Clique aqui para voltar à página inicialhttp://www.novomilenio.inf.br/santos/h0300q10.htm
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 12/09/12 23:54:17
Clique na imagem para voltar à página principal
HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - SANTOS EM...
1959 - por Popular Mechanics

"Um típico homem de negócios paulista envia a família para Santos para o inverno e se junta a ela nos fins de semana"... Mas ferva a água de beber!

Uma descrição do Brasil, com ênfase em São Paulo e mostrando também Cubatão e Santos foi publicada na revista Popular Mechanics, volume 112, número 4, de outubro de 1959, editada em Chicago, Illinois/EUA. Assinada por Thomas E. Stimson Jr., a matéria se estendeu pelas páginas 122 a 128 e incluiu ainda as páginas 299 e 300. A tradução do inglês foi feita por Novo Milênio, que agradece ao internauta Emilio Sérgio Pechini pela indicação deste material (acesso em 9/12/2012):


Imagem: reprodução da página 122 da revista, com vista aérea da capital paulista

São Paulo - A Chicago Detroit latina

Por Thomas E. Stimson, Jr.

Se você pudesse levar um norte-americano para a cidade de São Paulo no Brasil e depois lhe perguntasse em que lugar no mundo ele estava, as chances são de que sua resposta seria algo assim:

"Em algum lugar nos Estados Unidos, eu acho. Provavelmente, na Califórnia. Eu não reconheço estes belos edifícios, mas eles são muito novos e modernos no estilo, e as pessoas, lojas e tráfego parecem todos familiares".

Assemelhando-se a uma típica cidade norte-americana em mais de uma forma, São Paulo tem sido muitas vezes chamada de Chicago da América do Sul. Do ponto de vista climático é mais como Los Angeles. Mas a sua indústria automobilística em expansão em breve poderá brindar São Paulo com o nome de "Detroit Latina".

Instalações da Willys-Overland (e seu sedan criado em 1955), da Fiat e da Daimler-Benz

Fotos: reproduções da página 123 da revista

Automóveis de linhas tanto europeias como norte-americanas estão a caminho de um boom no Brasil. Um veículo com cinco anos de idade custa tanto como um carro novo nos Estados Unidos, principalmente por causa das taxas de importação elevadas. Esta filosofia de governo tem a intenção de estimular a produção nacional, e a ideia está funcionando.

Fabricantes estrangeiros estão se mudando para a região de São Paulo com dinheiro e experiência e ergueram montadoras que já estão produzindo. A Ford está construindo caminhões em São Paulo. No bairro periférico de São Bernardo do Campo, a Willys-Overland produz jipes, a Volkswagen está completando uma nova fábrica, a Simca já está em operação e a Mercedes-Benz produz tanto carros de passeio como caminhões e vem ampliando suas plantas industriais. A Chevrolet e a International Harvester estão construindo caminhões também em outras localidades próximas.

Rampa de acesso em concreto do edifício Verde Mar, em Santos

Fotos: reproduções da página 124 da revista

Essas montadoras esperam produzir 250.000 veículos em 1960. Não é um dado impressionante? Não, até você perceber que não havia mais do que 750 mil veículos automotores em todo o Brasil há um ano. Para os próximos anos, os números da produção têm elevação exponencial.

Como exemplo disso, a Willys-Overland do Brasil, tão logo começou sua produção, descobriu que não seria capaz de acompanhar a demanda. Resultado: outra área, de meio milhão de pés quadrados, está sendo criada às pressas para a conclusão, incluindo uma indústria laminadora, uma planta industrial de transmissão e edifícios de armazenamento, além de instalações de refeitório, hospitalares e administrativas. Com estas novas instalações, será possível produzir 104 jipes, 62 peruas Jeep e 84 carros de passeio por dia. Este carro de passeio é baseado na relativamente pequena Willys sedan de quatro portas, que começou a ser produzida nos Estados Unidos em 1955. Ele vai competir com os carros europeus no mercado sul-americano.

Entrada de um clube privado paulistano e vista do trampolim de sua piscina

Fotos: reproduções da página 124 da revista

Há alguns estranhos paradoxos nesta cidade em rápido crescimento. Não é um centro turístico, mas há cerca de 4 mil norte-americanos na cidade. O Brasil é rico em ferro e carvão, mas um olhar de raios-X para aqueles arranha-céus, o orgulho de São Paulo, mostra que quase nenhum tem um esqueleto de aço. Muitos são de concreto armado.

Outra esquisitice, e uma das razões para o boom industrial de São Paulo, é a sua energia elétrica abundante. Inteligente engenharia aproveitou uma situação topográfica única: rios que se originam a apenas alguns quilômetros do Atlântico fluem para o interior em vez de desaguarem diretamente para o oceano. Isto porque na costa atlântica, a apenas 40 quilômetros a Leste da cidade, o solo se ergue abruptamente em um penhasco escarpado mais de 3 mil pés acima do nível do mar, e em seguida se inclina para baixo em direção ao interior.

Vale do Anhangabaú: "Rua central em São Paulo mostra estacionamentos, árvores alinhadas, calçadas, tão bem planejadas como as vias separadas"

Foto: reprodução da página 125 da revista

Para obter eletricidade, os engenheiros inverteram o fluxo de um rio por um sistema de barragens e usinas de bombeamento e formaram um canal para levar a água de um grande rio que a ele se junta. Agora, a água desviada flui para o Leste, sendo guardada em reservatórios. Dos reservatórios, mergulha para o nível do mar, e em sua queda faz girar as turbinas da maior usina de força da América do Sul.

A maior parte da energia é gerada no subsolo na segunda maior usina geradora subterrânea no mundo. A caverna de força, cortada na rocha sólida, tem 395 metros de comprimento e 130 metros de altura, contendo seis grupos geradores de mais de 65.000 quilowatts cada. A capacidade total da planta de Cubatão é de 864.000 quilowatts.

"Grandes edifícios de escritórios em construção refletem a tendência brasileira de arquitetura em concreto reforçado"

Foto: reprodução da página 125 da revista

Menos familiar para os norte-americanos do que o Rio de Janeiro, São Paulo é a maior cidade do Brasil e o maior centro industrial da América Latina; sua população de 3,2 milhões só é superada em toda a América Latina pela Cidade do México e por Buenos Aires. O estado de São Paulo, da qual a cidade é a capital, tem aproximadamente o tamanho do Arizona, e cerca de 10 milhões de habitantes. Principal estado agrícola no Brasil, São Paulo produz 45 por cento de café do país, 60 por cento do algodão e uma alta porcentagem de açúcar de cana, batata, cítricos e bananas.

Meia dúzia de cidades de 100.000 habitantes se situam dentro de um raio de 60 quilômetros da cidade de São Paulo, e nesses subúrbios industriais há diversas indústrias como as de vidro e cerâmica, rayon, plásticos, refrigeração, pintura e produtos farmacêuticos. Esta cidade dinâmica e seus satélites produzem um terço da renda nacional e pagam 43 por cento do imposto de renda do Brasil.

Os paulistas se gabam de que sua cidade usa 40 por cento da eletricidade industrial do Brasil, produz 46 por cento do produto industrial nacional, é a capital bancária do Brasil, tem três universidades, quatro estações de televisão, e em seus arredores estão 40 por cento dos jornais do Brasil e 44 por cento das estações de rádio.

Cobertura do edifício "Verde Mar", em Santos

Foto: reprodução da página 126 da revista

De 1940 a 1950, São Paulo foi a cidade que mais cresceu no mundo e nada indica ainda que tenha começado a desacelerar. A indústria está se expandindo mais de 10 por cento ao ano. Novas casas estão sendo concluídas a cada seis a oito minutos. Brotam no horizonte da cidade novas formas a cada vez que você olhar para ele.

E todos os arranha-céus de 20 e 30 andares têm molduras de concreto armado (colunas de concreto e vigas de aço liso derramado em torno, reforçando varas de 1/2 a 1 1/2 polegadas de diâmetro) com paredes de cortina de tijolo ou telha oca. Um edifício de 45 andares utilizando essa técnica está em construção, um edifício de 56 andares é planejado. Sem vigas de aço. Por quê?

Engenheiros visitantes dificilmente podem acreditar em seus olhos, quando  inspecionam uma cobertura sobrecarregada de concreto armado sólido com apenas cinco centímetros de espessura, suspensa 10 pés sobre uma calçada. Ou uma coluna de canto para um edifício de escritórios que não é nem redondo ou quadrado, mas 7 1/2 por 36 polegadas, uma forma projetada para fornecer mais espaço no interior.

Aqui está a explicação. Dr. Oscar Niemeyer, destacado arquiteto brasileiro, estudou concreto reforçado com o famoso Corbusier em Paris durante os anos 20, viu que era ideal para as condições do Brasil e propôs a Le Corbusier fundar uma escola lá. Essa influência teve uma reação em cadeia. Com aço caro e difícil de obter e nenhum problema em particular com terremotos, o concreto armado se tornou padrão.

Usina Henry Borden, em Cubatão

Foto: reprodução da página 126 da revista

O Brasil ainda é um país importador de aço, apesar do fato de que, provavelmente, um quinto do melhor minério de ferro do mundo está localizado no estado de Minas Gerais, Norte do Rio de Janeiro. No Sul do Brasil são as reservas de carvão estimadas em cinco milhões de toneladas. Carvão e minério são reunidos em Volta Redonda, perto do Rio, na maior usina siderúrgica da América Latina. A produção de aço, que foi recentemente elevada para 2 milhões de toneladas por ano, está sendo aumentada ainda mais, porém a demanda é tão grande que a importação deve continuar pelos próximos anos.

Onde há automóveis, são necessárias boas estradas, mas apenas uma pequena percentagem das 200 mil milhas brasileiras de estradas é pavimentada. Um programa de melhoria está em andamento e vários milhares de milhas de estradas estão sendo pavimentados a cada ano, e está sendo iniciada uma rede de autoestradas com pedágio. As estradas não melhoradas são uma das razões para a popularidade do jipe, que é usado até mesmo para o serviço de táxi em algumas áreas rurais.

Devido à falta de boas estradas, o Brasil depende fortemente do transporte aéreo e tem a fama de ser o segundo, atrás apenas dos Estados Unidos em volume de tráfego aéreo. Isso apesar do fato de que os voos em muitas rotas terminam antes do escurecer por falta de radioajudas de tráfego aéreo e de instalações para aterrissagem noturna.

O principal aeroporto de São Paulo é o mais movimentado do Brasil, um dos poucos equipados para operações noturnas, e é servido por 25 companhias aéreas, das quais 14 operam voos internacionais. Este único aeroporto lida com cerca de 8 mil voos regulares comerciais por mês, transportando 100 mil passageiros e 4 milhões de libras de carga.

Jardim em apartamento de cobertura com graciosa obra decorativa abstrata, um guarda-sol em vigas de concreto

Foto: reprodução da página 127 da revista

Porto marítimo 40 milhas distante

Quarenta milhas distante de São Paulo fica seu porto, Santos, o mais movimentado do Brasil. Mais de 5.000 navios oceânicos escalam o porto anualmente, com mais de 8 milhões de toneladas de carga. As cidades foram primeiro ligadas por ferrovia, mais recentemente por uma estrada de alta velocidade em duas pistas.

Dutos sobem a escarpa costeira levando para São Paulo óleo combustível e gasolina, antes movimentados por trem, mas a ferrovia quase nem nota a perda deste negócio. Está tão ocupada que tem colocado de volta em serviço algumas das antigas locomotivas a lenha que antigamente rebocavam os comboios por suas linhas. Nos trilhos, mesmo hoje, você pode ver modernos equipamentos a diesel, locomotivas a vapor convencionais e os primitivos de carvão, todos em atividade.

São Paulo pode ser frio e úmido no inverno, enquanto ao nível do mar Santos goza de um clima tropical o ano inteiro e por isso tornou-se, com as suas comunidades praianas adjacentes, uma área de recreio por todo o ano. Um típico homem de negócios paulista envia a família para Santos para o inverno e se junta a ela nos fins de semana.

A natureza cosmopolita de sua população é uma das razões para a sua vitalidade. São Paulo começou como uma missão jesuíta em 1553, tornou-se uma aldeia em 1660, alcançou o status de cidade em 1711. Começando por volta de 1870, ondas de imigrantes da Itália, Alemanha, Japão, Espanha e Portugal se mudaram para essa área. Uma pequena porcentagem veio dos Estados Unidos, um número de famílias sulistas que se deslocam para São Paulo após a Guerra Civil. O paulista hoje é descrito como altamente laborioso, individualista e independente.

"Vista a partir do telhado de um alto prédio de apartamentos mostra muralhas de janelas e canteiros para plantio previstos para os inquilinos"

Foto: reprodução da página 127 da revista

Os 4.000 cidadãos norte-americanos residentes em São Paulo são em sua maioria funcionários de empresas dos Estados Unidos que investiram um bilhão de dólares na indústria local. A Câmara Americana de Comércio de São Paulo tem 40 anos de idade. O diretor de Economia do Consulado Americano em São Paulo responde a perguntas sobre as condições de vida e oportunidades de comércio.

Potenciais emigrantes para o Brasil devem se lembrar que embora alguns brasileiros falem inglês e espanhol, o português é a língua comum. E eles devem saber que a inflação é hoje um problema, que os recém-chegados podem achar que é difícil fazer face às despesas com uma renda que possa ser considerada adequada nos Estados Unidos. Uma empresa de serviços públicos, por exemplo, teve de conceder aos seus empregados um aumento salarial de 35 por cento no ano passado.

Parte do Edifício Sobre as Ondas, no Guarujá, em concreto reforçado

Foto: reprodução da página 128 da revista

Um folheto informativo para os iniciantes tem outras palavras de cautela: é mais seguro ferver a água de beber. Lavar verduras com produtos químicos antes de cozinhar. Transporte de ônibus em São Paulo, às vezes na hora do rush representa ficar de pé na fila durante uma hora. A energia elétrica em áreas residenciais, anunciada como 110 volts, pode oscilar entre 90 e 135 volts. A pressão da água é variável. E você pode esperar um ano para ter um telefone instalado.

Mas estas são dores de crescimento de uma cidade em crescimento. São Paulo e o próprio Brasil estão crescendo tão rápido que nem tudo pode manter o ritmo. Mas é um ritmo progressivo, e São Paulo está correndo em um futuro dinâmico.

Ferry-boat entre as duas margens do Estuário, entre Santos e Guarujá

Foto: reprodução da página 128 da revista

Sao Paulo - The Latin Chicago Detroit
By Thomas E. Stimson, Jr.

If you could whisk a North American to the city of Sao Paulo in Brazil and then ask him where in the world he was, chances are his reply would be something like this:

"Somewhere in the United States, I think. Probably in California. I don't recognize these beautiful buildings but they're spanking new and modern in style, and the people, stores and traffic all seem familiar."

Resembling a typical North American city in more ways than one, Sao Paulo has often been called the Chicago of South America. From a climatic standpoint it is more like Los Angeles. But its burgeoning automobile industry may soon bring Sao Paulo the name of "the Latin Detroit".

Automobiles of both European and North American lineage are on their way to a boom in Brazil. A five-year-old car costs as much as a new car in the United States, chiefly because of high import duties. This government philosophy is intended to spur domestic manufacture, and the idea is working.

Foreign manufacturers are moving into the Sao Paulo area with money and know-how and have erected assembly plants that are already producing. Ford is building trucks in Sao Paulo. In the outlying suburb of Sao Bernardo do Campo, Willys-Overland is building Jeeps, Volkswagen is completing a new factory, Simca is already in operation and Mercedes-Benz is building both cars and trucks and adding to its plant facilities. Chevrolet and International Harvester are building trucks at still other nearby locations.

These assembly plants expect to turn out 250,000 vehicles in 1960. Not an impressive figure? Not until you realize that there were no more than 750,000 automotive vehicles in all of Brazil a year ago. From next year onward the production figures will spiral up. As an indication of this, Willys-Overland do Brasil no sooner had begun production than the company found it would not be able to keep up with demand. Result: Another half-million square feet of new space is being rushed to completion, including a press plant, axle and transmission plant, and storage buildings in addition to a cafeteria, hospital and administration offices. With these new facilities it will be possible to produce 104 Jeeps, 62 Jeep station wagons and 84 passenger cars per day. This passenger car is based on the relatively small four-door Willys sedan which was last built in the United States in 1955. It will compete with the European cars in the South American market.

There are some strange paradoxes in this fast-growing city. It is not a tourist center, but there are some 4000 North Americans in town. Brazil is rich in iron and coal, yet an X-ray look at those skyscrapers, the pride of Sao Paulo, would show that almost none has a steel skeleton. More are of reinforced concrete.

Another oddity, and one reason for Sao Paulo's industrial boom, is its plentiful power. Clever engineering has taken advantage of a unique topographical situation: Rivers that originate only a few miles from the Atlantic flow inland instead of draining directly into the ocean. This is because at the Atlantic coast just 40 miles east of the city the ground rises abruptly in a cliff-like escarpment from sea level to more than 3000 feet, then slopes downward toward the interior.

To develop power, the engineers reversed the flow of one river by a system of dams and pumping plants and used it as a canal to draw water from a larger river that it joins. Now the diverted water flows eastward, is impounded in reservoirs. From the reservoirs it plunges down to sea level, in its fall spinning the turbines of the largest powerhouse in South America. Most of the power is developed underground in the second-largest underground generating plant in the world. The power cavern, hewn from solid rock, is 395 feet long and 130 feet high, contains six generator sets of more than 65,000 kilowatts each. Total capacity of this Cubatao plant is 864,000 kilowatts.

Less familiar to North Americans than Rio de Janeiro, Sao Paulo is Brazil's largest city and Latin America's greatest industrial center, its population of 3,200,000 being surpassed in all Latin America only by Mexico City and Buenos Aires. The state of Sao Paulo, of which the city is capital, is about the size of Arizona and has some 10 million inhabitants. Principal agricultural state in Brazil, Sao Paulo produces 45 percent of the country's coffee, 60 percent of its cotton and large percentages of sugar cane, potatoes, citrus and bananas.

Half a dozen cities of 100,000 population lie within a 60-mile radius of Sao Paulo city and in these industrial suburbs are such diverse industries as glass and ceramics, rayon, plastics, paint, refrigeration and pharmaceuticals. This one dynamic city and its satellites produce one third of the national income and pay 43 percent of Brazil's income taxes. The Paulistas boast that their city uses 40 percent of Brazil's industrial electricity, produces 46 percent of the national industrial product, is the banking capital of Brazil, has three universities, four TV stations, and in its environs are 40 percent of the newspapers of Brazil and 44 percent of the radio stations.

From 1940 to 1950 Sao Paulo was the fastest-growing city in the world and it hasn't begun to slow down yet. Industry is expanding more than 10 percent per year. New homes are being completed every six to eight minutes. The downtown skyline sprouts new shapes every time you look at it.

And all those 20 and 30-story skyscrapers have frames of reinforced concrete (concrete columns and beams poured around smooth steel reinforcing rods 1/2 to 1 1/2 inches in diameter) with curtain walls of brick or hollow tile. A 45-story building using his technique is under construction, a 56-story building is planned. No steel beams. Why?

Visiting engineers can hardly believe their eyes when they inspect an overhead canopy of solid reinforced concrete only five inches thick, cantilevered 10 feet over a sidewalk. Or a corner column for an office building that is neither round or square but 7 1/2 by 36 inches, a shape designed to provide more inside space.

Here is the explanation. Dr. Oscar Niemeyer, Brazil's leading architect, studied reinforced concrete under the famous Corbusier in Paris during the 20s, saw that it was ideally suited to conditions in Brazil and arranged for Le Corbusier to found a school there. This influence had a chain reaction. With steel expensive and hard to get and earthquakes no particular problem, reinforced concrete became standard.

Brazil is still a steel-importing country despite the fact that probably one fifth of the world's best iron ore is located in the state of Minas Gerais, north of Rio de Janeiro. In southern Brazil are coal reserves estimated at five billion tons. Coal and ore are brought together at Volta Redonda, near Rio, at the largest steel mill in Latin America. Steel production was recently stepped up to 2 million tons per year, is being increased still more but demand is so great that importation must continue for years to come.

Where there are automobiles, good roads are needed but only a small percentage of Brazil's 200,000 miles of roads are paved. An improvement program is under way and several thousand miles of roads are being paved each year, and a start has been made on a toll superhighway network. The unimproved roads are one reason for popularity of the Jeep, which is even used for taxi service in some rural areas. Lacking enough good roads, Brazil has relied heavily on air transportation and is reputed to be second only to the United States in volume of air traffic. This despite the fact that flights on many routes terminate before dark for want of airway radio aids and night-landing facilities.

Sao Paulo's principal airport is the busiest in Brazil, one of the few equipped for night operations, and is served by 25 airlines of which 14 operate international flights. This one airport handles nearly 8000 scheduled commercial flights per month, carrying 100,000 passengers and 4,000,000 pounds of cargo.


Imagem: reprodução da capa da publicação

Seaport 40 Miles Away

Forty miles from São Paulo is its seaport, Santos, Brazil's busiest. More than 5000 ocean ships clear the port annually with more than 8,000,000 tons of cargo. The cities were first connected by railroad, more recently by a high-speed divided highway. Pipelines climb the coastal escarpment and carry to Sao Paulo the fuel oil and gasoline once moved inland by rail, but the railroad hardly notices this lost business. It is so busy it has put back into service some of the ancient wood-burning locomotives that first hauled trains over its tracks. On the same rails today you are apt to see modern diesel engines, conventional steam locomotives and the early wood-burners all at work.

Sao Paulo may be chilly and damp in winter while sea-level Santos enjoys a year-round tropical climate and so has become, with its adjoining beach communities, a year-long resort area. A typical Paulista business man sends his family to Santos for the winter and joins them on weekends.

The cosmopolitan nature of its population is one reason for its vitality. Sao Paulo began as a Jesuit mission in 1553, became a village in 1660, attained the status of a city in 1711. Beginning about 1870, waves of immigrants from Italy, Germany, Japan, Spain and Portugal moved into the area. A small percentage came from the United States, a number of southern families moving to Sao Paulo after our Civil War. The Paulista today is described as highly industrious, individualistic and independent.

The 4000 North American citizens resident in Sao Paulo are mostly employed by United States companies that have invested a billion dollars in industry here. The Sao Paulo American Chamber of Commerce is 40 years old. The Economics Officer of the American Consulate at Sao Paulo answers inquiries about living conditions and trade opportunities. Prospective emigrants to Brazil should remember that while some Brazilians speak English and Spanish, Portuguese is the common language. And they should know that today inflation is such a problem that newcomers may find it hard to make ends meet on an income that would be considered adequate in the United States. One utility company, for example, had to grant its employees a 35 percent wage increase in the last year.

One information brochure for newcomers has other words of caution: It's safer to boil drinking water. Wash leafy vegetables with chemicals before cooking. Bus transportation in Sao Paulo sometimes finds rush hour queues standing in line for an hour. Electric power in residential areas, advertised as 110 volts, may fluctuate between 90 and 135 volts. Water pressure varies. And you may wait a year to have a telephone installed.

But these are growing pains of a growing city. Sao Paulo and Brazil itself are growing so fast that everything cannot keep up the pace. But it is a progressive pace, and Sao Paulo is racing into a dynamic future.


Imagem: reprodução do frontispício (página 2) da publicação