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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - RECREIO
A história do Recreio (4)

Cena final foi escrita em 2006
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Encalhado em 1971 na praia santista da Ponta da Praia, o navio Recreio afundou na areia e ali ficou por mais de 30 anos, até seus destroços serem finalmente removidos pela Prefeitura. Foi um processo demorado, assim registrado em 10 de agosto de 2006 pelo jornal santista A Tribuna, nas edições impressa e eletrônica:
 


NAVIO-FANTASMA. E PERIGOSO - Com a maré baixa, ontem, restos do navio Recreio emergiram na Ponta da Praia. Prefeitura deve avaliar remoção de parte dos destroços
Foto: Walter Mello, publicada com a matéria

Restos de navio sairão da praia

Marcos Mojica

Da Redação

Confirmando-se a tendência de maré baixa, técnicos da Secretaria de Serviços Públicos vão avaliar hoje pela manhã a possibilidade de retirar partes dos destroços do navio Recreio, que está enterrado nas areias da Ponta da Praia.

A embarcação encalhou na região há 40 anos, e seus restos motivam constantes reclamações dos freqüentadores do local, por apresentar riscos aos banhistas. Até março passado, a Prefeitura retirou mais de 5 mil quilos do material, inclusive o velho leme.

Entretanto, até hoje o Instituto Carl Hoepcke, de Santa Catarina, e que tem o nome do antigo proprietário da embarcação, aguarda a possibilidade de levar "uma ou duas peças do navio", diz o superintendente do instituto, Max José Müller.

"Esse é talvez o barco mais importante da Companhia Nacional de Navegação Hoepcke (CNNH)", comenta Müller. Para ele, a embarcação faz parte da memória do povo catarinense, pois era através do navio que as pessoas viajavam de Santa Catarina para Santos, Rio de Janeiro e Bahia, além de receber produtos destes portos.

"Não queremos que ele seja vendido como sucata. Pelo contrário, nosso objetivo é expor parte do navio e contar essa história, que faz parte da cultura santista, pois a companhia também mantinha um escritório na Cidade", finaliza Müller.


Se a maré continuar baixa, técnicos vão retirar mais destroços da embarcação encalhada há 40 anos
Foto: Walter Mello, publicada com a matéria


Charge do cartunista Padron,  publicada na página 4 da mesma edição do jornal (30/8/2011), referindo-se também ao projetado túnel entre Santos e Guarujá

Exatamente três anos antes, em 30 de agosto de 2008, o Diário Oficial de Santos publicava, na página 8:


Equipamento encalhado há mais de 30 anos e com uma tonelada foi retirado com auxílio de escavadeira
Foto: Marcelo Martins, publicada com a matéria

Removido leme do navio Recreio na Ponta da Praia

O leme do navio Recreio, embarcação encalhada na Ponta da Praia há mais de 30 anos, foi removido pela prefeitura na manhã de ontem, após meses de trabalho no corte da peça.

Aproveitando o bom tempo e a maré baixa, técnicos da Terracom, empresa que faz o serviço, sob supervisão da Semam (Secretaria de Meio Ambiente), utilizaram escavadeira, pá-carregadeira e um caminhão bomba-vácuo (aspirador) para remover o leme, com peso estimado em uma tonelada.

A retirada dos destroços do navio, de cerca de 60 metros de extensão, prosseguirá conforme as condições climáticas. De acordo com a Semam, estima-se que ainda existam partes da embarcação a quase dois metros de profundidade, o que aumenta a dificuldade.

Além do leme, até o momento já foram removidas cerca de 6 toneladas de destroços, entre chapa, pedaços de madeira, tubulação, restos de cordas, tanques e até uma garrafa de refrigerante.

em 30 de agosto de 2008, o Diário Oficial de Santos publicava, na página 8:


Foto: José Herrera, publicada com a matéria

NAVIO

Retirada de destroços do Recreio é adiada

Devido à forte chuva dos últimos dias, não foi possível continuar a retirada dos destroços do navio Recreio, que na década de 70 encalhou próximo ao Canal 6, na Ponta da Praia. O serviço previsto para ontem foi cancelado. A equipe deve retornar amanhã, às 10 horas, ao local.

Segundo o chefe do Departamento de Políticas e Controle Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente (Semam), Carlos Tadeu Eizo, a dificuldade em avançar com o trabalho deve-se às marés. "Nós só podemos escavar quando a maré recua, mas isso é um fator sazonal, que se altera de acordo com a lua ou quando há uma frente fria que traga chuvas. Às vezes, temos previsão de duas horas de folga da maré, mas quando chegamos conseguimos trabalhar apenas trinta minutos".

A retirada dos destroços precisa ser realizada para evitar acidentes, pois na maior parte do tempo não é possível vê-los pois estão submersos. Para evitar isso, a área foi cercada. Eizo disse que parte dos restos do navio permanecerá sob a areia. "Vamos retirar o máximo possível de material, até que não haja mais perigo para os banhistas".

O trabalho está sendo feito pela Terracom, sob orientação da Semam. Mais de cinco toneladas de chapas grossas de ferro já foram retiradas e a estimativa é de que exista ainda 1,5 metro de restos do casco do navio embaixo da areia.

Naquele ano, em 24 de fevereiro de 2006, o Diário Oficial de Santos publicou, na página 3, a nota:

MEIO-AMBIENTE

Semam coordena mais uma etapa da remoção do Recreio

Amanhã e segunda-feira, por volta das 18 horas, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam) coordenará mais duas etapas da remoção dos destroços do navio Recreio. A embarcação encalhou na década de 70, na Ponta da Praia. Funcionários da Terracom e da Defesa Civil vão realizar o trabalho.

A continuidade do serviço só é possível de acordo com as condições meteorológicas e das marés. O ponto ideal é a maré baixa. Na terça-feira, a partir das 20 horas, também está prevista mais uma etapa de retirada do navio.

A primeira fase teve início em janeiro deste ano (foto). As partes da embarcação que estão sendo recolhidas eram alvo de reclamações, por apresentarem riscos aos banhistas.


Foto: Vagner Dantas, publicada com a matéria

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