Arquitetura
Viagem virtual às cidades
históricas
Todos
os anos, a Faculdade de Arquitetura da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp), ao encerramento letivo, leva seus alunos às cidades de
relevância arquitetônica e cultural do Brasil. A atividade
faz parte de um processo de educação na área de História
da Arte, da Arquitetura e do Urbanismo, com objetivo de favorecer uma vivência
direta dos estudantes com as principais obras do patrimônio construído
no país.
Neste ano, estudantes e amantes da
arquitetura puderam acompanhar a viagem, de 14 a 20 de janeiro/2001, pela
Internet no site de uma construtora de Campinas, a Tecnotasa,
que apoiou o evento cedendo equipamentos de informática e vídeo.
Todos os dias, o grupo composto por
cinco professores e trinta e três alunos enviaram um resumo sobre
a visita, com fotos e imagens em vídeo de três cidades de
Minas Gerais: Mariana, Ouro Preto e Belo Horizonte. As localidades foram
escolhidas pelo grande potencial que oferecem quanto aos mais diversos
aspectos da cultura arquitetônica brasileira.
“A viagem de estudos permitiu aos
alunos não só um conhecimento efetivo de várias realidades
construtivas, tecnológicas, artísticas e sócio-econômicas,
mas também um ganho intelectual, uma experiência de confronto
cultural que é a base de toda a cultura do jovem e futuro arquiteto”,
afirmou o professor Marcos Tognon, coordenador do Programa de Pós-Graduação
em História da Arte da Unicamp.
Cidades - Mariana foi a primeira
capital da província de Minas Gerais, área pioneira de ocupação
dos bandeirantes paulistas, e a sua arquitetura do século XVII é
essencial para a compreensão dos primeiros assentamentos urbanos
no interior daquele grande continente, ainda pouco explorado, que era o
Brasil colônia de Portugal. Ouro Preto representa uma das principais
capitais da cultura barroca no mundo do século XVIII, e as suas
expressões artísticas configuraram um universo ímpar
no coração daquela emergente nação urbanizada
brasileira.
Já Belo Horizonte, antes de
Brasília, foi o maior empreendimento urbanístico realizado
pelos políticos positivistas e arquitetos de formação
nas academias de Belas-Artes, e deixou um grande e representativo patrimônio
da cultura eclética do final do século XIX. Patrimônio
que se orgulha das primeiras obras modernistas na Pampulha, do arquiteto
Oscar Niemeyer, além de realizações de jovens e vanguardistas
mineiros, nos anos de 1980, sob o influxo da chamada cultura pós-moderna
que aportou no Brasil.
Mais sobre o tema, em Novo
Milênio:
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