Em princípios de 1913, foi montado um bonde irrigador,
para limpeza e lavagem das ruas, que depois passaram a ser dois. Esses bondes eram obrigatórios, por determinação contratual.
Garagem da Cia.City no sopé do Monte Serrat, na Vila Mathias, em 1911
Em 1912, a City começou a construir seus próprios bondes em Santos, nas oficinas da Vila
Mathias, construindo também, nesse ano, uma locomotiva elétrica, a primeira a ser fabricada no Brasil.
Em 1930, os bondes já circulavam pela Ponta da Praia
Em 1928, a S. Paulo Trailway, Light and Power Co. Ltd. adquiriu o controle acionário
da City of Santos Improvements Co. Ltda.
No ano de 1931, começou a construir carros grandes (de 60 lugares), iguais aos
importados. Os primeiros carros foram os de nº 218, 220 e 222 e nº 176, 178, 180 e 182, isto em 1929.
Esses bondes, com motores de maior potência, permitiram o aproveitamento dos
primitivos carros de tração animal, utilizando-os como reboques, pois eram utilizados com simples engates acoplados aos bondes elétricos, nas linhas
ou horários de maior movimento. Os reboques permaneceram em uso, praticamente, até os últimos dias dos bondes em Santos.
Em 1934, o bonde 2 com o reboque em que se pagava meia passagem,
na Praça da Independência, em Santos
Articulados - Em 1940, a Cia. City lançou os bondes articulados, aproveitando os
antigos pequenos bondes abertos, fechando-os e juntando-os como duas unidades articuladas (no mesmo sistema dos vagões dos trens) e com isso
conseguiram um veículo de maior capacidade de transporte, com um único motorneiro (o que dirigia o bonde). Essas unidades eram pintadas de
creme-amarelinho, bonitos, e tinham grande freqüência, pois eram preferidos pelas famílias e principalmente pelas crianças.
Bonde articulado trafega entre as praias do Gonzaga e do Boqueirão
Ainda em 1940, a City deixa de construir bondes em sua oficina da Vila Mathias devido
à falta de material, em conseqüência da 2ª Guerra Mundial. Em 4 de janeiro de 1942, é inaugurado, em Santos, o serviço de anúncios nos bondes, tanto
internamente como por fora, cuja concessionária, para essa promoção, era a Cia. Interestadual de Propaganda. Inicialmente os anúncios nos bondes,
principalmente os externos, motivaram bastante desagrado popular, pois aqueles quadros colocados na frente, atrás e nas laterais dos bondes enfeavam
os veículos que, muito bem cuidados pela City, tinham um visual muito agradável.
Veja o declínio da City, o período da municipalização e o
fim dos bondes |