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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS
Caça à raposa... em Santos?

Pois é. Esporte típico da Inglaterra, e que quase não chegou ao século XXI, por ter sido condenado pelas associações protetoras dos animais, a caça à raposa já foi realizada até mesmo em Santos, como registrou o jornal santista A Tribuna, em 29 de abril de 1941 (ortografia atualizada nesta transcrição):


O desfile dos concorrentes, à partida do clube
Imagem: reprodução parcial da matéria original

Caça à raposa no Clube Hípico de Santos

Caio Ribeiro e Darcy Stockler, os 1º e 2º colocados

Alcançou sucesso a "Caça à raposa", levada a efeito pelo Clube Hípico de Santos, na manhã de domingo último, prova executada em cumprimento ao calendário esportivo organizado para o corrente ano.

Reunidos na pista do clube, às 19,30 horas, partiram os cavaleiros em formação de desfile, rumo ao local onde deveria ser realizada a caçada.

Belo aspecto apresentava esse desfile, no qual tomaram parte várias amazonas e cavaleiros do clube e cujos nomes damos a seguir: sras. Suzana Wysling, Lourdes Battendieri, Helena Castro, Lourdes Q. S. Stockler e Úrsula Syrdhal; senhorinha Baskerville; srs. Robert E. Barhman, Caio Ribeiro, Darcy Stockler, Carlos Wysling, João Alves Toledo, Hugo Battendieri, Atabalipa Castro, Ilo Feliciano da Silva, F. Palmeira Martins, René Baccarat, João G. Corvello, F. W. Baskerville e Olav Syrdhal.

Chegados ao local de partida, o "Master" deu o sinal convencionado, sendo então iniciado o percurso, que era de cerca de 2 quilômetros sobre 17 obstáculos naturais, barrancos, valas, cercas, muros etc. Os cavaleiros seguiam a raposa a uma distância de cerca de 20 metros até atingir o último obstáculo, onde foi dado o sinal de "Caça livre", seguindo-se, então, a segunda parte da prova, caracterizada pela perseguição à raposa.

Nessa ocasião, em lances interessantes, a raposa, procurando evitar ser apanhada pelos caçadores, saltava obstáculos, fazia voltas, subia e descia barrancos, seguida de perto pelos cavaleiros que entre si disputavam a "caça". Há uma queda, felizmente sem conseqüências. Logo depois, dois cavaleiros, procurando cercar a "raposa", chocam-se violentamente, sem, entretanto, ter resultado qualquer acidente.

Ao fim de alguns minutos, o sr. Caio Ribeiro, montando "Xacarera", consegue aproximar-se e arrancar do braço do capitão Concistré a cauda da raposa, que simbolizava a caça, vencendo, assim, a prova. Foi, então, reiniciada a caçada para a disputa do 2º lugar, tendo vencido, desta vez, o sr. Darcy Stockler, montando "Marú".

Teve esta prova a assistência de grande número de pessoas, que acompanhou com bastante interesse os seus lances.

De volta ao clube, foi servido um aperitivo a todos os presentes, efetuando-se, nessa ocasião, a entrega do prêmio ao vencedor, o que foi feito pela sra. Aurélia Concistré, esposa do cap. Oscar Luís Concistré.

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