Cidade
Prefeitos querem
liberação de áreas
Márcio França
sugeriu a participação do Condesb na aprovação
de projetos
Os prefeitos
da Baixada Santista protestaram ao secretário de Estado da Habitação,
Barjas Negri, que a Secretaria de Estado do Meio-Ambiente se recusa a liberar
áreas para a construção de conjuntos habitacionais,
em projetos do próprio Governo. Negri participou de reunião
extraordinária do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana
(Condesb), em Praia Grande, no dia 16/6/2003, e foi pressionado pelos prefeitos,
em especial por Clermont Silveira Castor, de Cubatão, que exigiu
uma solução para a construção de unidades no
Bolsão 7, área ameaçada por invasões.
Barjas Negri
participou da reunião em Praia Grande Foto: Alexandra
Giulietti/PMPG "Temos
mais de 60% da nossa população vivendo em favelas. Faço
um apelo emocional. Não posso sair daqui sem uma resposta", discursou
Clermont, afirmando que, apesar do sorteio de 620 moradias no Bolsão
7, as obras não foram iniciadas por falta da liberação
ambiental da área. Alberto Mourão contou que Praia Grande
também aguarda a liberação ambiental de uma área
na Vila Mirim II para a construção de 800 unidades habitacionais.
Orlando Bifulco informou que Itanhaém
tem mais de 15 processos de liberação de áreas para
moradias e o Deprn "não diz nem sim, nem não". Márcio
França, de São Vicente, também reclamou da demora
na liberação ambiental das áreas de conjuntos habitacionais
e reivindicou a delegação dessa atribuição
estadual para um representante do Governo no Condesb, o que agilizaria
os trâmites burocráticos. Para o prefeito de Peruibe, Gilson
Bargieri, poderia ser criada uma autoridade metropolitana para agilização
das questões ambientais. A mesma queixa de lentidão para
início das obras habitacionais foi feita pelo prefeito de Mongaguá,
Artur Parada Prócida.
Barjas Negri assegurou que o objetivo
do governo é descentralizar e desburocratizar e garantiu que serão
delegadas para a região metropolitana as atribuições
que puderem ser transferidas, até para desafogar o Graprohab, o
grupo responsável pela aprovação dos projetos habitacionais
no Estado.
Pressionado
pelos prefeitos, Negri disse que tomará providências Foto: Alexandra
Giulietti/PMPG
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