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HISTÓRIAS E LENDAS DE S. VICENTE - Trem
Antigas estações ferroviárias vicentinas

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A história desta estação foi assim registrada por Ralph Mennucci Giesbrecht no site Estações Ferroviárias do Brasil (atualização: 29/7/2010. Acesso: 14/5/2013):


Imagem: reprodução parcial da matéria original

C. E. F. Sorocabana (1930-1971) - Fepasa (1971-1998)

Gaspar Ricardo (antiga Estaleiro)

Município de São Vicente, SP

Mairinque-Santos - km 101,850 (1986)

SP-1967

Inauguração: 15/2/1930

com trilhos

Uso atual: abandonada

Data de construção do prédio atual: 1930


A estação, em 1986

Foto: Relatório da Fepasa de 1986, publicada com a matéria

HISTÓRICO DA LINHA: Projetada desde 1889, a Mairinque-Santos, linha que quebraria o monopólio da SPR para ligar o interior ao litoral foi iniciada em 1929 e terminada em 1937, com a ligação das duas frentes, uma vindo de Santos e outra de Mairinque. É uma das obras ferroviárias mais reportadas por livros no Brasil. Já havia, no entanto, tráfego desde 1930 nas duas partes, e o trecho desde Santos até Samaritá havia sido adquirido em 1927 da Southern São Paulo Railway, operante desde 1913.

Com o fim da Sorocabana e a criação da Fepasa, em 1971, a linha foi prolongada até Boa Vista, no fim dos anos 80 (retificação do antigo ramal de Campinas). Houve tráfego de passageiros entre Mairinque e Santos até cerca de 1975, e mais tarde entre Embu-Guaçu e Santos, até novembro de 1997. A linha opera até hoje sob a administração da Ferroban.


Bem ao longe, na serra. a estação, em setembro de 2002

Foto: Ricardo Koracsony, publicada com a matéria

A ESTAÇÃO: A estação foi aberta em 1930, com o nome de Estaleiro, devido ao morro do Estaleiro, muito próximo a ela, como a primeira estação do trecho da baixada, "na estaca 262". Foi inaugurada com festas e um trem especial vindo de Santos. Ligava-se na época somente a Samaritá, numa extensão de 5,200 km desta estação.

"Abaixo, 4 fotos da inauguração da estação de Estaleiro, em 15/2/1930. A foto com os trens mostra o que levou o Julio Prestes, visto de frente, com a locomotiva no. 10, e visto de trás o que o levaria de volta, com a locomotiva no. 53. A Baldwin 4-4-0 de 1874, no. 3627, original da Ytuana, onde tinha no. 10, e encontra-se preservada em Indaiatuba" (Julio Morais, 04/2006).


A estação no dia de sua inauguração, em 1930, ainda com o nome de Estaleiro

Foto: acervo Julio Morais, publicada com a matéria

 


A estação por volta de 1930, com um carro da Sorocabana

Foto: acervo Julio Morais, publicada com a matéria

 


A estação no dia de sua inauguração, em 1930, ainda com o nome de Estaleiro

Foto: acervo Julio Morais, publicada com a matéria

 


A estação no dia de sua inauguração, em 1930, ainda com o nome de Estaleiro

Foto: acervo Julio Morais, publicada com a matéria

Em 1936, o edifício definitivo foi concluído, e a linha ligada ao restante do ramal, que já havia descido a serra. (Nota do autor: o edifício atual parece-se bastante com a estação das fotos de 1930. Embora a afirmação de 1936 tenha como fonte o relatório da Sorocabana para esse ano, a "conclusão" do edifício parece ter sido a finalização da obra do edifício original, apenas.) O nome foi alterado para Gaspar Ricardo mais ou menos nessa época. Já foi desativada há anos. Está hoje (2007) abandonada e depredada.

"De fato, a região era (e ainda é) bastante deserta. A estação de Mãe Maria nem existe mais. Por outro lado, vi recentemente gado e cachorros nas proximidades de Gaspar Ricardo; há uma estrada, ainda que precária, entre a Baixada e Acaraú. Em Pai Matias parece haver índios nas proximidades. Uma empregada nossa morava em Gaspar Ricardo, lá pelos idos de 1991, 1992... ela ia com o TIM até Samaritá e, de lá, ia a pé, seguindo a ferrovia, até sua casa, que não tinha energia elétrica. Quando o horário calhava, ela pegava o trem para Embu-Guaçu. Era longe, mas ela preferia assim, morar num pequeno sítio. Ela morou perto de Samaritá e havia se intoxicado com o pó-da-china (pentaclorofenato de sódio) enterrado clandestinamente na região. Por esse motivo, ao cruzar a região a pé, ela evitava caminhar fora do leito da ferrovia" (Antonio Gorni, 02/2007).


A estação em novembro de 2002

Foto: Antonio A. Gorni, publicada com a matéria

 


A estação depredada, em março de 2003

Foto: Ricardo Koracsony, publicada com a matéria

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