A Companhia de Transportes Marítimos a Vapor Hamburgo-Brasileira (Hamburg-Brasilianische Packetschiffahrt Gesellschaft) foi uma das empresas que,
surgida no século XIX, não conseguiu sobreviver no transporte regular de passageiros ao Brasil. Era costume da época as empresas que se lançavam no pioneirismo do transporte de imigrantes para o Novo
Mundo obterem altos subsídios dos respectivos governos de seus países, através de contratos com os Correios em seus portos de origem.
A Hamburgo-Brasileira iniciou sua valiosa e indispensável concessão e seu primeiro navio, de uma frota que contou com três unidades, chamou-se Teutonia, e foi encomendado a
estaleiros ingleses, é óbvio. Dois outros vapores foram construídos no Estaleiro Caird & Company, de Grenock; contudo, o Teutonia fez somente cinco viagens ao Brasil.
Nos últimos anos da década de 1850, oito das nove então grandes empresas de navegação européias que circulavam no serviço da América do Sul tiveram que fechar suas portas, pois era virtualmente impossível manter um
serviço viável com saídas regulares dos portos europeus sem o imprescindível subsídio que os contratos com os Correios facultavam.
Não obstante, acredita-se que, se a Hamburgo-Brasileira tivesse perseverado, conseguiria vencer os obstáculos e sobreviver aos sombrios e difíceis anos da metade do século XIX, quando a Revolução Industrial era
apenas um embrião. |