Primeiro era o Paratodos, que surgiu em 11/1/1935 na Rua Lucas Fortunato, 89, onde em 1948 se instalaria o Bandeirantes
Jornal A Tribuna, 24/9/1935, página 11

A saga do Bandeirantes

O prédio baixo da Rua Lucas Fortunato, 89, na Vila Mathias, abrigou primeiro o Cine Paratodos, em janeiro de 1935. Em 21 de outubro de 1948, cedeu lugar ao Cine Bandeirantes, que ali permaneceu até 26 de junho de 1966. Nesta data, a casa passou ao nome de Cine Carlos Gomes por pressão dos moradores do bairro, que assim tiveram seu pleito atendido para que não se perdesse este tradicional nome de cinema santista. Assim, este segundo cinema Carlos Gomes - que até então atuava nas proximidades (na Avenida Ana costa, 55)se manteve no prédio até 6 de julho de 1975, fechando então definitivamente suas portas.

Detalhe menos conhecido é que, antes de instalarem o Bandeirantes na Rua Lucas Fortunato, os proprietários da empresa exibidora andaram procurando outros lugares em Santos. Entre eles, um casarão na esquina da Avenida Ana Costa (lado par) com a Praça da Independência, onde por algum tempo existiu uma placa anunciando a breve instalação do Bandeirantes. A pequena placa é vista nesta sequência de fotos possivelmente da década de 1940 (nas duas imagens iniciais é visível entre os dois pares de palmeiras):

Cine Bandeirantes quase foi instalado na confluência da Avenida Ana Costa com a Praça da Independência
Fotos: Acervo FAMS (números 3485, 3484, 3483, 3486 e 3487)

O Cine Bandeirantes foi construído na Vila Mathias e inaugurado em 1948, com 600 poltronas, modernos equipamentos de som e projeção a confortáveis instalações
Jornal A Tribuna, 21/10/1948, página 3 e Cinemas de SP

Fachada do cine Bandeirantes, em funcionamento na Rua Lucas Fortunato
Foto: reprodução de jornal, em Cinemas de SP

A inauguração foi em 21/8/1948:

"O tradicional antigo 'Carlos Gomes' da Vila Mathias, reconstruído para reviver noitadas gloriosas de cinema e teatro!", destacava o anúncio da inauguração do Cine Bandeirantes, marcada para a noite do dia 21
Jornal A Tribuna, 20/10/1948, página 6