldo, mantenedora da Universidade Católica de Santos. Foi ainda homenageado com a denominação da principal via de entrada em Santos, e uma placa assinala o local de seu nascimento. Sobre ele, foi publicado este artigo no suplemento A Escolinha do Diário Oficial de Santos, em 27 de novembro de 1971:

O visconde de São Leopoldo, considerado um dos homens mais ilustres do Brasil, nasceu em Santos a 9 de maio de 1774, e nesta cidade fez seus primeiros estudos, com os mestres frei Gaspar da Madre de Deus, padre Xavier Pinheiro e José Luis de Melo. Doutorou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, em Portugal.

De volta ao Brasil, iniciou sua carreira pública: juiz da Alfândega de Porto Alegre; auditor geral das Tropas do Exército; membro da Comissão de Limites do Brasil; grande figura da Independência ao lado dos Andradas; deputado às Cortes Constituintes de Lisboa; deputado à Constituinte Brasileira; ministro do imperador D. Pedro I; senador do Império; criador e fundador do Instituto Histórico e Geográfico; conselheiro de D. Pedro II; presidente da Província do Rio Grande do Sul; fundador da cidade de São Leopoldo/RS; escritor e historiador; instituidor da Imprensa no Sul do País.

São inúmeros os seus trabalhos que marcaram o I e o II Império, mas, de todos o mais importante foi a criação dos Cursos Jurídicos no Brasil. Morreu em Porto Alegre, a 6 de julho de 1847, segundo registrou o Barão do Rio Branco.

Uma placa com a sua efígie assinala o local onde existiu a casa do seu nascimento, na esquina da Rua XV de Novembro com a Praça dos Andradas: "Dr. José Feliciano Fernandes Pinheiro (Visconde de São Leopoldo). Nasceu em Santos a 9 de Maio de 1774. Falleceu em Porto Alegre a 6 de Janeiro de 1847. Creou os Cursos Jurídicos no Brasil a 11 de Agosto de 1827. Homenagem da Câmara Municipal de Santos, em 11 de Agosto de 1927":


Foto publicada com o texto


Ainda sobre a via pública e a personalidade homenageada, esclareceu o falecido jornalista Olao Rodrigues, na sua obra Veja Santos! (2ª edição, 1975, edição do autor, Santos/SP):
 

São Leopoldo (Visconde de)
Rua - Bairros: Centro/Valongo:
Encontrada na Praça Rui Barbosa junto ao nº 20

No ano da Independência, ou em 1822, era Rua Transversal, antiga Rua Vermelha. Mais tarde teve o nome de Formosa. Quando presidente da Câmara Municipal, em 1865, o Visconde de Embaré foi autorizado pelo Plenário a dar nomes e fixar limites de determinadas vias públicas, entre as quais a Rua Formosa, que foi alterada para São Leopoldo, "em homenagem à memória do Visconde de São Leopoldo, desde a Igreja do Rosário até a Travessa do Macaia".

Mais tarde, ou a 23 de setembro de 1887, o vereador João Manuel Alfaia Rodrigues Júnior, em Indicação acolhida, propôs a alteração de São Leopoldo para Visconde de São Leopoldo. O alargamento da via pública, entre a Travessa Comendador João Cardoso e o Largo da Saudade, foi determinado pela Lei nº 583, de 16 de agosto de 1916, sancionada pelo prefeito municipal, dr. Belmiro Ribeiro de Morais e Silva. Em sua primeira sessão após a proclamação da República, ou a 21 de novembro de 1889, sob a presidência do sr. Júlio Conceição, que, aliás, teve caráter solene, a Travessa São Leopoldo passou a chamar-se Travessa Campos Sales.

A Rua Visconde de São Leopoldo, que figurava na Planta sob nº 22, foi oficializada pela Lei nº 647, de 16 de fevereiro de 1921, sancionada pelo prefeito municipal, coronel Joaquim Montenegro, que entrou em vigor a 1º de janeiro de 1922.

Com a instituição da Avenida Martins Fontes, a Rua Visconde de São Leopoldo ficou reduzida ao trecho compreendido entre a Praça Rui Barbosa e a Praça Lions Clube, nos termos do Decreto nº 3.830, de 26 de janeiro de 1971, baixado pelo interventor federal, general Clóvis Bandeira Brasil.

Na oportunidade da sessão ordinária da Câmara Municipal, a 16 de agosto de 1927, o presidente dos trabalhos, vereador Alfredo Freire, comunicou que, no dia 11 daquele mês e ano, na Biblioteca da Edilidade, fora solenemente inaugurado o retrato a óleo de José Feliciano Fernandes Pinheiro.

Por sinal, os serviços de recalçamento da Rua Visconde de São Leopoldo tiveram cunho solene, tendo assistido à cerimônia, como convidado especial, o presidente do Estado, dr. Washington Luís, que se encontrava em vilegiatura no Guarujá, em companhia do sr. Rocha Azevedo, secretário da Fazenda. Foi a 30 de julho de 1920.

No dia 29 de julho de 1959, o prefeito municipal, engenheiro Sílvio Fernandes Lopes, promulgou a lei nº 2.162, segundo a qual o plano aprovado pelo artigo 1º da lei nº 1.316. de 27 de dezembro de 1951, na parte referente à largura da Rua Visconde de São Leopoldo, no trecho entre seu entroncamento com a Rua Visconde de Embaré e o Largo da Saudade, ficava alterado no sentido de ser a largura fixada em 30,00 metros.

José Feliciano Pinheiro Fernandes Nunes - Visconde de São Leopoldo - nasceu na Vila de Santos a 9 de maio de 1774, filho do coronel de milícias José Fernandes Martins e Da. Teresa de Jesus Pinheiro. Após os estudos iniciais com Frei Gaspar da Madre de Deus, aprendeu Latim com o professor José Luís de Melo. Cursou a Universidade de Coimbra, bacharelando-se em Cânones em 1799. Foi Veador das Princesas irmãs de D. Pedro II, tendo pertencido ao Conselho do Imperador.

Logo após sua formatura, "foi despachado para o estabelecimento literário do Arco do Cego", dirigido por Frei José Mariano da Conceição Veloso, quando traduziu várias obras de autores ingleses. Em 1800, já no Brasil, ocupou o cargo de juiz das Alfândegas do Rio Grande do Sul, sendo o primeiro presidente dessa Província.

O Visconde de São Leopoldo fundou a cidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, foi ministro do Império, deputado às Cortes, senador do Império e o criador dos cursos jurídicos no Brasil, de que tanto se orgulhava. Em 1837 foi encarregado de estudar os limites naturais do Brasil, e desse trabalho deixou comentada e louvada Memória. Co-fundador do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, o ilustre brasileiro morreu em Porto Alegre a 6 de julho de 1847.

É o patrono do grêmio representativo da Faculdade Católica de Direito de Santos.

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