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Edição 144 - Set/2005
Construção

Vila Condessa: Neoclássisco com grife

Bom ritmo da obra possibilitará a entrega antes do prazo

O Vila Condessa é o primeiro residencial neoclássico da construtora Vértice e tem a grife do escritório Adolpho Lindenberg, de São Paulo, que elaborou o projeto executivo de arquitetura. O empreendimento está sendo implantado na Rua Waldomiro Silveira, 20, na Vila Rica de Santos, e atende a demanda do segmento de alto padrão, com apartamentos de três e quatro suítes. Ao relatar o andamento das obras, a diretora da Vértice, engenheira Iná Loureiro Quintas Castaldi, anunciou uma novidade aos condôminos: a entrega, anteriormente prevista para junho de 2006, será antecipada para o mês de janeiro/2006.


Obra entrou na fase de acabamento
Imagem: divulgação

A mudança do cronograma é resultado de uma excelente performance no desenvolvimento dos trabalhos. "Essa obra andou bem", contou Iná. "Ela começou em janeiro de 2004 e em um ano e meio conseguimos praticamente terminá-la". Para se ter uma idéia do bom ritmo obtido no Vila Condessa, no pico dos trabalhos foram concretadas quatro lajes por mês. Hoje, terminada a superestrutura e alvenaria, a obra entrou na fase de acabamento, com serviços como pintura, interna e externa, e início da colocação de louças. 

Como fez nas últimas obras, para a escolha de seus parceiros neste empreendimento a Vértice privilegiou o relacionamento. "Além da qualidade dos produtos, serviços e cumprimento de prazos, buscamos os parceiros com os quais temos um bom relacionamento, com liberdade para perguntar, pedir coisas impossíveis", afirmou Iná, ao frisar que a equipe técnica é da Vértice, enquanto todo o restante é contratado, como a empreiteira Ângelo da Costa Engenharia e Construções. Ela lembrou que ao longo dos anos a construtora conseguiu formar uma extensa carteira de fornecedores, entre os quais tem trabalhado com a Geodactha, especializada em engenharia de solos e fundações.


Entre os serviços em execução, pintura externa em harmonia com o estilo
Foto: Sandra Netto

O projeto arquitetônico é do arquiteto Roberto Saviello e foi desenvolvido pelo escritório Adolpho Lindenberg, sob a coordenação da própria Iná. Para o arquiteto Roberto Saviello, ao utilizar todas as possibilidades oferecidas pelo novo Código de Obras de Santos, o Vila Condessa proporcionou um projeto diferenciado, que consegue ser um marco na Vila Rica. "A Vértice sempre desenvolveu projetos voltados para o moderno, o contemporâneo, e ao optar pelo neoclássico escolheu o melhor, entregando o desenvolvimento do projeto ao escritório Adolpho Lindenberg, especialista neste estilo", comentou Saviello. "A preocupação não é só fazer o prédio, mas o esmero do detalhe; este é o grande diferencial dos projetos do Adolpho".

"O projeto do Vila Condessa constituiu para nós um desafio, dadas suas dimensões, importância para a cidade e qualidade de seus acabamentos", afirmou o arquiteto Adolpho Lindenberg, ao destacar que é uma grande satisfação poder voltar a projetar edifícios em Santos.

Sobre o estilo adotado, Adolpho Lindenberg afirmou que o neoclássico renasceu depois que alguns edifícios pós-modernos construídos em New York começaram a valorizar elementos típicos do neoclassismo grego, como colunas, cornijas, frisos etc. "Por se preocupar com as proporções dos vãos e dos ambientes, o neoclássico faz com que sua arquitetura evoque os valores culturais nos séculos passados, como a estética, a grandiosidade, a simetria, as proporções", explicou.

Conforme frisou a diretora da Vértice, o objetivo foi fazer o mais correto dentro do neoclássico, enfatizando as simetrias, o conjunto de detalhes, a textura em travertino. "Tudo o que compõe o neoclássico fizemos questão de aplicar", frisou a engenheira, lembrando, contudo, que o conceito sempre obedeceu ao bom-senso. Assim, em vez de ferro nas grades, foi feita a substituição pelo alumínio, mais resistente ao clima do Litoral. "Mesmo com o alumínio, buscamos um desenho neoclássico, para ficar harmonioso com o projeto global". Ela explicou que todas as molduras de concreto foram executadas na obra, fazendo parte da estrutura do prédio. "As molduras não são um aplique", detalhou.

O rebaixamento do lençol freático foi realizado pela Enmage. O projeto de fundações profundas indicou o sistema de estacões, com estacas com profundidade de até 50 metros, executadas pela Fundesp Fundações Especiais.

Os concretos fornecidos pela Embu S/A foram elaborados para atender os diversos aspectos de um projeto estrutural moderno. Conforme detalhou o engenheiro Márcio Rodrigues Pinto, nas fundações executadas em estacas barrete, o concreto - além dos 400 Kg de cimento por m³ - foi dosado com características de autoadensável, com abatimento de 200±30 mm pela impossibilidade de uso de vibradores. Já nos pilares dos andares inferiores o concreto de projeto foi o Fck 35,0 Mpa, enquanto nas lajes foi o Fck 30,0 Mpa. Neste caso, foi utilizado o módulo de deformação 26,0 GPa, visando limitar as deformações nas peças sujeitas à flexão e assim evitar as freqüentes patologias na alvenaria.

Márcio salientou os cuidados no trabalho de bombeamento, informando que, nos andares altos, foi exigido um concreto com teor de argamassa bem proporcionado e sem excesso, para não comprometer o módulo de deformação. "Por situar-se em ambiente marinho, a utilização de cimento de alto forno foi um fator positivo, na medida para garantir um concreto mais impermeável e conseqüentemente mais durável, conforme preconiza a nova NBR 6118", comentou, ao frisar que o cumprimento das programações, respeitando horários, volumes e traços solicitados, colaborou para a execução das concretagens nos prazos previstos. O controle de qualidade do concreto foi feito pela Teste Engenharia. Já os vergalhões de ferro e o arame recozido utilizados na obra foram fornecidos pela Belgo Grupo Arcelor.


Varanda mobiliável: apartamentos com três e quatro suítes
Foto: Sandra Netto

Na alvenaria, o Vila Condessa utilizou sistema construtivo que resultou numa obra limpa com redução de perdas, sem a necessidade de quebrar bloco. "O convencional para a Vértice já é utilizar a tecnologia mais moderna, sempre com vistas a evitar o desperdício", comentou Iná. Entre outras soluções, nas suítes foi colocado apenas gesso sobre o bloco, enquanto nas áreas frias foi utilizada massa única, substituindo o emboço e o reboco.

No projeto hidráulico, o sistema de abastecimento de água das unidades é individual, com apenas uma entrada de água para o apartamento, o que possibilita fazer a medição do consumo. A tubulação hidráulica é aérea, correndo pelo teto do apartamento nas áreas com forro, o que facilita a manutenção. O projeto hidráulico também previu um reservatório de captação de água pluvial, caso o condomínio queira utilizar água da chuva na lavagem de garagem, calçadas, irrigação de jardim, gerando economia nas despesas condominiais.

Já o projeto elétrico estabeleceu uma rede de pontos dentro do apartamento e, por meio de uma caixa central, é possível acessar qualquer ponto da unidade, sem ter que quebrar ou reformar o apartamento. O projeto foi feito para que todas as áreas estejam integradas, envolvendo tevê, telefonia, Internet, controle de acesso ao condomínio, com a possibilidade de implantação de softwares para monitoramento e gerenciamento total pelo condomínio, como num flat, com tarifas lançadas nas despesas condominiais.

As esquadrias de alumínio possuem sistema monobloco de persiana. Os produtos apresentam uma caixilharia moderna, com encaixes perfeitos, proporcionando conforto acústico, adequadas ao clima de Santos. Por questão de segurança, foi utilizado vidro laminado nas áreas comuns e nas áreas dos apartamentos com projeção para fora.

O Vila Condessa agrega diferentes sistemas inteligentes. A Triplenet Mult ServiceTechnology implantou a infra-estrutura que viabiliza a operação de redes de dados, voz e imagem. Segundo explicou o diretor da empresa, Delson Justo, com os investimentos feitos, além de poder adotar o conceito home office, o condômino terá mais economia, conforto e segurança. Será possível instalar, por exemplo, cerca de 500 dispositivos eletrônicos, para controle de tomadas, ligar e desligar equipamentos, no local ou a distância, pela Internet ou telefone celular, e mesmo compartilhar as imagens da perimetria do edifício através do computador.

A infra-estrutura instalada também permite a implantação de sistema de acesso à Internet, com intranet condominial, eliminando qualquer papel que deveria circular entre administração e condômino. Por meio da intranet é possível promover leilão eletrônico reverso, para compra de material de limpeza, por exemplo. Entre outros benefícios, também é possível disponibilizar games e adotar um novo serviço da Embratel, com telefone sem assinatura e forma de tarifagem que gera economia.

Delson frisou que os serviços são uma opção para o condômino. "O prédio está preparado", afirmou o diretor da Triplenet. "Houve boa vontade e dinamismo da construtora em adequar o empreendimento para receber a tecnologia. A partir da entrega dos apartamentos, caberá ao condômino escolher quais dispositivos pretende instalar".

A Atlas Schindler é responsável pelo fornecimento dos elevadores de alta velocidade, 120 m/min, dotados do sistema BioPass, que reconhece a digital do usuário, com cabinas da nova linha NeoLift.
 


Nos detalhes da arquitetura, ...
Foto: Sandra Netto


... ... a marca do estilo neoclássico ...
Foto: Sandra Netto


... com a grife Adolpho Lindenberg
Foto: Sandra Netto


Três e quatro suítes, varanda mobiliável...

O residencial Vila Condessa possui 27 pavimentos, com apartamentos com três suítes, sala de tevê ou quarto dormitório, e quatro suítes, com sala de tevê, respectivamente, com três e quatro vagas privativas. As unidades contam com varanda mobiliável e, na entrega, obedecerão um padrão de acabamento interno. Os corredores e o living, por exemplo, serão entregues com taco de madeira, os quartos cimentados para a colocação de carpete, e as áreas de cozinha e banheiro, porcelanato. Já as paredes das áreas frias, azulejo até o teto, e o restante, pintura.


Detalhes da cozinha
Foto: Sandra Netto

A garagem está distribuída no subsolo, térreo, primeiro e segundo andares. O terceiro andar contemplou área comum de lazer – com spa, sauna, ofurô, sala de ginástica e gazebo de massagem – e dois apartamentos com área livre descoberta. A partir do 4º, até o 13º andar, dois apartamentos por andar; no 14º, mais um apartamento com área livre descoberta; do 15º até o 24º andar, um apartamento por andar; e no 25º uma cobertura. No 27º andar foi implantada área comum, com piscina e solarium.


Suíte do casal
Foto: Sandra Netto

O empreendimento também possui gerador alternativo de energia; infra-estrutura para controle e vigilância de segurança patrimonial; portões automatizados; infra-estrutura para sonorização em áreas comuns; central de telefonia inteligente; detectores de incêndio; recepção de sinal de tevê convencional ou por assinatura; infra-estrutura para aquecedor a gás e ar condicionado pelo sistema split.

Vendas com a Vértice, com financiamento direto com a construtora.


Living: construtora investiu na decoração de apartamento
Foto: Sandra Netto