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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - IGREJAS - Capelas e oratórios
Capelas e oratórios da Baixada Santista [09]


A passagem do tempo e as ações humanas vão levando consigo os vestígios de muitas construções de caráter religioso, como os inúmeros oratórios e as capelas espalhadas pelo terreno hoje ocupado pelas cidades da Baixada Santista. Em alguns casos, fica a memória. Em outros, até ela se vai, por não ser apoiada pelos vestígios de sua existência, que faz com que as lembranças se esfumem até desaparecerem ou virarem mitos e lendas. Por isso, o pesquisador de História e professor Francisco Carballa procurou recuperar essas memórias e relacionar as edificações religiosas menores, neste relato por ele enviado em de novembro de 2012, para publicação em Novo Milênio:

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Capelas e igrejas particulares

Francisco Carballa

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[09] Casa oratório da Vila Santa Casa

Parte da casa de madeira ou a sala com a imagem de Santa Ana Mestra pertencente a uma senhora do Norte conhecida como dona Moça, onde fazia orações com a população local até que ela faleceu e foram feitos os prédios naquele lugar.

Ficava onde hoje seria a confluência da Avenida Rodrigues Alves com a Rua Senador Feijó, o local também foi chamado de Caldeirão do Diabo ou Caldeirão dos Infernos, refúgio para pessoas carentes fazerem humildes barracos sem energia elétrica tipo rés de chão.

Consta que aquele local é de onde saia à imagem de Nossa Senhora das Dores da paróquia Coração de Maria nos anos 90.

Vila Santa Casa - O antigo Caldeirão do Diabo, onde a coisa ferve, era uma pequena vila bifurcada, onde um dia pareceu um despacho que - segundo línguas de beatas e senhoras mais informadas, continha uma cabeça humana de mulher sobre um pano vermelho, o que gerou tal nome.

A vila interrompia a Avenida Senador Feijó, que por sua vez já era interrompida na Avenida Doutor Carvalho de Mendonça, por uma casa onde funcionava uma quitanda e, - segundo as mesmas informantes, um moço se suicidou ali, bem perto da curva do bonde.

Todo o trajeto dali até a Rua Barão de Paranapiacaba, era ocupado por residências do tipo chalé português, e foram postas abaixo para finalmente a rua ser aberta, ajudando dessa forma a fluidez do trafego e deixando a Avenida Washington Luiz desafogada.

Mas, fora isso, sabe-se que muitas pessoas vindas do Norte ali se instalaram e fizeram casas de madeira com seus quintais. O lugar foi urbanizado nos anos 80 e depois recebeu uma construção de prédios populares, tomando o nome de Vila Santa Casa, pois o terreno a ela pertencia.

Relatos: donas Ermelinda das Neves, Alzira, Christina.

Vila Santa Casa, em 2011, vista desde a Avenida Senador Feijó: área sub-habitada remanescente no lado direito da avenida e a área urbanizada à esquerda, com prédio residencial edificado defronte à viela, com frente para a Avenida Washington Luiz (próximo ao prédio da empresa de telefonia Telefônica, com sua torre de comunicações)
Imagens: Street View/Google Maps, em abril de 2011 (acesso em 1/12/2012)