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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - ENSINO
A educação... e as antigas escolas (14-B)

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Tradicionais colégios, que muito santista recorda com saudade, independentemente de serem públicos ou particulares, marcados por professores que se destacaram na Cidade. Vitalina Caiafa Esquivel, por exemplo, foi lembrada em texto publicado no Almanaque de Santos - 1969, editado por Roteiros Turísticos de Santos, de P. Bandeira Jr., tendo como redator responsável Olao Rodrigues (exemplar no acervo do historiador Waldir Rueda) - página 122:
 

Ela é pioneira do ensino santista

Vitalina Caiafa Esquivel é uma mulher símbolo em Santos, pelo que fez pelo Ensino e ainda faz pela assistência social. Adotando Santos como terra de sua predileção e amor, aqui vive há cerca de 70 anos, depois de formar-se pela Escola Normal, da Praça da República, em São Paulo.

Casou com Edgard Suplici Esquivel, teve 12 filhos, dos quais 7 ainda vivos, e lecionou na Escola Barnabé, onde se manteve durante largos anos; foi professora da Associação Instrutiva José Bonifácio e Liceu Feminino Santista. Nessas casas, tradicionais centros propagadores da instrução, Vitaliana Caiafa Esquivel foi mais do que uma educadora, pois ultrapassava os limites de simples mestra para colocar-se ao lado de suas alunas, ouvi-las, aconselhá-las, pesar-lhes as alegrias e tristezas, sentir-lhes, enfim, as almas. Antes de educadora foi mulher. Tantas e tantas criaturas que se fizeram grandes no lar e no trabalho dela receberam a luz do saber e do civismo.

Pioneira do Ensino santista, essa veneranda dama também se distinguiu pelo amor ao próximo e era de vê-la, solícita e carinhosa, pelos xadrezes da Cadeia Pública, assistindo moral e materialmente os presidiários e os familiares, com todos eles proferindo palavras de conforto e humildade cristã, estimulando-os e confiando na sua regeneração moral e social. Ainda hoje, a despeito dos seus 84 anos de idade, Vitalina Caiafa Esquivel muito se interessa pela criatura pobre e desprotegida, à qual propicia o tributo do Bem e da Caridade, que é o apanágio das almas fortes e munificentes.

Muito justa, pois, a homenagem que a Câmara Municipal de Santos lhe consagrou no dia 23 de agosto de 1968, quando lhe outorgou o título de Cidadã Emérita e foi saudada pelo vereador Fernando Dias Oliva, que assim encerrou seu discurso de elogio à veneranda senhora: "Permita, insigne mestra, que as palavras finais deste desataviado discurso sejam uma oração a Deus pela conservação de sua preciosa existência, modelo de virtudes nas quais as gerações presente e futura deverão mirar-se e sejam estas palavras ao mesmo tempo, comovido agradecimento de todos os seus ex-alunos e mui especialmente dos ex-detentos recuperados. Da esposa que recebeu o marido, da mãe que acolheu o filho, do filho que renovou ao pai as esperanças, após os dias tortuosos do cárcere, que a sua ação ajudou a suportar. Beijo respeitosamente, excelsa dama, suas mãos, significando com isso o reconhecimento e a gratidão de toda Santos pelo muito que recebeu".

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