Sinaval viabiliza atualização
da mão-de-obra
A abertura
ao capital privado dos negócios e serviços no setor de óleo
e gás gerou uma série de encomendas para a indústria
naval, que viveu uma prolongada crise, de 15 anos. Apesar das encomendas
de plataformas e embarcações, os estaleiros nacionais ainda
operam com 50% de ociosidade. Foi o que revelou o presidente do Sindicato
Nacional da Indústria de Construção Naval (Sinaval),
Ariovaldo Rocha.
Ele também é diretor
do estaleiro Promar e, segundo falou, a construção naval
carece de mão-de-obra, sofrendo um déficit de cerca de 10
mil profissionais. O Sinaval tem firmado convênios com o Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para utilizar recursos
do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) no aprimoramento dos profissionais,
que devido à crise ficaram defasados.
Nos últimos 15 anos, disse,
a configuração empresarial dos estaleiros – atualmente existem
13 operando – sofreu alterações e praticamente todos eles
trabalham com a participação de 50% de capital estrangeiro.
“Foi a solução para que o parque naval brasileiro captasse
recursos para investimentos e manutenção".
Ele informou ainda que o Sinaval
e órgãos fluminenses lutaram no sentido de garantir a construção
da plataforma petrolífera P-50 em estaleiro brasileiro. O índice
de nacionalização do aparato será de 63%.
Até o fim de 2002, a carteira
dos estaleiros somará US$ 1 bilhão, e até 2010 a previsão
é de ampliá-la para US$ 500 milhões, segundo definiu
a ONIP. |