Clique aqui para voltar à página inicialhttp://www.novomilenio.inf.br/santos/h0456d.htm
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 07/06/13 23:08:04
Clique na imagem para voltar à página principal
HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - Navios diferentes
Embarcações curiosas visitam o porto (3)

Leva para a página anterior

Porto de centenária significação mundial, Santos tem recebido ao longo do tempo a a visita dos mais diversos tipos de navios, curiosos por sua estrutura ou mesmo pela sua funcionalidade. O veleiro-escola Cisne Branco, da Marinha do Brasil, é constante frequentador das instalações portuárias santistas. Sua presença em uma das escalas foi assinalada nesta matéria do jornal santista A Tribuna, em um domingo, 3 de julho de 2011, página C-6 (seção Porto & Mar):

O Cisne Branco ficará atracado no Cais da Marinha, sede da Capitania dos Portos de São Paulo, entre os armazéns 27 e 29 do Porto

Foto: Alberto Marques, em 23/7/2003, publicada com a matéria

A graça do Cisne Branco, de volta ao cais santista

Veleiro da Marinha retorna nesta quarta-feira

Lyne Santos

Da Redação

Os enormes navios cargueiros, capazes de carregar milhares de contêineres ou porões lotados de açúcar ou soja, deixarão de ser as grandes estrelas do Porto de Santos a partir da próxima quarta-feira. nesse dia, e até domingo que vem, a prima-dona do maior porto da América Latina será uma embarcação que não é conhecida por sua capacidade de carga ou passageiros, mas pela beleza e pelo papel que desempenha, como principal representante da Marinha do Brasil no exterior, o navio-veleiro Cisne Branco.

A embarcação ficará atracada no Cais da Marinha, entre os armazéns 27 e 29. E, de quinta a sábado, das 14 às 17 horas, estará aberta ao público. A entrada será gratuita.

Com 32 velas, o Cisne Branco foi construído com base nos projetos dos últimos clippers, navios longos e estreitos fabricados no século passado, com a missão de superar a lentidão das antigas embarcações com propulsão à vela. Os clippers foram planejados para carregar pequenas cargas ou volumes, além de passageiros.

O Cisne Branco foi construído na Holanda para participar da travessia comemorativa dos 500 anos do Descobrimento do Brasi. Sua viagem inaugural começou em 9 de março de 2000, em Lisboa, Portugal, e terminou em 22 de abril no litoral da Bahia, em Porto Seguro. O trajeto foi o mesmo feito pelo navegador Pedro Álvares Cabral em 1500.

Quem viaja em veleiros como o Cisne Branco garante que a experiência é inesquecível. É o que afirma o diretor-presidente da Praticagem de Santos, Fabio Mello Fontes. Ele esteve a bordo do navio-veleiro Guanabara por um mês, na época em que era aluno da Marinha. No Cisne Branco, Fontes atuou como prático, sendo responsável por manobrar a embarcação. "É um navio confortável e moderno, que guarda a tradição dos veleiros do século 19. O contato com a natureza, a navegação ao vento, quem fez (a viagem) nunca esquece. Podem passar 30 ou 40 anos que sempre vai lembrar", afirmou o prático mais antigo da região.

O desenho do casco, as velas (com um total de 2.195 metros quadrados) e o conjunto de cordas que as movimenta são algumas das características do veleiro que deverão chamar a atenção dos visitantes, afirma Fontes. "É o navio mais bonito da Marinha do Brasil. É uma obra-prima de engenharia", observou.

Inesquecível

"Quem fez (a viagem no Cisne Branco) nunca esquece. Podem passar 30 ou 40 anos que sempre vai lembrar"

Fábio Mello Fontes, diretor-presidente da Praticagem de Santos

Características - Com 76 metros de comprimento, o Cisne Branco viaja, na maior parte do tempo, graças à força do vento. O motor é utilizado apenas quando as condições climáticas são desfavoráveis ou em situações específicas, como na entrada e na saída dos portos.

Segundo o capitão-tenente Rogério Almeida Gomes Ferreira, um dos 52 integrantes da atual tripulação da embarcação, o veleiro atinge maior velocidade, de 17,5 nós (31 km/h), quando está navegando somente com as velas.

Para o militar, um dos diferenciais do Cisne Branco é o trabalho manual e em equipe realizado pelos oficiais. "Os cabos do convés são laborados manualmente e a manutenção dos acessórios do convés, também, o que dá bastante trabalho. Normalmente, a tripulação toda se reúne em um esforço comum. Em outros navios, o trabalho costuma ser compartilhado", ressaltou.

Nesse sentido, Ferreira explicou que, no processo de seleção da tripulação, é feito um teste de subida no mastro - os oficiais precisam subir lá para manipular as velas. O mastro grande tem 46,6 metros de altura, o equivalente a um prédio de aproximadamente 15 andares. "Utilizamos um cinto de segurança para subir e, já na seleção, eles verificam se a pessoa tem medo de altura".

O conforto e a moderna tecnologia do veleiro foram destacados por Ferreira. Segundo o capitão-tenente, todos os tripulantes ficam em camarotes com banheiro. "O veleiro conta com GPS e carta digital, contrastando com a manobra que era feita antigamente". O navio não é todo de madeira: o casco e o mastro são de aço. Apenas o convés é em madeira.

CARACTERÍSTICAS E CURIOSIDADES - O mastro principal tem 4,6 metros de altura, equivalente a um prédio de 15 andares. O casco e os mastros são feitos de aço. Somente o convés é de madeira. O Cisne Branco atinge velocidades de 17,5 nós (31 km/h) só com suas velas e 11 nós (20 km/h) se utilizar apenas seu motor. O veleiro conta com um aparelho de dessalinização, que transforma água salgada em água doce, estratégico para longas viagens. O veleiro da Marinha possui duas moedas de cem réis do ano de 1936, com a imagem do Almirante Tamandaré, seguindo uma antiga tradição naval grega. O Cisne Branco possui a bordo uma imagem de Nossa Senhora da Boa Esperança, semelhante à que Cabral trazia em suas caravelas, na viagem do Descobrimento do Brasil, em 1500

Infográfico publicado com a matéria

Curiosidades - Legítimo representante do Brasil no exterior e utilizado na formação de oficiais e praças, o Cisne Branco mantém tradições navais antigas e curiosas. Uma delas se refere a uma moeda de 100 réis, de 1936, com o busto do Almirante Tamandaré (patrono da Marinha), que foi doada pelo almirante-de-esquadra Arlindo Vianna Filho (chefe do Estado-Maior da Armada em 2000, quando o Cisne Branco foi incorporado à Marinha). Ela está cravada sob o pé do mastro principal. Uma réplica está fixada na área interna do veleiro.

"A moeda faz referência a uma lenda grega, em que uma moeda era utilizada como pagamento a figura mitológica, que fazia o transporte das almas dos tripulantes ao paraíso", explicou Ferreira.

O oficial citou ainda que o veleiro navega com uma imagem de Nossa Senhora da Boa Esperança, semelhante à que o navegador português Pedro Álvares Cabral trouxe em suas caravelas na viagem do Descobrimento do Brasil, em 1500. "A réplica foi doada ao navio por portugueses", explicou o capitão-tenente.

A ORIGEM DO NOME - O veleiro recebeu seu nome devido aos primeiros versos da música Cisne Branco ("Qual cisne branco que em noite de lua/vai deslizando num lago azul,/O meu navio também flutua/nos verdes mares de Norte a Sul"), o hino da Marinha do Brasil, que também é chamado de Canção do Marinheiro

Foto publicada com a matéria

O mesmo jornal A Tribuna registrou, na quinta-feira seguinte, 7 de julho de 2011, página C-6 (seção Porto & Mar):

Vindo do Litoral Norte, veleiro da Marinha chegou ao Porto de Santos no final da tarde de ontem

Foto: Vanessa Rodrigues, publicada com a matéria

Cisne Branco já pode ser visitado

Veleiro da Marinha retorna nesta quarta-feira

Da Redação

Uma das mais belas embarcações da Marinha do Brasil, o veleiro Cisne Branco está aberto à visitação pública de hoje até o próximo sábado, sempre das 14 às 17 horas. Ele está atracado no Cais da Marinha, sede da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), entre os armazéns 27 e 29 do cais santsita, nas proximidades da Bacia do Estuário. A entrada é gratuita.

Em viagem de representação, o Cisne Branco estava no Porto de São Sebastião, no Litoral Norte do Estado, desde o início do mês. Ele deixou a região ainda ontem, às 8h30, com destino a Santos.

Na embarcação, a população poderá conhecer toda a área do convés, onde estão o leme e os quatro mastros (os três verticais e o da proa, que é inclinado). Haverá militares para orientar os visitantes e tirar eventuais dúvidas sobre a operação do veleiro.

Para visitar o navio, a Marinha orienta que as mulheres usem sapatos baixos (sapatos de salto não são recomendados devido às escadas existentes no convés).

O Cisne Branco ficará em Santos até segunda-feira. Na noite de domingo, ele receberá o comandante da Marinha, o almirante-de-esquadra Júlio Soares de Moura Neto, que estará visitando a baixada Santista.

Veja e ouça:
Canção do Marinheiro ("Cisne Branco"), música do primeiro-sargento do Exército Antonio Manoel do Espírito Santo e letra do segundo-tenente reformado da Marinha Benedito Xavier de Macedo - arquivo MP4 com 4'33" (17,5 MB), divulgado pela Marinha do Brasil (acesso: 10/6/2013) - clique >>aqui<< ou na imagem abaixo para obter o arquivo:

Clique na imagem para obter o arquivo em formato MP4

Qual cisne branco que em noite de lua
Vai deslizando num lago azul.
O meu navio também flutua
Nos verdes mares de Norte a Sul.

Linda galera que em noite apagada
Vai navegando num mar imenso
Nos traz saudades da terra amada
Da Pátria minha em que tanto penso.

Qual linda garça que aí vai cruzando os ares
Vai navegando
Sob um belo céu de anil
Minha galera
Também vai cruzando os mares
Os verdes mares,
Os mares verdes do Brasil.

Quanta alegria nos traz a volta
À nossa Pátria do coração
Dada por finda a nossa derrota
Temos cumprido nossa missão.

Canção do Marinheiro  e o veleiro Cisne Branco em Santos - Apresentação PowerPoint formatada por "Reginaldo Repres." e enviada a Novo Milênio pelo despachante aduaneiro e cartofilista Laire José Giraud em 1º de maio de 2012 - clique >>aqui<< ou na imagem abaixo para obter o arquivo (7,48 MB):

Clique na imagem para obter o arquivo em formato PowerPoint

Leva para a página seguinte da série