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Edição 3 - 10/8/2002 

Sinaval viabiliza atualização da mão-de-obra

A abertura ao capital privado dos negócios e serviços no setor de óleo e gás gerou uma série de encomendas para a indústria naval, que viveu uma prolongada crise, de 15 anos. Apesar das encomendas de plataformas e embarcações, os estaleiros nacionais ainda operam com 50% de ociosidade. Foi o que revelou o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Construção Naval (Sinaval), Ariovaldo Rocha.

Ele também é diretor do estaleiro Promar e, segundo falou, a construção naval carece de mão-de-obra, sofrendo um déficit de cerca de 10 mil profissionais. O Sinaval tem firmado convênios com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para utilizar recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) no aprimoramento dos profissionais, que devido à crise ficaram defasados.

Nos últimos 15 anos, disse, a configuração empresarial dos estaleiros – atualmente existem 13 operando – sofreu alterações e praticamente todos eles trabalham com a participação de 50% de capital estrangeiro. “Foi a solução para que o parque naval brasileiro captasse recursos para investimentos e manutenção". 

Ele informou ainda que o Sinaval e órgãos fluminenses lutaram no sentido de garantir a construção da plataforma petrolífera P-50 em estaleiro brasileiro. O índice de nacionalização do aparato será de 63%.

Até o fim de 2002, a carteira dos estaleiros somará US$ 1 bilhão, e até 2010 a previsão é de ampliá-la para US$ 500 milhões, segundo definiu a ONIP.