Exportar ou morrer
Deise Terra Guimarães (*)
A frase
é do presidente FHC, mas a conclusão do mercado é
que o Brasil vai “glub..glub” - se afogando após ter nadado muito.
O país já se ressente da falta de contêineres para
exportar mercadoria, e quando algumas empresas de leasing enviam
algumas unidades ao País, só encontram burocracia e interpretação
equivocada de algumas taxações. Foi o que aconteceu com a
GE Seaco, que enviou 32 contêineres, incluindo dois tanques, no Porto
de Santos, e a Receita local taxou a empresa que a representa naquela
localidade.
A Câmara Brasileira de Contêineres
e Transporte Multimodal (CBC) buscou solução em todos os
organismos governamentais. Como não teve solução,
a GE Seaco retirou seus contêineres e enviou a outro local, e a Secretaria
da Receita Federal baixou ato declaratório fixando termos para admissão
temporária para os contêineres.
Todos entendem que tal medida é
um retrocesso no mercado e é contrária ao espírito
da lei do operador de transporte multimodal, aprovada há mais de
três anos, sem contudo vigorar na prática, pois ainda não
se encontrou caminho para acabar com a exigência de um tipo de seguro
que inexiste no País e a Susep declarou oficialmente não
dispor de parâmetros para estabelecer condições contratuais
para esse tipo de seguro. O resultado é que nenhuma empresa obteve
ainda o seu registro como OTM.
(*) Deise
Terra Guimarães é editora de TransBusiness, no Rio de Janeiro |