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SANTOS DE ANTIGAMENTE
Porto santista, 1ª metade do século XX (4)
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Por volta da Primeira Guerra Mundial, convivem entre os armazéns do porto os primeiros veículos motorizados e as antigas carroças:


Foto cedida pelo Museu do Porto de Santos, no arquivo de Novo Milênio

No início do século XX, trens de passageiros foram usados para o transporte dos milhares de imigrantes entre os navios e a capital paulista, onde passariam por triagem para seguirem com destino às fazendas. Esta foto, de José Marques Pereira, foi publicada em janeiro de 1902 numa edição especial da Revista da Semana/Jornal do Brasil, com a legenda "Docas - trem de imigrantes":


Foto cedida pelo Museu do Porto de Santos, no arquivo de Novo Milênio

Antigo vagão da Cia. Docas de Santos para o transporte de café:


Foto: acervo de Marcello Tálamo, enviada em 29/8/2006 a Novo Milênio

Uma locomotiva da CDS, tracionando um reboque da empresa para o transporte de convidados:


Foto: acervo de Marcello Tálamo, enviada em 29/8/2006 a Novo Milênio

O porto santista é também visto neste cartão postal, possivelmente circulado na década de 1920:


Imagem enviada a Novo Milênio por Ary O. Céllio, de Santos/SP

O transatlântico Alemão Cap Polonio, atracado no armazém 5 da Companhia Docas de Santos (CDS), na altura da Praça da República, por volta de 1925:


Foto: acervo do despachante aduaneiro e cartofilista Laire José Giraud

Trecho do cais, vendo-se também parte da Rua Tuiuti e do estuário, em 1928:


Foto: jornal santista A Tribuna, em 26 de março de 1928 (cor acrescentada por Novo Milênio)

O mesmo trecho de cais, um ano depois, em 1929: "Uma das mais recentes photographias do estuario de Santos, vendo-se os seus grandes e modernos melhoramentos", informava a legenda da foto. Note-se o edifício do Santos Hotel à direita:


Foto: jornal santista A Tribuna, em 26 de março de 1929, página 3

Por volta de 1930, o porto continuava em crescimento. Neste cartão postal, é visto desde o prédio da Bolsa Oficial do Café:


Foto: cartão postal no acervo do historiador Waldir Rueda

Outra foto, obtida desde o mesmo local, em 1929. Observa o cartofilista Laire José Giraud que os navios nessa época faziam fundeio (ancoravam) no trecho compreendido entre o Armazém 01 da antiga Companhia Docas de Santos (CDS) e a curva do Paquetá. "Isso aconteceu até 1969, quando da abertura do Canal da Cosipa. Os navios ali fundeados atrapalhavam o tráfego dos navios com destino ao cais da Cosipa. A partir daquele ano, os navios passaram a fundear na barra". Ele também nota o prédio de cor clara do Santos Hotel, na Praça Barão do Rio Branco, e que era um dos hotéis preferidos pelos homens de negócios da época, bem como o fato de o prédio atual da Alfândega não ter sido erguido (ficou pronto em 1934). E os guindastes do porto eram da primeira geração (movimentados a vapor):


Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, enviada a Novo Milênio em 25/4/2012

Neste cartão postal de 1933, outra imagem obtida desde o mesmo local e com a mesma angulação. Por trás do prédio do Santos Hotel, já se nota o adiantamento das obras no prédio da Alfândega, que seria inaugurado no ano seguinte. Sobre essa imagem, o cartofilista Laire José Giraud comenta: "O destaque fica para o navio misto Araraquara, do Lloyd Nacional (não confundir com Lloyd Brasileiro, que era outra companhia), que pertenceu ao comendador Giusepe Martinelli, o qual em 1919 já detinha uma das dez maiores fortunas do Brasil.  Naquele tempo, o Brasil se movimentava de Norte a Sul através dos navios. Em 1941, a frota do Lloyd Nacional era constituída de 18 embarcações. Esse navio era costeiro. Foram construídos quatro semelhantes na Itália (gêmeos: Araranguá, Araçatuba e Aratimbó). O Araraquara foi torpedeado pelo submarino alemão U-507 em 15/8/1942, no litoral de Sergipe. Afundou em cinco minutos, com a perda de 130 vítimas. Esse e outros ataques a navios brasileiros em missão de paz levaram o Brasil à Guerra. No local do Santos Hotel foi construído o prédio do Instituto Brasileiro do Café (IBC), e atualmente ali funciona a Justiça Federal":


Foto: acervo do cartofilista Laire Giraud, divulgada na rede social Facebook (acesso: 7/8/2013)

Na foto abaixo, um detalhe da imagem acima, chama a atenção a grande presença ainda de veículos com tração animal, atendendo ao tráfego de mercadorias junto ao cais:


Imagem: detalhe de cartão postal no acervo do cartofilista Laire José Giraud

Esta outra imagem é datada de 1930:


Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, enviada a Novo Milênio em 25/4/2012

Vista panorâmica do porto e do centro de Santos, por volta de 1949, com a Avenida São Francisco em primeiro plano e no canto direito o Edifício do Rádio:


Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud

Na mesma época, foi produzido este cartão postal, com uma vista em que aparece no primeiro plano, à esquerda, o casario do Valongo, prosseguindo o porto em direção ao Paquetá. O cartão foi em princípios de 2008 negociado no site de leilões EBay/Itália:


Imagem divulgada no site Ebay/Itália, consultado em 28/2/2008

 

Meses depois, em 1950, foi obtida esta imagem, no mesmo exato ângulo da anterior. Note-se que até a inauguração da Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa - atual Usiminas) em Cubatão, às margens do canal de Piaçaguera, os navios podiam fundear (ancorar) neste trecho do Estuário, o que depois foi proibido, para não atrapalhar o tráfego marítimo e evitar acidentes:

 


Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social Facebook em 25/11/2014

 

Note-se nesta aproximação da imagem o edifício Sulacap, à direita (com fachadas para as ruas do Comércio e XV de Novembro), e o prédio duplo que havia sido até 1939 de Prefeitura e Câmara (à esquerda, no Largo Marquês de Monte Alegre), tendo quase ao centro a torre da Bolsa do Café:

 


Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social Facebook em 25/11/2014

Em 1949, navio cargueiro de linha regular da armadora estadunidense Moore-McCormack Lines entrando no porto de Santos, em foto de Renato Larangeira, no acervo de Wanderley Duck:


Foto postada pelo cartofilista Laire José Giraud na rede social Facebook em 30/12/2013

Uma vista do fundeadouro interno do porto de Santos no começo da década de 1930 (mais tarde, a área de fundeio foi transferida para a barra da baía de Santos, por questões de segurança do tráfego marítimo). A Ilha Barnabé aparece ao fundo e há um navio do Lloyd Brasileiro atracado, no primeiro plano da imagem:


Foto postada pelo cartofilista Laire José Giraud na rede social Facebook em 18/11/2013

Em 1926, passageiros do navio Iraty, da armadora Cia. Pereira Carneiro, no cais santista. Na época, o único meio de viajar de Norte a Sul do país era pelas embarcações de navegação costeira (cabotagem), de empresas como essa, o Lloyd Brasileiro, o Lloyd Nacional e a Companhia Nacional de Navegação Costeira:


Foto postada pelo cartofilista Laire José Giraud na rede social Facebook em 29/9/2013

 

Na década de 1930, este cartão postal mostra o transatlântico italiano Principessa Maria navegando pelo estuário do porto de Santos. Fazia par com o Principessa Giovanna, sendo ambos construídos para a armadora italiana Lloyd Sabaudo:

 


Imagem: acervo do cartofilista e despachante aduaneiro Laire José Giraud, publicada na rede social Facebook em 30/11/2014

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