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SANTOS DE ANTIGAMENTE - PINACOTECA - LIVROS
Memórias do Casarão Branco

Herança da época áurea das exportações de café pelo porto santista, e uma das primeiras casas não-geminadas de Santos, a edificação que desde o final do século XX abriga a Pinacoteca Benedito Calixto, e foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa) foi por várias décadas propriedade da família Pires.

Sua história foi contada pela escritora Edith Pires Gonçalves Dias, nesta obra publicada em 1999 e depois reeditada, com 130 páginas, impressa pela Mazzeo Gráfica e Editora Ltda., de Santos/SP. O livro foi composto e editado por Sonia S. Silveira, com capa de Carmem Silvia de Paula Cabral, revisão de Manuel Leopoldo Rodriguez Montero e contracapas de Orlando de Barros Pires e Maria Isabel Pires Isique. A autorização para esta primeira edição eletrônica foi dada pela autora a Novo Milênio, em 30 de julho de 2010.

   

Memórias do Casarão Branco

Edith Pires Gonçalves Dias

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Imagem: reprodução da capa do livro

Veja: As páginas, no livro original:
Razões deste livro 09
Migração pra as praias 11
A casa do Dick 15
A casa dos Pires 16
Mãe Zulmira, vontade de viver 21
A saga de pai Francisco 22
A perda do casarão 24
O apoio de meus avós 25
Uma temporada em São Paulo 27
De volta a Santos 29
Recompra e reforma 33
A parte baixa 34
A parte alta 37
Jardins do entorno 38
Retorno ao casarão 45
A nova vizinhança 47
Outros vizinhos 50
A família cresce 52
Últimos casamentos 55
Propriedades e negócios 59
Crianças na escola 61
Virando a década 65
Revolução paulista 67
Lembranças de muita gente 70
Gente de casa 73
Festas em família 77
Fora do casarão 80
Razões para prosseguir 87
O casarão na imprensa 91
Utilidade pública 96
Casarão em debate 99
Batendo o martelo 101
Finalmente a posse 104
Venceu a Pinacoteca 106
Epístolas 111
Os últimos percalços 116
Pinacoteca inaugurada 119
Epílogo 123
Família Pires 127
Pinacoteca Benedicto Calixto 129


Imagem: dedicatória da autora, ao editor de Novo Milênio, em 6 de março de 2008

 

Edith

Lembro sempre, com muito carinho, da minha infância e adolescência, vividas no casarão branco da Praia do Boqueirão.

Diz certa canção: que "recordar é viver."

E quando me vêm à memória aqueles alegres e felizes momentos passados com nossos pais, irmãos e amigos, sinto uma felicidade quase indescritível.

Bendigo a sua idéia de escrever um livro, registrando esse feliz período de nossas vidas.

Ele irá por certo, nos transportar para um passado que desejamos jamais esquecer.

Agradeço a Deus, a permissão para estar vivo e poder felicitá-la por tão oportuna iniciativa.

Parabéns.

Beijos do irmão Orlando.

(Orlando de Barros Pires)

Edith

Oh. 'Como eu me lembro e quanto!'

Desse casarão branco da praia

Onde passei os melhores dias

Da minha longínqua juventude!

Hoje, quando te vejo assim

Novamente belo e imponente

Minh'alma se enche de emoção

Pois para mim, fostes o repositório

De infinitas saudades e recordação!

 

Beca

(Maria Isabel Pires Isique)

Contracapas I e II

 

DEDICATÓRIA

 

Aos meus pais e irmãos;

E ao Cyro (dedicado companheiro);

que habitam as moradas do Pai,

minha eterna saudade.

Aos meus filhos,

netos e bisnetos

meus exemplos, meu

amor e meu carinho.

Aos amigos,

que me incentivaram

a escrever este livro,

minha gratidão


Imagem: reprodução da capa final do livro

Edith Pires Gonçalves Dias nasceu em São Paulo, aos 6 de julho de 1919. Veio para Santos com um ano. Fez os estudos primários no Colégio Stella Maris. Formou-se em 1936 na Escola Normal do Colégio São José. Casou-se em 1939 com Cyro Gonçalves Dias. Teve dois filhos: Ciro Júnior e Vera Sílvia.

É ligada a várias entidades assistenciais. Voluntária há 32 anos, na Associação Espírita Beneficente Anjo da Guarda. Foi idealizadora e coordenadora do Museu Anjo da Guarda. Aos 13 de abril de 1994 lançou o livro Sociedade Espírita Anjo da Guarda, a pioneira, comemorando os seus 110 anos de existência. Como colaboradora do Jornal A Tribuna, tem muitos artigos publicados. Prefaciou vários livros.

Fez palestras: - Academia Feminina de Ciências, Letras e Artes de Santos, no Clube das Soroptimistas Internacional de Santos, Associação das Famílias de Rotarianos, Centro de Convivência da Mulher, Rotary Clube de Serra Negra, Movimento de Arregimentação Feminina, Clube dos 21 Irmãos Amigos, Clube XV, Sociedade Ítalo-Brasileira, Centro de Expansão Cultural.

No jubileu de ouro da formatura de sua turma, foi a oradora oficial. Como voluntária do Banco de Olhos conseguiu muitas doações de córneas. Foi idealizadora e criadora do Coral do Anjo da Guarda, do qual é madrinha.

Aos 12 de outubro de 1988 recebeu o título de Cidadã Santista, conferido pela Câmara Municipal. No dia 30 de janeiro de 1992, foi inaugurada uma sala no Anjo da Guarda, com seu nome. Em agosto de 1992, nas comemorações dos 90 anos do Liceu Santista, proferiu uma palestra: - "Os 90 anos do Liceu e a importância do Professor".

No dia 2 de novembro de 1991, recebeu o título de Sócia Benemérita do Anjo da Guarda. Participou da Comissão de Restauração do Casarão Branco que abriga a Pinacoteca Benedicto Calixto. Durante dois anos produziu o quadro "Um nome, uma glória", na Rádio Universal. Apreciadora da poesia, apresentou-se em Santos e Cubatão, como declamadora. Seu ídolo é Martins Fontes. Tem feito várias palestras sobre sua vida. É acadêmica correspondente da Academia Madureirense de Letras, do Rio de Janeiro.


Edith Pires Gonçalves Dias

Foto: reprodução da capa final do livro