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HISTÓRIAS E LENDAS DE S. VICENTE
Soveral, o primeiro mártir religioso brasileiro

Beatificado pelo Vaticano em 2000, o padre André de Soveral nasceu em São Vicente, embora seja mais conhecido no Nordeste Brasileiro, onde morreu. Ele foi o tema de matéria publicada no caderno especial São Vicente do jornal santista A Tribuna, em 22 de janeiro de 2005:


Soveral foi morto pelos tapuias
Imagem publicada com a matéria

HISTÓRIA
Padre Soveral, 1º mártir brasileiro, era vicentino

Da sucursal

Em 3 de outubro de 2000, foi beatificada, em Roma, uma personalidade de importância histórica para São Vicente, mas pouco conhecida até então. O padre André de Soveral, nascido em 1572, foi o primeiro mártir brasileiro canonizado pela Igreja Católica.

Quem conta a história do Santo André de Soveral é padre Paulo Hornaux de Moura, outro vicentino, que ainda era pároco de São Vicente quando recebeu um cartão de dom Manuel Pestana. "Ele dizia que um conterrâneo meu ia ser beatificado pela Igreja. Isso foi mais ou menos em 1995".

Para ele, o mártir vicentino tornou-se a maior personalidade do Município. "Não podia imaginar que um calunga, um conterrâneo meu tivesse sido martirizado".

Filho de pai português e mãe indígena, André de Soveral foi criado em São Vicente e dominava a língua indígena. "Ele deve ter nascido nas imediações da atual igreja (no Centro da Cidade)", supõe padre Paulo. Segundo afirma, Soveral estudou no Colégio dos Meninos de Jesus, onde padre Paulo acredita que o mártir tenha sido discípulo de Anchieta. Mais tarde, ele foi para o Nordeste, tornando-se sacerdote jesuíta na Bahia e Pernambuco.

Entretanto, divergências no apostolado fizeram com que se desligasse da Companhia de Jesus. "Ele queria ser missionário e o queriam professor", afirma padre Paulo.

Após o desligamento, Soveral foi para o Rio Grande do Norte, fixando-se no município de Cunhaú. "Poucas famílias viviam no local. Por ser professor e falar bem a língua indígena, era benquisto pelas crianças e adultos. Ele evangelizou e doutrinou os índios".

Invasão - Com a invasão dos holandeses e a tentativa de conquistar o Rio Grande do Norte, em pouco tempo a pequena cidade virou alvo de alguns índios tamoios e tapuias, estes ferozes e antropófagos. "Um diplomata alemão, chamado Jacob Raad, que estava a serviço dos holandeses, bom diplomata, porém violento, foi quem liderou a invasão à cidade de Cunhaú", relata Padre Paulo.

Durante uma missa dominical, minutos depois de o vigário Soveral ter prevenido a comunidade sobre a presença do alemão, Raad entrou na igreja seguido por índios tamoios e tapuias, todos armados com adagas e punhais.

Ordenando o fechamento das portas e janelas da igreja, o alemão iniciou a matança sem poupar crianças, mulheres ou idosos. "Os tapuias avançaram sobre o padre e, com um golpe de adaga, cortaram-no. Ele rezou o ofício dos agonizantes, pedindo a todos que confiassem na misericórdia divina e, antes de morrer, exclamou: 'Viva o Santíssimo Sacramento do Altar!'".

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