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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - SANTOS EM...
1969 - pelo Almanaque de Santos

"Santos é uma metrópole regional"

Textos publicados em várias páginas (indicadas junto aos títulos) do Almanaque de Santos - 1969, editado por Roteiros Turísticos de Santos, de P. Bandeira Jr., tendo como redator responsável Olao Rodrigues (exemplar no acervo do historiador Waldir Rueda). Note-se que todos os dados citados consideram ainda como parte do município de Santos o então distrito de Bertioga, que só se emanciparia na década final do século XX:

Aspectos físicos

Acidentes geográficos

Metrópole Regional

Quantos somos

80% saneado o município

Santos tem 30 bairros

Ruas drenadas e pavimentadas

Abastecimento de água em Santos

Consumidores de luz: 140.176

28.802 telefones no Município

Eis a Bertioga

 

Comércio a varejo de Santos é assim

Quanto se constrói por dia em Santos

Santos tem 560 arranha-céus

Indústria e agricultura

Rede bancária: pujança econômica

Porto - história e evolução

O nosso oleoduto

 

Eis o movimento cultural de Santos

60.941 estudantes em Santos

Esportes aqui praticados

Temos 155.198 eleitores

Santos - colégio sindical do Brasil

Quantos veículos licenciados em 67

Vem aí a nova Via Anchieta

Vem aí a Rio-Santos

Praticagem

Este é o potencial médico-hospitalar

Previdência Social

Esta é a terra da Caridade

 


Imagem: capa da publicação, com imagem dos jardins da praia de Santos

[PÁGINAS 7 A 9]

Aspectos físicos

LOCALIZAÇÃO - Santos está localizada no litoral, possuindo as seguintes coordenadas geográficas:

Latitude - S.23º 56' e 26"

Longitude - W. Gr. 46º 19' e 47". distância entre Santos e São Paulo: 55 km pela Via Anchieta e 62 km pela Estrada Velha do Mar. A Anchieta tem 12 km na Baixada, 13 na Serra e 30 no Planalto.

LIMITES - Leste: São Sebastião; Norte - Santo André, Moji das Cruzes e Salesópolis; Oeste - Cubatão e São Vicente; Sul - Oceano Atlântico e Ilha de Santo Amaro (Guarujá).

ÁREA - É de 749 quilômetros quadrados a área total do Município.

ALTITUDE - Junto à divisa do Município de Salesópolis, eleva-se a 1.275 metros. Chegando ao terreno plano, onde se localizam a zona urbana e parte rural, a altitude é de apenas 2 metros, aproximadamente, em relação ao nível do mar.

CLIMA - Santos apresenta clima litorâneo de transição, tanto do ponto de vista das classificações analíticas como das pluviométricas. Localizada sob o Trópico de Capricórnio e banhada pelas águas do Oceano Atlântico, em Santos prevalece o clima quente e úmido, conforme indicam sua temperatura média anual superior a 20º C e pluviosidade elevada, compreendendo entre 2.000-2.500 mm. Santos registra temperaturas máximas extremas de 38º e mínimas inferiores de 10º.

De modo geral, a sucessão do tempo em Santos pode ser assim caracterizada: a) tempo geralmente bom, sob ação do anticiclone do Atlântico; b) perturbação do tempo ocasionada pelos diferentes tipos de frentes; c) ondas de calor provocadas pela incursão de massa equatorial ou tropical-continente; d) ondas frias ocasionadas pelo estabelecimento do anticiclone móvel de origem polar sobre a Baixada Santista. Nos períodos de 1957-1961 e de 1960 a 1965, a média dos anos climatológicos foi a seguinte:

Pressão atmosférica - 1.014,7 mb

Média das máximas - 29,3º C

Média das mínimas - 18,8º C

Média do bulbo seco - 23,5º C

Umidade relativa - 81%

Nebulosidade - 5/8

Precipitação total/média anual - 2.541 mm

Variação da temperatura:

Meses de temperatura mais elevada: dezembro e janeiro

Meses de temperatura menos elevada: junho e julho.

Variação pluviométrica:

Meses de maior índice: fevereiro e março

Meses de menor índice: agosto e setembro

CHUVAS - Segundo estudo in loco elaborado por Elina de Oliveira Santos e publicado em A Baixada Santista, editado pelo Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, em 1965, as chuvas denotam forte concentração nos meses de verão (971 mm de janeiro a março, com o máximo em fevereiro - 301 mm), contrapondo-se à diminuição sensível em 3 meses de inverno (322,6 mm de junho a agosto), atingindo o mínimo em agosto (90,6 mm).

As chuvas começam em setembro e se estendem de outubro a maio, com índices menos superiores a 170 mm, exceção feita a novembro (161 mm). Chove normalmente em Santos, de 2.000 a 2.500 mm, chuvas essas que caem geralmente em 18 dias em janeiro e durante 12 ou 10 dias nos meses de inverno.

No que concerne à gênese das chuvas na Baixada de Santos, ela é a mais variada possível. As chuvas de verão são fortes, torrenciais, mas passageiras. No verão diminuem as chuvas de convecção, provocadas por correntes convectivas que formam nuvens cumuliformes e tempestades locais, com relâmpagos e trovões.

VENTOS - Em Santos, na maior parte do ano, domina a calma, constituindo-se ventos prevalecentes o vento S e o vento E, oriundos, respectivamente, do anticiclone polar e do anticiclone atlântico. Em qualquer mês do ano, reina a calma em mais de 3%, constituindo vento prevalecente o vento Sul; entretanto, nos meses de inverno e início a primavera passa a dominar o Sudoeste, especialmente em agosto, sentindo-se também com mais freqüência, nessa mesma época do ano, os efeitos do Noroeste.

Dos ventos mais constantes, pelo menos na área do porto, 95,6% assim se distribuem:

Calmaria - 53,6%

Este - 14,1%

Sueste - 10,6%

Sudoeste - 7,1%

Sul - 6,6%

Nordeste - 3,6%.

Os restantes 4% são representados por ventos de outros quadrantes. As velocidades máximas do vento oscilam de 3,7 m/s para o SE e 4,5 m/s para os dois quadrantes S e NW.

UMIDADE DO AR - De acordo com a Companhia Docas de Santos, em sua publicação Porto de Santos, em 1965, em conseqüência de observação da umidade do ar, numa duração de 19 anos, verificaram-se os resultados seguintes:

Máxima - 86% em maio

Mínima - 81,1% em dezembro

Média - 83,2%.

SOLOS - De modo geral, os terrenos da Baixada Santista, sobretudo os de Santos, podem ser divididos em três espécies: a) planície enxuta-restingas, dunas manfrevitas; b) paludais; c) morros. A característica principal dos solos é a sua heterogeneidade; a cobertura sedimentar é, em geral, formada por uma seqüência de argila e areias finas e grossas. Em certas áreas do Município, as camadas de argila oceânica mole alcançam profundidade até 70 metros; na praia do José Menino, por exemplo, perfis de sondagem têm apresentado uma camada superficial de areia compactada, de granulometria média, capeando uma série de camadas de argila orgânica, separadas por meio de camadas ou lentes de argila. Especialistas em fundações recomendam o máximo de 10 andares para os edifícios de Santos; esse cálculo leva em conta hipóteses desfavoráveis, mas firma a margem de segurança necessária para evitar a ruptura da camada inferior de argila.

MARÉS - Segundo a Companhia Docas de Santos, foram os seguintes os valores dos níveis máximos e mínimos registrados no período de 1960-65 no mareógrafo da Torre Grande:

Ano Maré máxima (m) Maré mínima (m)
1960 2,60 0,26
1961 2,69 0,28
1962 2,60 0,24
1963 2,52 0,30
1964 2,60 0,24
1965 2,56 0,30

RECURSOS MINERAIS - Toda Baixada Santista, e com ela Santos, é região relativamente pobre em recursos minerais. Há comércio de pedreiras e saibreiras, como também exploração de areia e argila. A areia branca encontrada, depois de minerada, é aproveitada em cerâmica e na fabricação de vidro plano.

ESTADO DO MAR - Consoante o código internacional de classificação do estado do mar que vai de 0 a 9, o valor médio para a condição do mar, na barra, é de 1,9, significando uma relação entre mar tranqüilo e levemente agitado. No porto, o mar é sempre calmo.

VISIBILIDADE - A visibilidade do porto é indicada pela escala 6.635 do Código Meteorológico Internacional, que corresponde, no caso, à média de 7.800 m de alcance.


[PÁGINA 10]

Acidentes geográficos

SERRAS - Serra de Paranapiacaba, nas divisas de Santo André e Moji das Cruzes; Serra do Mar, nas divisas de Salesópolis e São Sebastião. Serra do Morrão, junto à divisa de Cubatão; Serras de Taperovira, Quilombo, Jurubatuba, Cabuçu e Quatinga (Quetiná ou Coatinga). (8)

MORROS - Cutupé, Diana, Gabriel, Boa Vista, Bananal, Morro da Senhorinha, Morro da Volta, Morro dos Monos, Perequê-Mirim, Fornalha, Furna Grane, Morro do Tatu, Morro das Neves, Morro do Garapá ou Guarepá, Caetê, Monte Cabrão, Gaiubura, Morro da Enseada, Morro de São Lourenço, Três Marrotes, Itaguá, Cedro, Morro do Bufo, Morro de S. Bento, Morro de Nova Cintra, Morro do Marapé, Morro do José Menino, Morro do Fontana, Morro de Santa Maria, Morro da Penha, Morro da Caneleira, Morro do Saboó, Morro do Pacheco, Morro de Santa Teresinha e Monte Serrate (35). (N.E.: mantida a grafia citada neste Almanaque para locais que em outras publicações aparecem como Três Morrotes e Caiubura).

VALES E PICOS - Vale de Cabraiaquara (1) e Picos de Jaguareguava e do Itaguaçu (2)

LARGOS - Largo do Canéu, Largo do Candinho (canal de Bertioga) e Largo de Santa Rita, além do Estuário (3)

RIOS - São Jorge, Quilombo, Jurubatuba, Diana, Trindade, Cabuçu, Iriri, Caiuara, Jaguareguave, Fama, Itatinga, Itapanhaú, Praia, Rio dos Tachinhos, Vermelho de Cima, Itaguaré, Rio dos Alhos, Rio dos Monos, Perequê-Mirim, Perequê, Guaratuba, Rio Branco e Rio Vermelho (23).

RIBEIROS - Cachoeira Grande, Fornalha, Espigão Comprido, Morrotes, Pedra Branca e Ribeiro da Anta (6).

PRAIAS - José Menino, Gonzaga, Boqueirão, Embaré, Ponta da Praia, Indaiá, São Lourenço, Boracéia, Guaratuba, Itaguaré e Enseada (11)

ENSEADA - Valongo.

ILHAS - Uruuqueçaba, Barnabé, Monte Pascoal e Ilha dos Bagres (4)

CANAIS - Santos (acesso ao porto), Bertioga e Neves (3).


Orla praiana de Santos, em vista desde o Morro de Santa Terezinha

Foto: José Dias Herrera, publicada no mesmo Almanaque


[PÁGINA 118]

Metrópole regional

Santos é bem uma metrópole regional, não apenas pelo seu desenvolvimento urbano, que alcançou todas as áreas e galgou os morros, senão também porque camadas populacionais de municípios e distritos vizinhos se integram em sua atividade de trabalho, acomodação e recreativismo, atuando, portanto, em seu ambiente.

Considerada "capital geográfica do litoral paulista", a antiga Enguaguaçu revela nos dias atuais impressionante capacidade de urbanização e cabais recursos de abastecimento, circulação e conforto, ademais do seu adiantamento cultural.

Cidade essencialmente comercial, sem cunho industrial, quer dizer, sem as "chaminés da indústria", senão os inumeráveis estabelecimentos da indústria de transformação, ela assenta seu progresso econômico nos vários tipos de comércio, de que o porto - o primeiro do País - é irradiador, por ser ainda o principal escoador de café, produto-base da riqueza nacional e que dá ao Município posto de hegemonia na atividade aduaneira.

A sua rede bancária é a primeira do Estado, após a capital, e, no cômputo das praças bancárias do País, ocupava em 1965 o 6º lugar em quantidade de estabelecimentos e o 8º lugar no acervo de saldos, entre depósito e aplicação, como hegemônica também é a sua Câmara de Compensação de Cheques.

Grande centro proletário, comporta o maior número de sindicatos do Brasil, em proporção à densidade demográfica, com destaque para a atividade ligada à previdência social, pois o Instituto Nacional de Previdência Social movimenta em Santos quase 160.000 segurados, ou 153.237, segundo estimativa apurada em julho de 1966, sendo de 25.000 o número de aposentados e de 15.000 o de pensionistas.

Doqueiros, estivadores, carregadores de café, carregadores de bagagem, conferentes de carga e descarga, consertadores de carga, vigias portuários, profissionais liberais, comerciários em geral, funcionários públicos, industriários, pescadores e elementos de ouras categorias profissionais, a que se incluem nomeadamente os homens de empresa, de todas as atividades do comércio e da indústria, são os elementos que dão a Santos acento e segurança no movimento de pujança do seu progresso econômico.


Praia do José Menino

Foto: José Dias Herrera, publicada no mesmo Almanaque


[PÁGINA 186]

Quantos somos

Além de restrita a sua superfície - 749 quilômetros quadrados - Santos não mais dispõe de áreas urbanas para disseminar-se. 320.630 deve ser a população do Município em 1968, segundo processo de cálculo elaborado pelo extinto Grupo Executivo de Planejamento, da Prefeitura Municipal, que considerou em 2.69% a taxa de crescimento e em 120 o grupo de habitantes por hectare, na zona urbana.

Macuco, Vila Matias, Boqueirão, Ponta da Praia, Morros, Campo Grande, Marapé, Gonzaga, Embaré e Areia Branca são os bairros mais populosos, mas a população flutuante é da ordem de 5 milhões de forasteiros, por ano, segundo levantamento feito pelo extinto Conselho Municipal de Turismo.

Deve ser considerado que ponderável contingente de habitantes transferiu, há anos, seus domicílios para Vicente de Carvalho, Casqueiro, Piaçagüera, Vila Melo, Vila Margarida, Vila São Jorge e outros núcleos de São Vicente e Cubatão, dando a esses municípios vigoroso aumento populacional, mas ao mesmo tempo fazendo decrescer o índice de densidade demográfica de Santos.

Eis o resultado dos três últimos censos realizados em Santos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística: 1940 - 165.568 habitantes; 1950 - 203.562 habitantes; 1960 - 266.785.


[PÁGINA 117]

80% saneado o município

A rede de esgotos do Município data de 1905 e até 31 de dezembro de 1967 foram construídos 295.738,20 m de coletores, prevalecendo o sistema de separador absoluto. Em 31 de julho de 1968 havia 10 estações elevatórias, 1 estação terminal no José Menino e 12,450 quilômetros de emissários, sendo 450 m em túnel.

31.400 prédios estavam ligados à rede de esgotos ou 75.000 unidades habitacionais, pois num prédio de apartamentos, com 50 ou 100 unidades de habitação, é apenas contada uma ligação, que se faz, portanto, por prédio e não por unidades de habitação.

É de 80% a porcentagem de saneamento de Santos. Computando-se as populações fixa e flutuante para uma rede de cerca de 300 quilômetros, deve ser fixado em 0,70 m de coletor por habitante - índice, aliás, apenas superado por Belo Horizonte, colocando-se, portanto, Santos em 2º lugar no País como cidade saneada. Em agosto de 198, a Ponta da Praia estava em adiantada fase de saneamento, faltando apenas a Zona Noroeste a favorecer-se desse importante serviço.


Praia do José Menino

Foto: José Dias Herrera, publicada no mesmo Almanaque


[PÁGINA 149]

Santos tem 30 bairros

Pela lei n. 3.529, de 16 de abril de 1968, foi instituído o Plano Diretor Físico do Município de Santos, que tem como finalidades, em linhas gerais, assegurar o desenvolvimento físico racional, harmônico e estético das estruturas urbanas e rurais; propiciar estruturas urbanas capazes de atender plenamente às funções de habitar, trabalhar, circular e recrear e proporcionar à população o ambiente urbano que lhe permita usufruir uma vida social equilibrada e progressivamente sadia.

Abairramento - O abairramento do Distrito de Santos, que antes compreendia 20 bairros, incluindo o Centro, passou para 30, ou especificamente: José Menino, Gonzaga, Boqueirão, Embaré, Aparecida, Ponta da Praia, Estuário, Macuco, Encruzilhada, Campo Grande, Marapé, Jabaquara, Vila Belmiro, Vila Matias, Vila Nova, Paquetá, Centro, Valongo, Monte Serrate, Saboó, Alemoa, chico de Paula, São Manoel, Caneleira, Santa Maria, Bom Retiro, São Jorge, Areia Branca, Castelo e Rádio Clube.

Zoneamento - Segundo ainda o Plano Diretor Físico, são as seguintes as zonas de uso do Distrito de Santos: zona turística, zona residencial, zona mista leste, zona comercial central, zona comercial paisagística, zona comercial-residencial, zona comercial industrial, zona comercial secundária, zona industrial, zona mista noroeste, zona residencial noroeste e zona portuária.


[PÁGINA 149]

Ruas drenadas e pavimentadas

Consoante informação da Chefia da Divisão de Obras Públicas da Prefeitura Municipal, em 31 de julho de 1968, era a seguinte a posição das ruas e demais logradouros de Santos com referência aos serviços de pavimentação e drenagem:

Ruas pavimentadas com asfalto - 1.320.526 m²

Ruas calçadas com paralelepípedos - 807.000 m²

Ruas drenadas em toda extensão - 486

Ruas parcialmente drenadas - 35

Galerias existentes - 119.332 m

Poços de visita - 2.040

Bocas-de-lobo - 5.628.


[PÁGINA 109]

Segundo a Divisão do Serviço de Emplacamento da Prefeitura, há no município 756 vias públicas, entre ruas, praças, largos e travessas.


Aspecto das praias santistas

Foto: José Dias Herrera, publicada no mesmo Almanaque


[PÁGINA 168]

Abastecimento de água em Santos

O serviço de abastecimento de água à população de Santos é desenvolvido pelo Serviço de Água de Santos e Cubatão (SASC), unidade do Departamento de Obras Sanitárias da Secretaria de Serviços e obras Públicas, do Estado.

Em agosto de 1968, a extensão das linhas adutoras era de 68.000 metros, e o das linhas distribuidoras de 610.354 m, havendo 4 estações elevatórias e 3 de tratamento, bem como 4 reservatórios. Capacidade de distribuição: 146.880 m³; número de análises por ano: 3.000.

Até aquele período, era de 44.032 o número de ligações de água no Município.

Esses detalhes estatísticos foram fornecidos ao Almanaque de Santos pelo eng. Renato T. Tanaka, superintendente do SASC.


[PÁGINA 136]

Consumidores de luz: 140.176

Segundo informações fornecidas ao Almanaque de Santos pela Light - Serviços de Eletricidade S.A. - o consumo mensal de energia para fins de iluminação é de 12.370.941 kwh., elevando-se a 140.176 os consumidores de energia elétrica, no Município.

Obedecendo a 4 sistemas - luz incandescente, vapor de mercúrio, luz corrigida, vapor de mercúrio luz mista e fluorescente - havia em 31 de junho de 1968 os seguintes focos:

Luz incandescente - 8.690

Luz corrigida de mercúrio - 1.680

Luz mista de mercúrio - 2.260

Fluorescente - 769

Total: 13.399 focos.

A extensão da rede de iluminação pública, segundo a Divisão de Serviços Contratados, da Prefeitura, era de 402.000 metros, adotada a distância média de 35 metros entre pontos de luz, em ligação secundária.

Força - Em 31 de julho de 1968, de acordo com a Light - Serviços de Eletricidade S.A. - havia 3.826 consumidores de força no Município, sendo alternada a característica da corrente, de 60 hertz. Durante o ano de 1967, o consumo geral foi de 72.000 kwh.

A energia elétrica é fornecida, em parte, pela Usina da Light, em Cubatão, e em outra parte, menor, pela Companhia docas de Santos, produzida pela Usina de Itatinga.


[PÁGINA 69 -  "Eis, em síntese, a história da City" - trecho]

Durante quase cem anos de existência, a atual Light Serviços de Eletricidade S.A. foi administrada por H. K.Heyland, de 1881 a agosto de 1893; Hugh Stenhouse, de 1893 a 1911; Bernard Frederick Browne de 22 de outbro de 1911 a 1937; Henry Thomas William Pilbeam, de 1937 a 1956; eng. Ciro de Carvalho Lustosa, de 1955 a 1956; R.G.C. Hansford, de agosto de 1956 a 1963 e R.S. McNeill, de 1963 a 1967. Atualmente, dirige a empresa o engenheiro Antônio Lotufo.


[PÁGINA 96]

28.802 telefones no Município

O serviço de telefones automáticos do Município é de concessão da Companhia Telefônica Brasileira, que, em 1965, firmou novo contrato com a Prefeitura Municipal, pelo qual se estabelece um plano de expansão na modalidade de auto-financiamento.

Neste final de 1968, as obras e serviços de ampliação da rede telefônica acusam índice de adiantamento e, uma vez concluídos, a Companhia Telefônica Brasileira poderá atender não apenas a maior número de assinantes, mas também às exigências de capacidade técnica, por força do novo contrato que firmou com o Município.

Em agosto de 1968, segundo a própria Companhia Telefônica Brasileira informou ao Almanaque de Santos, havia no Município 28.802 aparelhos em 18.000 linhas e o número de pedidos de ligação de novos aparelhos era fixado em 3.402.

Dois eram os Postos Públicos, o n. 1 na Rua Itororó, 58, e o n. 2 na Avenida Ana Costa, 456, contando-se 37 telefones públicos de discagem direta para São Paulo e 42 telefones públicos para ligações locais.


[PÁGINA 69]

Além de duas companhias telegráficas estrangeiras, a The Western Telegraph Company Ltda. e a Italcable - Servici Cabográfici Radiotelefrafici - ambas operando pelo sistema de cabo submarino, há em Santos duas empresas radiotelegráficas nacionais, a Cia. Radiotelegráfica Brasileira (Radiobrás) e a Companhia Rádio Internacional (Radional), mantendo ambas regular serviço de telegramas para o exterior, telex internacional e telefonemas internacionais e interestaduais.


Praça José Bonifácio, com monumento ao Soldado Constitucionalista e a Catedral

Foto: José Dias Herrera, publicada no mesmo Almanaque


[PÁGINA 144]

Eis a Bertioga

Bertioga tem história e tradição. É recanto aprazível, pela opulência paisagística. Baluarte que foi do chão paulista, ainda hoje ostenta as muralhas da Fortaleza de São Felipe e a estrutura do Forte de São João, restaurado pelo Instituto Histórico e Geográfico de Guarujá-Bertioga, que nele mantém o Museu João Ramalho.

Também são encontradas as ruínas da Armação das Baleias e da Igreja de Santo Antônio de Guaibê. Não é demais afirmar que, dispondo da Armação das Baleias, Bertioga forneceu iluminação ao Rio de Janeiro, produzida por óleo dos cetáceos, mas viveu durante séculos em plena escuridão, pois só em 1966 passou a contar com o serviço de eletricidade, graças ao empenho do atual prefeito de Santos, eng. Sílvio Fernandes Lopes.

É de 1968 a lei que instituiu normas ordenadoras e disciplinadoras do planejamento físico do Distrito de Bertioga, segundo a qual foram definidos o seu abairramento, zoneamento, sistema viário e expansão urbana.

De acordo com essas normas, o abairramento de Bertioga é dividido em praias, observadas estas designações: 1) Praia da Enseada; 2) Praia de São Lourenço; 3) Praia de Itaguaré; 4) Praia de Guaratuba; 5) Praia de Boracéia.

As praias de Bertioga são lindas. Enseada, excelente para banhos, tem 12 quilômetros de extensão; Itaguaré, 6 quilômetros; São Lourenço, 6 quilômetros; Guaratuba, 8 quilômetros e Boracéia, 10 quilômetros. Há dois rios piscosos: Itaguaré e Guaratuba, ambos desaguando nas praias do mesmo nome.

Funciona em Bertioga a Colônia de Férias Rui Fonseca, inaugurada a 30 de outubro d 9148. Cidade em miniatura, ocupando área de cerca de 2.000.000 de metros quadrados, a colônia de férias mantida pelo Serviço Social do Comércio (Sesc) dispõe de 5 pavilhões residenciais, além de 34 casas, restaurante, bar, cinema, biblioteca, consultório dentário, farmácia, posto telefônico, instalações sociais e esportivas, tudo, enfim, a que o comerciário em férias e seus familiares possam aspirar.

No antigo Forte de São João, como referimos, está instalado o Museu João Ramalho, aberto à visitação pública das 9 às 12 horas e das 14 às 18 horas, onde se distribuem os mais curiosos utensílios, objetos e quadros do tempo antigo, com destaque para a Sala Hans Staden, onde se expõe um histórico com gravuras sobre a vida e a obra do explorador germânico.

Em Bertioga, há hotéis e restaurantes e o mais moderno deles é a Balsa.

Administra o Distrito na qualidade de subprefeito, o sr. Alberto Alves da Silva.


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