Edição 2 - 27/6/2002

A gigantesca rede ferroviária da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) galgou a posição de maior empresa de logística do Brasil. Desde que passou a transportar cargas para terceiros, em 1997 – ano de sua privatização – os ganhos da Divisão de Logística superaram os 30% anuais. Em 2001, o setor auferiu mais de R$ 3 milhões, correspondendo a 7% do lucro da empresa. E, para manter o mesmo nível de faturamento em 2002, a empresa vem investindo em soluções integradas de logística para deixar de ser apenas uma transportadora do modal ferroviário. 

Para apoiar a sua base logística, a CVR amplia seus serviços de transportes de contêineres e a partir de 8/2002 iniciará uma rota de transporte expresso de contêineres por ferrovia, serviço que ligará Campinas, Boa Vista, Vale do Paraíba (SP), Três Corações (MG) e Salvador (BA), levando cargas do interior paulista e mineiro ao Pólo Petroquímico de Camaçari. 

No Terminal de Camaçari (Tercam), a Vale está investindo R$ 10 milhões para viabilizar o transbordo de cargas. A CVRD já opera trens expressos conteinerizados em duas rotas: Vitória (ES), Belo Horizonte, Uberlândia (MG); e Santos, Campinas (SP), Anápolis (GO) e Brasília (DF).

EUA: ferrovias ficam com 9% do lucro

Nos Estados Unidos, mais de 40% das cargas interurbanas são transportadas por ferrovias, porém o setor recebe apenas 9% das receitas. 

Para que as empresas possam fazer frente aos investimentos necessários ao intermodalismo que triplicou o volume de cargas em relação ao modal rodoviário, a Associação Americana Ferroviária (AAR) propôs, ao Comitê de Transporte e Infra-estrutura do Congresso norte-americano, sete alterações na atual política de transporte do país. Entre elas, está incluido o aumento de verbas para programas educacionais e de aprimoramento profissional.