Cidade
Cidades defendem
receitas de ICMS
A Frente
Paulista dos Municípios Maiores Geradores de ICMS foi criada no
dia 17 de junho de 2003, em Cubatão, com a finalidade de defender
os interesses das cidades industrializadas de São Paulo junto ao
Congresso Nacional. A decisão foi tomada durante reunião
que contou com a presença dos prefeitos Clermont Silveira Castor,
de Cubatão, Odair Gonçalves dos Santos, de Buritama, Paulo
de Oliveira e Silva, de Moji-Mirim, Paulo Julião, de São
Sebastião, Oscar Gozzi, de Tarumã, e Milton Serafim, de Vinhedo,
além de representantes de Ariranha, Barueri, Guarulhos, Itupeva,
Paulínia, Taubaté e Valinhos, o presidente da Câmara
de Cubatão, Luiz Carlos Costa, e demais vereadores.
Adalberto
Ferreira, de Cubatão: Município poderá perder R$ 90
milhões Foto: Aderbau
Gama/PMC
Clermont foi escolhido presidente
da Frente e Paulo Julião, relator. O próximo encontro está
marcado para São Bernardo do Campo. Em seguida, está programada
reunião na Assembléia Legislativa, com o objetivo de sensibilizar
os deputados estaduais. Conforme a carta aprovada no encontro, será
solicitado apoio ao governador Geraldo Alckmin.
A iniciativa de reunir os prefeitos
das cidades paulistas maiores geradoras de Imposto de Circulação
de Mercadorias e Serviços (ICMS) foi do Executivo cubatense. A justificativa
é a ameaça que representa a Reforma Tributária em
discussão no Congresso, que prevê a retirada de recursos desses
municípios, com a adoção do critério populacional
como fator determinante para a distribuição do tributo.
Cubatão, por exemplo, de acordo
com simulações feitas pela Assessoria de Planejamento, poderá
perder cerca de 37% de suas receitas de ICMS, o equivalente a R$ 90 milhões
de um orçamento previsto de R$ 240 milhões. "A administração
será inviabilizada", protestou Clermont. "Isso está sendo
empurrado goela abaixo das cidades industrializadas, sem um estudo mais
profundo de seus impactos. O fato de termos uma grande arrecadação
não quer dizer que somos uma cidade rica. Ao contrário, arcamos
com os problemas decorrentes da poluição industrial, saúde,
a favelização da nossa periferia, com o desemprego". |