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HISTÓRIAS E LENDAS DE S. VICENTE
Flores brotam no parque do lixo

Texto publicado no caderno especial São Vicente do jornal santista A Tribuna, em 22 de janeiro de 2005:


No Parque Ambiental do Sambaiatuba são produzidas cerca de 30 mil mudas de plantas por mês
Foto publicada com a matéria

MEIO-AMBIENTE
Parque mudou a vida no Sambaiatuba

Onde antes havia uma montanha de lixo, hoje se produz milhares de espécies de plantas

No lugar de pilhas de lixo, canteiros de mudas. Desde quando foi inaugurado, em 2002, o Parque Ambiental do Sambaiatuba, na área que abrigava o antigo lixão, já produziu milhares de mudas e transformou a paisagem do local, que agora também tem duas quadras poliesportivas.

Quem visita o parque encontra ainda uma escola de Educação Ambiental, pista de Cooper, playground e viveiros. Nada mau para um lugar onde somente se podia ver uma montanha de lixo de quase 17 metros de altura e 47 mil metros quadrados.

Atualmente, são produzidas 30 mil mudas por mês, além de composto orgânico, a partir de detritos de feiras e galhos triturados, obtidos das podas das árvores realizadas na Cidade.

Conforme o supervisor de Áreas Verdes da Companhia de Desenvolvimento de São Vicente (Codesavi), o biólogo João Nóbrega Júnior, em 2004 foram produzidas mais de 120 toneladas de adubo orgânico.

Educação - No parque também é realizado um trabalho de Educação Ambiental, com escolas do Município. Alunos a partir da 5ª série do Ensino Fundamental podem participar do projeto, que tem como objetivo principal conscientizá-los sobre a questão do lixo e a importância da reciclagem.

Ainda são abordados temas como ocupação irregular de terras e a coleta seletiva, entre outros. As escolas visitam os canteiros de mudas e fazem o plantio de uma árvore, que fica identificada com placa que leva o nome da escola que a plantou.

Para os professores que inserem essas questões nas escolas também há aulas. De acordo com a Prefeitura, a administração do parque envia convites às escolas para participar da proposta.

Colorido - A mudança do lixão não ficou restrita ao Parque Ecológico do Sambaiatuba. As mudas produzidas lá dentro vêm ganhando a Cidade e, aos poucos, colorindo praças e jardins.

Quem passa pela Praça Barão do Rio Branco, no Centro de São Vicente, pode notar a variedade de espécies ali plantadas. O principal núcleo do movimento comercial e político da Cidade ganhou 3.700 mudas de 19 espécies de flores e folhagens decorativas.

Segundo o supervisor de Áreas Verdes, na praça há begoninhas, alissons, pentas, orelhas-de-gato, crótons e margaridas brancas, entre outras espécies.

Também foram beneficiados pela produção do parque a Praça 11, no Humaitá, o Espaço Cidades-Irmãs Sérgio Vieira de Mello, na Divisa com Santos, e o Parque Ipupiara.

47 mil

metros quadrados tinha a montanha de lixo
no local onde hoje está o parque

 

Crianças que catavam lixo têm outras opções

Quando o antigo lixão do Sambaiatuba foi extinto, dezenas de crianças e jovens que vendiam os restos de materiais recicláveis catados ali perderam sua fonte de renda para o sustento da família. Para amparar essas pessoas e proporcionar novas perspectivas, a Secretaria de Cidadania e Ação Social (Secias) criou o projeto Novo Rumo, que hoje comemora os resultados alcançados.

Com o projeto, crianças e adolescentes com idade entre 7 e 17 anos trocaram o lixo por um espaço com atividades de esporte, cultura e lazer. Passados três anos da extinção do depósito, pessoas que se encontravam em situação de risco social agora pensam no futuro e quando voltam ao lugar que abrigava o lixão, hoje um parque ecológico, é para praticar o esporte.

Segundo o secretário municipal de Cidadania e Ação Social, Luís Cláudio Bili, o Centro de Convivência e Formação (Cecof) Novo Rumo oferece aulas de capoeira, dança de rua, Educação Física, artesanato e violão, além de reforço escolar.

As atividades esportivas são realizadas na quadra do Parque Ecológico do Sambaiatuba, no alto da área onde no passado funcionou o lixão. Todos recebem acompanhamento pedagógico e psicológico, além de quatro refeições diárias.

 

Menores com idades entre 7 e 17 anos participam do projeto

 

Auto-estima - Para dar conta de toda a garotada, 20 profissionais atuam no Novo Rumo. E os resultados positivos, de acordo com Bili, já estão aparecendo. "Demos perspectiva de vida para as crianças e os jovens, que elevaram sua auto-estima e aprenderam a respeitar o próximo".

O grupo Cecof Street Dance, que faz parte do projeto Novo Rumo, foi campeão do VI Festival Litoral Dance em 2003, segundo lugar no campeonato de Águas de Lindóia e obteve, no ano passado, a terceira colocação no Festival de Dança de Joinvile.

Atualmente, a Secretaria de Cidadania e Ação Social (Secias) possui nove centros de convivência, atendendo cerca de 2.500 crianças e adolescentes entre 7 e 17 anos, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas. O trabalho desenvolvido nesses locais é um complemento do conteúdo apresentado em sala de aula.

O Cecof Novo Rumo fica na Rua Helvétia, 162, no Jóquei Clube.

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